Personalidades
Coronel Theotonio Gomes da Rozeira
O coronel Theotonio Gomes da Rozeira,
também conhecido como Coronel Rozeira, nasceu em 1812, filho de
fazendeiro do distrito de José Gonçalves. Segundo Aníbal Lopes Viana, na
sua ”Revista Histórica de Conquista”, o coronel sabia ler e escrever
corretamente, destacando-se dos demais patrícios da época em que os
habitantes do Arraial da Conquista lutavam para alcançar a sua
emancipação política. Era polêmico e enfrentou muitos debates com os
adversários de suas ideias.
Era senhor de escravos, de fazendas e de
casas nesta cidade. Uma de suas casas seria, mais tarde, o Paço
Municipal, sede do poder municipal da então Imperial Villa da Victoria.
Era dono ainda da Fazenda do Furado (região hoje conhecida como “Furado
da Roseira”). Foi proprietário de outras terras, arroladas em inventário
de sua esposa Dona Rosa Maria de Jesus, em 18 de fevereiro de 1868:
parte de terras na Fazenda Comprida, 300$000 (trezentos mil réis); outra
parte de terras na Fazenda Úrsula, 1:800$000 (um conto e oitocentos mil
réis), uma parte de terras na Fazenda Catolé, 650$000 (seiscentos e
cinquenta mil réis), uma parte na Fazenda do Mandobi, 1:820$00 (um conto
e oitocentos e vinte mil réis), outra parte na Fazenda Sant’Anna,
470$000 (quatrocentos e setenta mil réis), outra na Fazenda São Joaquim,
1:333$330 (um conto, trezentos e trinta e três mil e trezentos e trinta
réis). uma parte de terras de treze léguas na Fazenda Coquinhos,
2:000$000 (dois contos de réis). Os bens inventariados totalizaram
36:564$722 (trinta e seis contos, quinhentos e sessenta e quatro mil e
setecentos e vinte e dois réis). Tratava-se, pois, de homem muito rico.
Atuava principalmente com atividades
ligadas diretamente com o crédito, tanto ativo como passivo. A dívida
passiva dele era quase igual ao seu Monte-Mor, uma vez que devia a 27
credores, entre eles a Caixa Econômica da Bahia (no valor de 13:340$000 –
treze contos, trezentos e quarenta mil reis). O seu passivo total era
de 36:257$241 (trinta e seis contos, duzentos e cinquenta e sete mil e
duzentos e quarenta e um reis), conforme inventário de 1868, encontrado
no AFJM (Arquivo do Fórum João Mangabeira).
Com a criação do município em 1840,
graças a sua influência política (e por ser muito popular) foi eleito
Conselheiro Municipal (cargo equivalente ao de vereador hoje), aos 28
anos de idade, retornando para mais dois mandatos consecutivos (1844 e
1848), sendo presidente do Conselho na última legislatura. Em 1869,
ocupou as funções de juiz municipal e delegado de polícia. Em 25 de
julho de 1870 lavrou o “Termo de Abertura” do Livro nº 8 do Tabelionato
deste Termo. Roseira era o típico “homem bom”.
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