sábado, 3 de agosto de 2013

Vitória da Conquista histórica

Personalidades

Coronel Theotonio Gomes da Rozeira

Casa do Coronel Theotonio Gomes da Rozeira, que seria transformada, em 1840, na sede do "Paço Municipal"
O coronel Theotonio Gomes da Rozeira, também conhecido como Coronel Rozeira, nasceu em 1812, filho de fazendeiro do distrito de José Gonçalves. Segundo Aníbal Lopes Viana, na sua ”Revista Histórica de Conquista”, o coronel sabia ler e escrever corretamente, destacando-se dos demais patrícios da época em que os habitantes do Arraial da Conquista lutavam para alcançar a sua emancipação política. Era polêmico e enfrentou muitos debates com os adversários de suas ideias.
Era senhor de escravos, de fazendas e de casas nesta cidade. Uma de suas casas seria, mais tarde, o Paço Municipal, sede do poder municipal da então Imperial Villa da Victoria. Era dono ainda da Fazenda do Furado (região hoje conhecida como “Furado da Roseira”). Foi proprietário de outras terras, arroladas em inventário de sua esposa Dona Rosa Maria de Jesus, em 18 de fevereiro de 1868: parte de terras na Fazenda Comprida, 300$000 (trezentos mil réis); outra parte de terras na Fazenda Úrsula, 1:800$000 (um conto e oitocentos mil réis), uma parte de terras na Fazenda Catolé, 650$000 (seiscentos e cinquenta mil réis), uma parte na Fazenda do Mandobi, 1:820$00 (um conto e oitocentos e vinte mil réis), outra parte na Fazenda Sant’Anna, 470$000 (quatrocentos e setenta mil réis), outra na Fazenda São Joaquim, 1:333$330 (um conto, trezentos e trinta e três mil e trezentos e trinta réis). uma parte de terras de treze léguas na Fazenda Coquinhos, 2:000$000 (dois contos de réis). Os bens inventariados totalizaram 36:564$722 (trinta e seis contos, quinhentos e sessenta e quatro mil e setecentos e vinte e dois réis). Tratava-se, pois, de homem muito rico.
Atuava principalmente com atividades ligadas diretamente com o crédito, tanto ativo como passivo. A dívida passiva dele era quase igual ao seu Monte-Mor, uma vez que devia a 27 credores, entre eles a Caixa Econômica da Bahia (no valor de 13:340$000 – treze contos, trezentos e quarenta mil reis). O seu passivo total era de 36:257$241 (trinta e seis contos, duzentos e cinquenta e sete mil e duzentos e quarenta e um reis), conforme inventário de 1868, encontrado no AFJM (Arquivo do Fórum João Mangabeira).
Com a criação do município em 1840, graças a sua influência política (e por ser muito popular) foi eleito Conselheiro Municipal (cargo equivalente ao de vereador hoje), aos 28 anos de idade, retornando para mais dois mandatos consecutivos (1844 e 1848), sendo presidente do Conselho na última legislatura. Em 1869, ocupou as funções de juiz municipal e delegado de polícia. Em 25 de julho de 1870 lavrou o “Termo de Abertura” do Livro nº 8 do Tabelionato deste Termo. Roseira era o típico “homem bom”.

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