Coletoria Estadual surgiu em 1841
Com a instalação da Imperial Vila da
Vitória em 1840, logo foi criada a primeira “Coletoria das Rendas Gerais
da Província”. As Coletorias eram repartições arrecadadoras locais,
criadas no período da Regência e extintas no começo da República. Sua
chefia cabia a um Coletor (tinha este nome porque chegava a coletar
dinheiro dos tributos para a repartição arrecadadora local), auxiliado
por um Escrivão e um Agente, que era “Substituto nato” do Coletor. Eram
subordinadas às Tesourarias da Fazenda na respectiva província, a quem
competia criá-las ou suprimi-las, mediante aprovação do Tesouro
Nacional. Foram as precursoras das coletorias federais estabelecidas no
princípio do século XX. E o primeiro coletor foi Francisco José Maria da
Ponte em 1841, sendo escrivão Ludovico Gonçalves Chaves.
Em 1842, o coletor era Manoel Joaquim da
Hora e o escrivão, Constantino José de Sá. Três anos depois, em 1845,
assumiu o cargo de coletor Justino Ferreira Campos, e o de escrivão,
novamente, Ludovico Gonçalves Chaves.
Em 1846, o encarregado da Coletoria era
Ludovico Gonçalves Chaves, que já exercia o cargo de tabelião e era o
“recebedor” dos impostos.
No ano de 1848, o coletor era Antônio
Joaquim da Cruz e o escrivão, Ludovico Gonçalves Chaves. Quatro anos
depois, em 1852, já era coletor Honorato José de Santana, e o escrivão,
José Antônio de Andrade. No ano seguinte, o novo coletor era Manoel José
dos Santos Silva (Seu Santos), que ficou no cargo até 1876, e o
escrivão era Guilhermino da Silva Coimbra, sendo substituído em 1875 por
Bernardino Martins Bastos.
Em 1876 o coletor era Francisco Alves da
Silva e em 1878 a citada coletoria passou a chamar-se “Coletoria da
Receita Provincial” e “Coletoria Geral”, sendo coletor Luiz Santos
Castro e o escrivão continuava sendo Bernardino Martins Bastos. Uma era
arrecadadora dos impostos estaduais e a outra dos impostos federais.
Em 5 de novembro de 1919 assumiu o cargo de coletor estadual João Cesário da Costa, sendo escrivão Nelson Álvares de Lima.
Em 1932 Ramiro Fernandes de Oliveira
Santos era o titular da 1ª Coletoria Estadual desta cidade, localizada
na Praça 9 de Novembro, sendo escrivão Íris Geraldo Silveira. Isto
porque, em dezembro de 1925 havia sido criada a coletoria estadual no 2º
distrito de Paz do Verruga (atual cidade de Itambé). Em 6 de março de
1933 foi instalada a 2ª Coletoria Estadual desta cidade, situada na
Travessa Lima Guerra, e seu titular foi Alziro Prates e escrivão Israel
Silveira. A 3ª Coletoria Estadual desta cidade foi instalada na Avenida
Lauro de Freitas, e seu Exator foi Grimaldo Estrela de Oliveira. João
Nunes de Oliveira foi Exator da Coletoria Estadual de José Gonçalves
(antigo Guigó).
No ano de 1941 foram criadas mais duas
coletorias estaduais neste Município: uma localizada na então “Vila de
Caatiba” tendo como titular Iris Geraldo Silveira e a outra no “Arraial
de Quaraçu”, sendo coletor Newton Álvares de Lima.
Em 1952 foi criada a “Recebedoria de
Rendas do Estado”, instalada no dia 5 de agosto pelo então Governador
Régis Pacheco, sendo designado seu administrador Alziro Prates. Com a
instalação da “Mesa de Rendas” todas as coletorias do Município e desta
região foram a ela anexadas.
Vinte anos depois, mais precisamente no
dia 30 de setembro de 1972, a “Recebedoria de Rendas” foi transformada
em “Delegacia Regional da Secretaria da Fazenda Estadual”, sendo
designado delegado Antônio Wellington de Almeida. Santos. Ocupava os
demais cargos: Adelmária de Carvalho Melo, José Queiroz Pereira (chefe
de Arrecadação), Antônio Fernandes de Oliveira Filho (chefe do
Documentário Fiscal) e Josealdo Teixeira Ladeia (chefe de Seção de
Administração).
Em 1981, era delegado José Ferreira
Cardoso, e ocupava os demais cargos: Aloysio Meireles Neto, inspetor;
Josealdo Teixeira Ladeia, chefe do SERAG; Antônio Fernandes de Oliveira
Filho, chefe do SELRI; Rivaldo França, chefe do SELIS; Décio Lima de
Novais, chefe do Serviço de Arrecadação; Clarindo José da Silva, Chefe
do SEAIEF; Ruy Lima de Vasconcelos, chefe do SEIEF; e Adilson Matos
Santos, chefe do SETRIF.
Personalidades
Firmino da Silva Gusmão
Firmino da Silva Gusmão nasceu no dia 1º
de janeiro de 1890. Foi casado em primeiras núpcias com Dona Terência
Nunes Bahiense, filha do Coronel Terêncio Nunes Bahiense. Viuvando-se
constituiu segundo casamento com Dona Astrogilda Rocha. Foi Secretário
da Prefeitura de Conquista, Delegado de Polícia e Vereador, além de um
dos fundadores da Loja Maçônica “Fraternidade Conquistense”.
Transferindo-se a sua residência para Itambé ali ocupou o cargo de
Tabelião. Faleceu no dia 13 de março de 1961.
Vitória da Conquista
Instalação da Imperial Villa da Victória – 1840
“Anno do Nascimento de Nosso Senhor
Jesus Christo de mil e oitocentos e quarenta, décimo nono da
Independência e do Império nesta Imperial Villa da Victória desmembrada
do Termo de Caetité pela lei Provincial de dezenove de Maio do corrente
anno, sob número cento e vinte e quatro, que abaixo vai transcrita, onde
veio o Senhor Joaquim Venâncio de Azevedo Presidente da Câmara
Municipal de Caetité, comigo secretário della depois de preenchidas as
formalidades dos Artigos primeiro e segundo do Decreto de treze de
Novembro de Mil e oitocentos e trinta e dois, e deliberação tomada na
Câmara Municipal da dita Villa de Caetité em sessão Ordinária de doze de
Outubro proximamente findo, ahi presentes os senhores Manoel José
Vianna, Joaquim Moreira dos Santos, Theotônio Gomes Rozeira, Manoel
Francisco Soares, Justino Ferreira Campos, Luiz Fernandes de Oliveira
faltando com causa atendível o Senhor Francisco Xavier da Costa,
Vereadores eleitos que hão de formar a Câmara Municipal desta Villa
novamente creada, aos presentes foi pelo Senhor Presidente deferido o
Juramento pela forma seguinte: – ‘Juro aos Santos Evangelhos desempenhar
as obrigações de Vereador desta Imperial Villa da Victória, de promover
o quanto em mim couber os meios de sustentar a felicidade
pública’[...]”
“[...] Findo este Acto determinou o
Senhor Presidente se lavrasse o presente em que assinou com a nova
Câmara, e com os cidadãos presentes aos nove dias do mês de Novembro de
mil oitocentos e quarenta. Manoel Germano da Motta Secretário da Câmara
Municipal de Caetité que o escrevi. Joaquim Venâncio de Azevedo, Manoel
José Vianna, Joaquim Moreira dos Santos, Theotônio Gomes Rozeira, Manoel
Francisco Soares, Justino Ferreira Campos, Luiz Fernandes de Oliveira,
Manoel Germano da Motta, Agostinho Ferreira do Espírito Santo, Joaquim
da Silva Germano, Cláudio Nunes Sacramento, Matias Gomes da Paz,
Francisco José Moreira Pontes, Euzébio Rodrigues Souto, Silvio Moreira
dos Santos, Manoel Damaceno Lenares, João Dias de Miranda, João Gomes
Quaresma, Manoel José Vianna Júnior, Thomaz da Silva Lemos, Manoel
Aragão, Luciano Gonçalves Chaves, Antônio Pires Barreto, Francisco Souza
Correia, Joaquim Gonçalves Limueiro, Joaquim Carlos de Andrade, Matias
João da Silva, João Francisco Costa, Manoel Fernandes Leão, Manoel
Francisco, João José de Souza e Pedro Francisco Cabral”.
Extraído do Livro nº 18, de
“Autos e Posses”, páginas 208, 209 e 210, pertencente ao APMC (Arquivo
da Prefeitura Municipal de Caetité).
A instalação da Imperial Villa da
Victória, conforme informações prestadas por Otávio Santos a Aníbal
Lopes Viana (autor da “Revista Histórica de Conquista”) teve lugar na
casa de residência do Coronel Theotônio Gomes Rozeira, que era uma das
melhores da Vila e situada na “Rua Grande” (atual Praça Tancredo Neves).
Esta casa, mais tarde adquirida pela Prefeitura, passou, depois de
reformada, a ser o “Paço Municipal”, onde funcionavam a Prefeitura,
Câmara de Vereadores e Fórum, até a primeira administração de Pedral
Sampaio, em 1963, quando adquiriu o sobrado de Maneca Santos para
instalação do Fórum e Câmara, passando a Prefeitura para o prédio do
antigo Quartel de Polícia, que estava vago, sendo adaptado para
funcionamento do Executivo Municipal, pelo mesmo prefeito.
O primeiro Conselho Municipal da Vila (1840) ficou, então, assim constituído:
Luiz Fernandes de Oliveira (presidente)
Manoel José Vianna
Justino Ferreira Campos
Theotônio Gomes da Rozeira
Manoel Francisco Soares
Joaquim Moreira dos Santos
Francisco Xavier da Costa
*Todos egressos da Câmara de Caetité, que representavam o “Povoado da Conquista”
O senhor sabe alguma coisa mais sobre esse senhor com o sobrenome Lenares?
ResponderExcluirOi, tudi bem ? De nosso conhecimento Firmino José da Silva foi casado com Ernestina Nunes Bahiense, filha do Terêncio. Por gentileza, poderia confirmar nosso registro. Terêncio teve alguma filha Terência ? Com quem foi ele casado ? Grato. Abraços
ResponderExcluirOi, O referido Firmino, filho de Tertuliano, é o Pai, assassinado em 1891, ou 1892, num episódio lendário, pai do Firmino, o Filho, nascido 01/01/1890. Abraço
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