sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Paises e suas capitais

De acordo com a Organização das Nações Unidas, existem atualmente 191 países.
Países da África e suas capitais:
África do Sul - Pretória (executiva) / Bloemfontein (judiciária) / Cidade do Cabo (legislativa)
Angola - Luanda
Argélia - Argel
Benim - Porto-Novo (constitucional) / Cotonu (sede do governo)
Botswana - Gaborone
Burkina Faso - Ouagadougou
Burundi - Bujumbura
Cabo Verde - Praia
Camarões - Yaoundé
Chade - N'Djamena
Comores - Moroni
Costa do Marfim - Abidjan
Djibouti - Djibouti
Egito - Cairo
Eritreia - Asmara
Etiópia - Adis-Abeba
Gabão - Libreville
Gana - Acra
Guiné - Conacri
Guiné Equatorial - Malabo
Guiné-Bissau - Bissau
Gâmbia - Banjul
Lesoto - Maseru
Libéria - Monróvia
Líbia - Trípoli
Madagáscar - Antananarivo
Malawi - Lilongwe
Mali - Bamako
Marrocos - Rabat
Mauritânia - Nouakchott
Maurícia - Port Louis
Moçambique - Maputo
Namíbia - Windhoek
Nigéria - Abuja
Níger - Niamey
Quénia - Nairobi
República Centro-Africana - Bangui
República Democrática do Congo - Kinshasa
República do Congo - Brazzaville
Ruanda - Kigali
Senegal - Dakar
Serra Leoa - Freetown
Seychelles - Victoria
Somália - Mogadíscio
Suazilândia - Lobamba (real e legislativa) / Mbabane (administrativa)
Sudão - Cartum
Sudão do Sul - Juba
São Tomé e Príncipe - São Tomé
Tanzânia - Dar es Salaam (administrativa) / Dodoma (oficial)
Togo - Lomé
Tunísia - Tunis
Uganda - Kampala
Zâmbia - Lusaka
Zimbabwe - Harare
Países da América do Norte e suas capitais
Canadá - Otawwa
Estados Unidos da América - Washington
México - Cidade do México
Países da América Central e suas capitais:
Antígua e Barbuda - Saint John's
Bahamas - Nassau
Barbados - Bridgetown
Belize - Belmopan
Costa Rica - São José
Cuba - Havana
Dominica - Roseau
El Salvador - São Salvador
Granada - Saint George's
Guatemala - Cidade da Guatemala
Haiti - Porto Príncipe
Honduras - Tegucigalpa
Jamaica - Kingston
Nicarágua - Manágua
Panamá - Cidade de Panamá
República Dominicana - São Domingos
Santa Lúcia - Castries
São Cristóvão e Nevis - Basseterre
São Vicente e Granadinas - Kingstown
Trinidad e Tobago - Porto de Espanha
Países da América do Sul e suas capitais:
Argentina - Buenos Aires
Bolívia - La Paz (sede do governo) e Sucre (constitucional)
Brasil - Brasília
Chile - Santiago
Colômbia - Bogotá
Equador - Quito
Guiana - Georgetown
Paraguai - Assunção
Peru - Lima
Suriname - Paramaribo
Uruguai - Montevidéo
Venezuela - Caracas
Países da Ásia e suas capitais:
Afeganistão – Cabul
Arábia Saudita – Riad
Azerbaijão - Baku
Bangladesh – Dacca
Barein – Manama
Brunei – Bandar Seri Begawan
Butão – Timphu
Camboja – Phnom Penh
Cazaquistão – Astana
Catar – Doha
China – Pequim
Cingapura – Cidade de Cingapura
Coreia do Norte – Pyongyang
Coreia do Sul – Seul
Emirados Árabes Unidos – Abu Dhabi
Filipinas – Manila
Iêmen – Sana
Índia – Nova Délhi
Indonésia – Jacarta
Irã – Teerã
Iraque – Bagdá
Israel – Jerusalém
Japão – Tóquio
Jordânia – Amã
Kuwait – Cidade do Kuwait
Laos – Vietiane
Líbano – Beirute
Malásia – Kuala Lumpur
Maldivas – Male
Mianmar – Nay Puy Taw
Mongólia – Ulan Bator
Nepal – Katmandu
Omã – Mascate
Paquistão – Islamabad
Quirguistão – Bishkek
Rússia (parte asiática) - Moscou
Síria – Damasco
Sri Lanka – Colombo
Tailândia – Bangcoc
Tajidquistão – Muchambe
Timor Leste - Dili
Turcomenistão – Ashkhabad
Turquia (parte asiática) - Ancara
Uzbequistão – Tashkent
Vietnã – Hanói
Países da Europa e suas capitais:
Albânia - Tirana
Alemanha - Berlim
Andorra - Andorra la Vella
Armênia - Erevan
Áustria - Viena
Azerbaijão - Baku
Bielorrússia - Minsk
Bélgica - Bruxelas
Bósnia-Herzegovina - Sarajevo
Bulgária - Sófia
República Tcheca - Praga
Cazaquistão - Astana
Chipre - Nicósia
Croácia - Zagreb
Dinamarca - Copenhagem
Eslováquia - Bratislava
Eslovênia - Liubliana
Espanha - Madrid
Estônia - Tallinn
Finlândia - Helsinque
França - Paris
Grécia - Atenas
Geórgia - Tbilisi
Hungria - Budapeste
Irlanda - Dublin
Islândia - Reiquiavique
Itália - Roma
Letônia - Riga
Liechtenstein - Vaduz
Lituânia - Vilnius
Luxemburgo - Luxemburgo
República da Macedônia - Skopje
Malta - Valetta
Moldávia - Chisinau
Mônaco - Monaco-Ville
Montenegro - Podgorica
Noruega - Oslo
Países Baixos - Amsterdã
Polônia - Varsóvia
Portugal - Lisboa
Reino Unido - Londres
Romênia - Bucareste
Rússia - Moscou
Turquia - Ancara
San Marino - San Marino
Sérvia - Belgrado
Suécia - Estocolmo
Suíça - Berna
Ucrânia - Kiev
Vaticano
Países da Oceania e suas capitais:
Austrália - Camberra
Fiji - Suva
Ilhas Marshall - Majuro
Ilhas Salomão - Honiara
Kiribati - Taraua
Micronésia - Paliquir
Nauru - Yaren
Nova Zelândia - Wellington
Palau - Melequeoque
Papua Nova Guiné - Porto Moresby
Samoa - Apia
Tonga - Nucualofa
Tuvalu - Funafuti
Vanuatu - Porto Vila

Quantos países existem no mundo?

Toda a gente mais tarde ou mais cedo acaba por perguntar a si mesmo: “quantos países tem o mundo?”
No inicio pensei que se tratava de uma pergunta simples e com uma resposta igualmente simples e exacta, mas estava enganado. Conforme fui pesquisando sobre este assunto, verifiquei que esta pergunta é mais complexa do que aquilo que parece à primeira vista. Comecemos com a pergunta básica:

  • O que é um País?
Um país, de uma forma geral, é um território social, política, cultural e geograficamente delimitado. A maioria dos países é administrada por um governo que mantém a soberania sobre seu povo e seu território, garantindo assim o funcionamento e a ordem do fluxo de actividades que envolvem a sua economia e a sua sociedade.

  • Afinal quantos países existem no mundo?
A Organização das Nações Unidas (ONU), é constituída por 193 países, e é muitas das vezes confundido com o número de países do Mundo, o que não é verdade porque o Kosovo e o Vaticano que são dois países independentes não fazem parte da ONU.

O departamento de estado dos EUA reconhece 195 países em todo o Mundo.

O dilema Taiwan/China. Taiwan foi parte da ONU até 1971 em que foi substituída pela China. A maioria dos países considera Taiwan como um país independente, no entanto a China considera Taiwan apenas uma província do seu País. Deverão então a China e Taiwan como um ou dois países?

  • "Falsos Países"
Muitas vezes determinados territórios e colónias são chamados, de forma errada, "países", mas não contam como tal. Existem muitos lugares que são comummente confundidos com países, nesse grupo incluem-se: Porto Rico, Palestina, Irlanda, Escócia, Inglaterra, País de Gales, em que os 4 últimos pertencem a um país, o Reino Unido.

  • Após tudo isto, mantêm-se a pergunta: Afinal quantos países existem no Mundo?

Não existe uma resposta considerada completamente correcta, no entanto segundo as diferentes fontes, a resposta pode ser 196 ou 195 (se não considerar Taiwan um país independente).

O país mais recente é o Sul do Sudão que se tornou independente em Julho de 2011.

Actualizado: 12/01/2012

"Falsos Países" Você sabia?

  • Você sabia que a Inglaterra não é um País?
Muitas vezes determinados territórios e colónias são chamados, de forma errada, "países", mas não contam como tal. Existem muitos lugares que são comummente confundidos com países, nesse grupo incluem-se: Porto Rico, Palestina, Irlanda, Escócia, Inglaterra, País de Gales, em que os 4 últimos pertencem a um país, o Reino Unido.

Leia uma matéria especial sobre Israel

T U R I S M O
1 6 / M A R Ç O / 2 0 1 2
ATUALIZAÇÕES QUINZENAIS
Peregrinação através da fé e do turismo
TEVIV E SUAS MODERNAS AVENIDAS (Foto/Crédito: Fernando Toscano, Canon SX 20IS, www.portalbrasil.net)Embarcar para Israel nada mais é que uma intensa viagem ao mundo religioso, e a Semana Santa é o período propício e certamente emocionante para se ver a peregrinação dos fiéis em busca de Jesus para um consolo, para um conforto ou até mesmo um agradecimento a Ele. Ainda mais neste mundo em que vivemos, cheio de injustiças e violência não tem nada mais reconfortante do que visitar os caminhos por onde Jesus passou. A finalidade da viagem é orar, além, é claro, de conhecer os pontos turísticos que Jerusalém tem a oferecer afinal, é uma viagem ao passado. E nesta matéria especial em que retrata Jesus como tema principal é uma oportunidade que proporciono com intenso prazer para aqueles que têm a Fé dentro de seus corações e o Amor a Ele, pois veio a Terra para nos salvar!
Dizem que quem vai uma vez, quer voltar sempre, porque é um mundo infinito de fé, descobertas e grandes emoções sem falar nas igrejas, museus e toda a atividade turística que Israel tem a nos proporcionar. O turismo é uma das principais fontes de renda do país, porque são muitos os locais históricos, religiosos, sítios arqueológicos (reconhecidos como Patrimônio Cultural da UNESCO), além das manifestações folclóricas. Os pontos turísticos são inúmeros e muitos são ligados à religiosidade como o Monte das Oliveiras, local esse que turista nenhum dispensa em Jerusalém. O nome é devido ao número intenso de oliveiras que existia - e ainda existe - e é considerado sagrado para judeus, cristãos e muçulmanos. Local de grande importância, pois Jesus teria transmitido alguns de seus ensinamentos, além de, para os cristãos, local de onde Jesus subiu ao céu. E aos pés do Monte das Oliveiras está à tumba da Virgem Maria, são muitos degraus para descer e de pouca iluminação, mas pelo caminho existem vários altares com imagens diferentes de Maria e o princípio deve ser o mesmo da Igreja do Santo Sepulcro, ou seja, dividir o espaço sagrado entre muitas religiões. O ponto mais visitado é a capelinha que abriga uma redoma de vidro, colocada para proteger a pedra onde o corpo de Maria teria sido velado. Acredito que aqui seja o momento especial, de reflexão e que os turistas aproveitam para rezar. É a verdadeira interiorização com a Virgem Maria e com certeza um dos momentos mais emocionantes
JERUSALÉM, MONTE DAS OLIVEIRAS (Foto/Crédito: Fernando Toscano, Canon SX 20IS, www.portalbrasil.net)Temos também o Muro das Lamentações que é o local mais visitado pelos judeus frequentado pelos homens na maior parte. Resta um pequeno espaço reservado às mulheres - tradição local. E todos precisam cobrir a cabeça, judeus ou não. São os famosos kipas.
Naturalmente que Jerusalém tem uma infinidade de pontos turísticos religiosos e isso é de importância vital para a economia de Israel. Existem outros pontos turísticos tão interessantes quanto estes que mencionei, assim como a igreja do Pai Nosso, local onde Jesus ensinava a oração do Pai Nosso aos seus discípulos e lá se encontra a oração traduzida para mais de 100 idiomas.
Israel deve estar nos planos de todo turista uma vez que retrata a vida de Jesus. Lá se encontram centenas de museus onde se aproveita e conhece também a cultura local. Independente da sua religião, Israel deve estar dentro de seu roteiro, seja o período que for, mas devo lembrar que na Semana Santa deve ser emocionante conhecer a cidade onde Jesus viveu as últimas horas de vida. O período de abril-maio é recomendado, pois chove pouco e é mais ameno do que setembro-outubro quando muitos turistas se dirigem àquele país, mas "sofrem" com o calor.
A Capela da Ascensão representa muito para os cristãos. A doutrina da Ascensão afirma que o corpo de Jesus, depois de 40 dias da sua Ressurreição, ascendeu aos céus onde se encontrou na presença de Deus Pai, não só em espírito, mas também em sua pessoa humana. Temos as cidades de Tel Aviv, moderna, que é considerada uma das 10 melhores cidades de praia do mundo, e também uma das mais caras, e Jaffa - uma das mais antigas do mundo.
JERUSALÉM, MURO DAS LAMENTAÇÕES (Foto/Crédito: Fernando Toscano, Canon SX 20IS, www.portalbrasil.net)A verdade é que na atividade turística, a culinária de um país reflete a história, hábitos e costumes de seus cidadãos. Vai aí um pouquinho da culinária judaica: A comida ocupa lugar nas festividades e comemorações religiosas. Nelas, a mesa tem um lugar fundamental. Os doces, por exemplo, têm uma função significativa nas festas religiosas. No Rosh Hashaná não pode faltar maçã com mel, para que se garanta um ano novo doce. As frutas são fundamentais no cardápio judaico.
O Yom Kipuur é a celebração mais importante do calendário judaico. Os judeus abstêm-se de comer durante vinte e quatro horas. Oram pelos parentes falecidos e é também o dia de reconciliação entre judeus. Devem perdoar os males e repará-los.
Sukot é a festa das cabanas. Ligada à antiga festa das colheitas, celebra-se durante oito dias. É costume de cada família construir uma cabana com flores e ramos.
A circuncisão é um dos preceitos fundamentais do judaísmo. Durante a cerimônia a criança é colocada na cadeira de Elias, o profeta, cuja presença os crentes invocam. O pai, o padrinho (sandak) que segura a criança durante a operação, a mãe, familiares, participam nesta festa que inclui um banquete. Durante a cerimônia é atribuído um nome ao filho. Mencionei apenas um pouco da cultura e tradições judaicas, pois se trata de um povo festeiro.
Um dado importante é que o Estado de Israel fornece condições para pessoas com deficiência. Consideráveis esforços e recursos estão sendo investidos para permitir que pessoas deficientes possam ter acesso a qualquer tipo de destino, fato este fundamental para o crescimento da atividade turística.
Jerusalém tem seus encantamentos e onde se vive experiências inesquecíveis - a história gloriosa das altas muralhas de pedra e também a atmosfera que cerca os sítios sagrados das religiões. Os mercados coloridos também têm grande fascínio sob os turistas. A história de Jesus que ressuscitou e no Monte das Oliveiras ascendeu aos céus, é a história mais contada de todos os tempos e também a mais bela, festejada e encantadora delas.
RIO JORDÃO (Foto/Crédito: Fernando Toscano, Canon SX 20IS, www.portalbrasil.net)Walton Carpes Júnior, natural de Porto Alegre, esteve no ano passado (2011) em Israel e concordou em contribuir suas experiências na Terra Santa para o Portal Brasil.
PBr- O que o levou a viajar para Israel?
Walton- Eu pratico Krav Magá, a defesa pessoal do exército israelense. No final de 2010 a Federação Sulamericana de Krav Magá – FSKM organizou uma excursão para o país e eu aproveitei a oportunidade.
PBr- No seu roteiro, qual foi o primeiro lugar a conhecer?
Walton- O primeiro passeio foi em Jerusalém.
PBr- Quais foram suas primeiras impressões no Monte das Oliveiras?
Walton- Eu sou católico. Todos os lugares que visitei proporcionaram uma avalanche de emoções e uma viagem dentro da viagem que realizava. Imaginar a figura de Jesus Cristo andando por aqueles lugares, até hoje me causam o mesmo arrepio na espinha que tive no instante em que tomava consciência dos lugares em que chegava. Foi assim durante a “via dolorosa”, Capharnaum, ... e também no Horto das Oliveiras.
PBr- E o Muro das Lamentações?
Walton- O muro ocidental, conhecido como Muro das Lamentações, é o lugar mais sagrado e venerado pelo povo judeu. É impressionante ver a tradição de orar junto às pedras do muro, particularmente quando se pensa que a tradição vem desde o ano 70DC quando os judeus foram proibidos de entrar em Jerusalém.
MAR MORTO (Foto/Crédito: Fernando Toscano, Canon SX 20IS, www.portalbrasil.net)PBr- Por quanto tempo permaneceu em Israel?
Walton- dez dias.
PBr- O que achou dos museus? Qual esteve e o que mais o impressionou?
Walton- O país inteiro é um céu aberto. Todos os lugares têm histórias a contar e o assunto  é levado a sério naquele país, tanto como memória quanto como negócio. Mas eu destacaria dois: o museu do Holocausto (nos arredores de Jerusalém) e museu do Palmach (próximo a Tel Aviv). O museu do Holocausto impressiona mais por contar um capítulo tenebroso da humanidade que não pode ser esquecido. Mas é também um símbolo da gratidão do povo judeu àqueles que ajudaram a amenizar seu suplício. No local existem cerca de vinte mil árvores enfeitando seus jardins. Em cada uma, um “não-Judeu” que se arriscou para salvar as vítimas do nazismo é homenageado com uma placa com seu nome. A primeira delas é dedicada ao alemão Oscar Schindler, que salvou pelo menos, 1,2 mil judeus.
PBr- Pode descrever o Mar Morto?
Walton- Dá para boiar mesmo sem qualquer equipamento. Além de muito bonito e agradável, é uma bela oportunidade para comprar os produtos feitos a partir do seu sal, sua água e sua lama.
PBr- Achou um país perigoso?
Walton- Em momento algum me senti inseguro. Andei pelas ruas de várias cidades, inclusive à noite, e não vi qualquer tipo de ameaça a quem quer que seja.
PBr- O que achou da cidade de Tel Aviv?
Walton- Tel Aviv é uma metrópole agradável que tem como plano de fundo a bela visão do Mediterrâneo. Minha passagem por lá foi “relâmpago”, mas pude perceber que não faltam opções de passeio para todos os gostos.
JARDIM DO TÚMULO (Foto/Crédito: Fernando Toscano, Canon SX 20IS, www.portalbrasil.net)PBr- Dos locais que esteve, qual que mais o emocionou?
Walton- Sem dúvida alguma aponto a Igreja do Santo Sepulcro como o lugar das emoções mais fortes.
PBr- Como foi recepcionado pelos árabes?
Walton- Meu contato com os árabes deu-se pelas caminhadas nas ruelas de Jerusalém. Meu grupo foi reconhecido pelos lojistas como brasileiro e tratado muito amistosamente. Arriscavam até mesmo algumas palavras em português.
PBr- Turisticamente falando, o que achou de Israel?
Walton- Um roteiro imperdível, em especial para quem pertence a alguma das três maiores religiões do mundo. E para aqueles que gostam de história.
PBr- Pretende retornar?
Walton- Agora que conheço não será mais prioridade, mas se tiver outra oportunidade, voltarei certamente.
PBr- Quais as dicas para quem vai a Israel  e qual a melhor época?
Walton- Pelas informações que tive do meu guia, a baixa temporada é em janeiro. Mas não espere Israel vazio em período algum. Minha principal dica é contratar um bom serviço de guia e preparar (com ele) um roteiro que atenda o principal interesse (religião, história ou aventura). Em especial, se o tempo de visita ao país for curto. Há fartura de serviços que podem ser contratados e os bons fornecerão detalhes preciosos para tornar sua viagem especial. 

CAESG prende foragido do presídio de Salvador

Ele foi encontrado na BR-116, trecho de Vitória da Conquista.
foragido salvadorA Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE/ Sudoeste), antiga CAESG, prendeu um foragido da do presídio de Salvador na tarde desta quarta-feira (21), na BR-116, saída de Vitória da Conquista.
De acordo com informações da CAESG, uma guarnição passava próximo ao local quando notou um homem com comportamento suspeito que tentou fugir em um carro quando percebeu a presença da CAESG. No entanto o veículo foi interceptado, e o suspeito encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil.
O suspeito apresentou documentos com nomes falsos, mas foi reconhecido como sendo Cristiano Prado Cardoso, 22 anos, foragido do presídio de Salvador.
Foto: Blitz Conquista

Festival de Inverno aquece setor hoteleiro em Vitória da Conquista

Pousada Hotel B
A rede hoteleira em Vitória da Conquista registra aumento considerável nas reservas, por conta da 9ª edição do Festival de Inverno, com início nesta 6ª feira (23) e encerramento no domingo (25). Informações é que os preços não foram majorados e a procura, a exemplo de anos anteriores, é excelente.
O mais elegante e charmoso hotel da cidade fica no alto da Serra do Periperi. Restaurante com cardápio muito especial com vista privilegiada da cidade e parte do Planalto da Conquista.
Livramento Palace B
Outro hotel que se destaca é o Livramento Palace com localização central, a poucos metros da Praça do Gil. A distância de apenas 1 Km do Parque de Exposições, local da festa, é outra vantagem.
Outros hotéis se preparam para este momento. Hotel Shalako, Hotel São Paulo, Cafezal Palace, Hotel Explendor, Hotel Catraca, Hotel Livramento, Pousada Itajuípe e tantos outros existentes na cidade.
Foto: Rafael Gusmão (Livramento Palace)

A Tragédia do Tamanduá (1895)

Por Nando da Costa Lima
Nando C. LimaFoi tiro pra todo lado, o pipocar das balas chegava a ferir a consciência de quem estava a léguas de distância…
Foi num tempo onde os coronéis usavam os clavinotes para a lei conforme suas ideologias, um mal necessário para as comunidades perdidas nos sertões, sem eles a lei do mais forte prevaleceria de maneira mais acentuada. Com o poder concentrado nas mãos tornavam-se verdadeiros reis medievais e nada ocorria nas suas regiões de origem sem suas aprovações, isto é, quase nada. Quando a briga era entre famílias que os apoiavam eles simplesmente assistiam, aí a razão não tinha lado…
O desentendimento começou depois que uma vaca do coronel foi encontrada morta, na fazenda Pau de Espinho que pertencia à viúva Lourença de Oliveira Freitas. Afonso Lopes acusou os filhos da viúva de terem matado o animal. Após essa desavença houve uma briga de facão entre o genro do Coronel, que saiu em desvantagem, e os filhos da viúva Lourença. Isto deu fim a uma velha amizade, que se não era das mais amáveis também não era hostil. Aconteceu em 1893 na região de Belo Campo… Quando Afonso Lopes brigou com Sérgio, ele ainda não era autoridade no cargo que correspondia ao de subdelegado. Mas quando assumiu não vacilou em usar da autoridade para tirar a limpo suas diferenças com os filhos da viúva, foi como autoridade que tirou a vida dos dois irmãos na presença da mãe e esta sua atitude gerou uma das mais sanguinárias vinganças de família da história do Brasil, a ação impensada de Afonso acabou levando parentes à destruição.
Dona Lourença amarrou os corpos dos filhos nos dorsos de dois animais e os conduziu por mais de dez léguas, até a entrada do cemitério de Conquista. Lá pronunciou a frase que ecoou por várias décadas na região: “Vocês mataram meus filhos, se quiserem enterrem senão comam”.
Calixto, um dos filhos da viúva, não disse nada quando viu os irmãos mortos, se retirou do povoado. Pouco tempo depois da partida de Calixto surgiu o boato que ele estava reunindo homens para vingar os irmãos. A família do Coronel Domingos começou a se precaver esperando o revide de Calixto, foi mais de um ano de tensão… Que Calixto vinha tentar se vingar o Coronel tinha certeza, só não imaginava que ele viria com todo aquele poder de fogo, seus homens vieram dispersados. Calixto chegou às terras do Coronel na madrugada, pela manhã o casarão da fazenda Tamanduá estava cercado. As mulheres e as crianças já haviam saído do cerco sobre a garantia de Calixto que nada aconteceria e o tiroteio com os que ficaram entrincheirados na sede começou… Foi um dia e meio de fogo cerrado, até que resistiram muito tempo, apesar de estarem bem armados, não esperavam uma reação tão bem planejada, Calixto tinha quase cem homens armados. O Coronel quando viu os recursos de defesa ficarem escassos resolveu se entregar com todos que se encontravam na casa, na esperança de poupar algumas vidas. Mas Calixto estava determinado, quando tomou o casarão, eliminou todas as vinte e duas pessoas da família do Coronel Domingos Ferraz. Inclusive ele e seu genro Afonso Lopes, este último foi decapitado a golpes de foice… Os corpos ficaram expostos no lugar da tragédia, os parentes temiam uma represália a quem fosse enterrá-los. Só depois da interferência de pessoas neutras na briga é que foram sepultados ali mesmo onde tombaram. Do que sobrou do casarão incendiadoos anos se incumbiram de demolir.  Calixto saiu da região, seu objetivo já tinha sido alcançado. Dos jagunços trazidos por ele a maioria ficou (outra grande tragédia), supõe-se que teriam sido contratados pelos coronéis da região ainda receosos com o fato. Esta briga entrou pelo tempo e durou até a década de 40 causando muitas mortes, inclusive a do próprio Calixto que morreu numa emboscada num povoado do norte de Minas Gerais. Ainda bem que o tempo, este mago que faz desaparecer as marcas deixadas no espaçose encarregou de apagar todos os vestígios da rivalidade entre os descendentes dos personagens desta tragédia secular.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

UM SIMPLES COMENTÁRIO SOBRE A TELEXFREE

Boa tarde a todos!
Em um país como Brasil onde a
fragilidade das leis prevalece sempre em desvantagens dos pobres e incultos,
muita gente conquista a meritocracia na artimanha de esconderijo e escapatória
de seus atos ilícitos. Como diz o sábio Augusto Cury em uns dos seus belíssimos
livros - as instituições de ensino preparam cada vez mais pessoas para lidarem com máquinas do que com seres humanos. Acreditam eles que estão no ápice da
excelência e afundam em uma arrogância tremenda deixando - as cada vez mais desumanos, desumildes, insensíveis, ingratos,ignorantes e intolerantes com o próximo. O mundo esta cheio de pessoas com conhecimento, mais escasso de
sabedoria, pois a segunda não se compra, adquiri com humildade e temor a DEUS.
Porque tanta ganância, tanto orgulho, tanta ambição em querer mais do que o
outro, se nessa vida tudo é corruptível, não vamos levar nada na morte. A
decisão da DRA juíza não foi contra a TELEXFREE, foi contra milhares de pessoas
que estavam felizes, estavam começando a entender que no mundo existem meios e recursos para todos. Mas eles que se dizem do poder, não tem coração, não tem
sentimentos, não se importam com a dor do próximo, mesmo sabendo que tomaram
uma decisão equivocada, mesmo sabendo que pessoas estão sofrendo, preferem continuar no disfarce tentando fazer acreditar que a intenção é preservar a economia popular. Família TELEXFREE, nossa união neste momento é muito importante, pois somos o maior patrimônio desta empresa, qualquer iletrado percebe que isso é lobby, se fosse para atender interesses desses capitalistas a justiça não estava com essa morosidade toda, com certeza a resposta seria bem mais célere.
Um abraço a toda Família Telexfree.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Jesus - A verdade por trás do mito

Capa

Historiadores, cientistas e teólogos desmentem mitos criados em torno de Cristo. E abrem as portas para uma nova biografia do fundador da maior religião da Terra

por Cristine Kist
Pensou em Jesus, pensou em deserto. Pelo senso comum, a paisagem onde Cristo viveu é aquela que sempre aparece nos filmes sobre ele: areia, gente esfomeada, mais areia... Só que não. A região em volta do Mar da Galileia, onde Jesus passou a maior parte da vida, não tem nada de deserto. Está mais para uma daquelas paisagens suíças de propaganda de chocolate: um lago de água doce, com uma vegetação colorida em volta. Tudo emoldurado por montanhas. Cartão postal.

E o que o lugar tem de bonito, tem de fértil. Há dois mil anos, as vilas que pontuavam os 64 quilômetros de circunferência do lago produziam toneladas de azeite, figos, nozes, tâmaras - itens valiosos num tempo sem iPads, Galaxies ou TVs de Led. Escavações arqueológicas mostram que a cidade onde Jesus se estabeleceu, Cafarnaum, era o centro comercial de onde esses alimentos partiam para o resto da Palestina. A pesca também era industrial. Magdala, a cidade de Maria Madalena, a 10 quilômetros de Cafarnaum, abrigava um centro de processamento de peixes, onde as tilápias do Mar da Galileia eram limpas, conservadas em sal do Mar Morto, e exportadas para outros cantos do Império Romano. O ambiente era de fartura, pelo menos para os padrões da Antiguidade. Tanto que o próprio milagre da multiplicação dos pães e dos peixes não aparece na Bíblia como uma "ação de combate à fome". Mas como um lanche de fim de tarde mesmo. Segundo os evangelhos, uma multidão tinha seguido Jesus até um lugar ermo para ouvi-lo. Estava anoitecendo. Os apóstolos alertaram o mestre de que, no lugar onde estavam, o pessoal não teria onde comprar comida. Então operou-se o milagre. Sem drama.

A ideia de que Jesus pregava num deserto famélico é só a ponta de um iceberg de mitos que povoam o senso comum quando o assunto é Cristo. Nas próximas páginas vamos ver o que a história, a arqueologia e a própria Bíblia têm a dizer sobre os outros.

1. Ele não nasceu em Belém, nem no Natal
O sino que bate nas canções natalinas não é o de Belém. E também não foi no dia 25 de dezembro que ele nasceu. Tudo o que sabemos sobre o nascimento de Jesus está nos evangelhos de Mateus e Lucas - e são versões bem diferentes. Em Mateus, José e Maria aparentemente viviam em Belém quando ela deu à luz. No evangelho de Lucas, eles moravam em Nazaré, e só se deslocaram até Belém porque Augusto, o imperador romano, decretou que todos os habitantes do império deveriam ir até a cidade onde nasceram seus ancestrais para participar de um censo. Como José, segundo a narrativa, era descendente do rei Davi, que nasceu em Belém, ele e a esposa foram até lá. Evangelhos à parte, hoje é consenso entre os historiadores de que Jesus nasceu mesmo em Nazaré. "Tanto Mateus quanto Lucas dizem que Jesus nasceu em Belém com o objetivo de dizer metaforicamente, simbolicamente, que ele é o `novo rei Davi¿", diz o teólogo americano John Dominic Crossan, um dos maiores especialistas na história do cristianismo. Crossan e outros descartam Belém por um motivo: do ponto de vista dos evangelistas, seria mais simples dizer que ele nasceu e cresceu em Belém mesmo - e então mudou para o Mar da Galileia, onde começou a pregar. Mas como os textos se dão ao trabalho de dizer que ele veio de Nazaré, uma cidade que não tinha nada de especial, o mais provável é que ele tenha nascido lá mesmo. Mais: o motivo que Lucas dá para José e Maria terem ido a Belém não existiu. O governo de Augusto é extremamente bem documentado. E não há registro de censo nenhum. Menos ainda um em que as pessoas teriam que "voltar à cidade de seus ancestrais".

Outro consenso é o de que Jesus nasceu "antes de Cristo". A fonte aí é a própria Bíblia. Mateus e Lucas dizem que ele veio ao mundo durante o reinado de Herodes, o Grande (não confunda com Herodes Antipas, seu filho, o soberano da Galileia durante a fase adulta de Jesus). Bom, como esse reinado terminou em 4 a.C., ele não pode ter nascido depois disso. E sobre o dia do nascimento a Bíblia é clara: não diz nada. "No início, o cristianismo não tinha uma data exata para o nascimento de Jesus. Então, lugares diferentes celebravam em datas diferentes", diz o teólogo Irineu Rabuke, da PUCRS. O dia 25 de dezembro acabou adotado, no século 4, porque nessa data os romanos já comemoravam uma festa importante, a Natalis Solis Invicti, ou "Nascimento do Sol Invencível". Era uma comemoração pelo solstício de inverno, o dia mais curto do ano. É que, depois do solstício, os dias vão ficando cada vez mais longos. A festa, então, é pela vida, que a partir daí volta a florescer. Por isso mesmo, o solstício de inverno foi celebrado com festa em boa parte das culturas humanas, desde sempre. O círculo de pedras de Stonehenge, por exemplo, já era palco de festas assim 3 mil anos antes de Jesus nascer, por exemplo. Por esse ponto de vista, dá para dizer que o monumento pré-histórico inglês é, no fundo, uma enorme árvore de natal.

2. Os três reis magos não eram reis. Nem eram três
Está no evangelho de Mateus (e só nele): "magos do oriente" ficam sabendo do nascimento de Jesus e seguem uma estrela que os leva até Jerusalém. Lá eles vão até o palácio real e perguntam a Herodes onde é que vai nascer o "rei dos judeus". O soberano consulta estudiosos das Escrituras Sagradas, e informa aos magos que o nascimento deve acontecer na cidade de Belém. Então pede que eles voltem para confirmar o paradeiro de Jesus. Os homens mais uma vez seguem a estrela, agora até Belém (a 10 quilômetros de lá). Então oferecem ouro, incenso e mirra ao recém-nascido. Depois, são alertados em um sonho que não devem contar a Herodes onde Jesus está, e voltam para casa por um caminho alternativo. Herodes, que era ele mesmo o "rei dos judeus", não queria ser destronado, então mandou seus soldados matarem todos os meninos com menos de dois anos na região. Essa é uma história típica da mitologia em torno de Jesus - nenhum historiador busca evidências de magos e estrelas-guias, claro. Acreditar nela ou não é questão de fé. Mesmo assim, alguns elementos dessa fé distanciaram-se do que está na Bíblia. Por exemplo: não há menção a "reis". "A tradição popular é que definiu isso, porque trouxeram presentes caros", diz Irineu Rabuke. O evangelho, aliás, nem diz que eles eram três: só se sabe que eram mais de um, já que são mencionados no plural. Os nomes deles também não aparecem. As alcunhas "Gaspar", "Melquior" e "Baltazar" são de textos do século 5. O mais provável, enfim, é que esses personagens de Mateus sejam inspirados em sacerdotes do zoroastrismo, uma religião persa ligada à astrologia - daí a "estrela de Belém" e o "vindos do oriente", onde ficava a Pérsia (que hoje se chama "Irã"). Bom, se eles foram imaginados como persas mesmo, essa história tem algo de inusitado do ponto de vista geopolítico, como lembra o americano Crossan: "Acho irônico que, no meu país, nós tenhamos três iranianos nos nossos presépios".

3. Ele era moreno, baixinho e de cabelo curto
A Bíblia não fala sobre a aparência de Jesus, Isso deu liberdade para que artistas construíssem a imagem de Cristo de acordo com suas próprias interpretações. Os do Renascimento, por exemplo, desenhavam Jesus à imagem e semelhança dos nobres do norte da Itália. E essa foi a imagem que ficou.

Ok. Mas vamos à ciência: esqueletos de judeus do século 1 indicam que a altura média deles era de mais ou menos 1,55 m. E que a maioria não pesava muito mais do que 50 quilos. Então o físico de Jesus estaria dentro dessa faixa. E mesmo se fosse bem alto para a época, com 1,65 m, por exemplo, ainda seria pequeno para os padrões de hoje. Determinar o rosto é mais difícil. Mas uma equipe de pesquisadores britânicos liderada por Richard Neave, um especialista em ciência forense, conseguiu uma aproximação boa. Usando como base três crânios do século 1, eles lançaram mão de softwares de modelagem 3D para determinar qual seria o formato do nariz, dos olhos, da boca... enfim, do rosto de um adulto típico da época. O resultado foi uma face parecida com a do retrato que abre esta reportagem. Não que aquilo seja de fato o rosto de Cristo. Mas que se trata de uma aproximação cientificamente confiável, se trata.

Quanto à cor da pele, a hipótese mais provável é que fosse morena, como era, e continua sendo, a da maior parte das pessoas no Oriente Médio. E como seria a de praticamente qualquer um que passasse a vida toda ao ar livre naquele calor de lascar. Bom, sobre o cabelo dele quem dá a maior pista é a própria Bíblia. No livro 1 Coríntios, Paulo diz que "cabelo comprido é uma desonra para o homem". O maior divulgador do cristianismo no século 1 provavelmente não diria isso se Jesus tivesse sido notório pela cabeleira. Na verdade, as primeiras representações conhecidas de Cristo, feitas no século 3, mostram um Jesus de cabelo curto. E sem barba, até. "A ideia era mostrar que se tratava de um jovem", diz Chevitarese. A inspiração desses artistas eram as esculturas de Apolo e Orfeu, deuses gregos também retratados como jovens imberbes. Por volta do século 5, essa primeira imagem de um Jesus jovial e imberbe perdeu espaço para uma outra, em que ele está de barba e cabelos longos e escuros.

Esse Jesus moreno e barbudo surgiu no Império Bizantino e é conhecido como Cristo Pantocrator ("todo poderoso" em grego). "Os bizantinos começam a atribuir à figura de Jesus um caráter de invencível. E essa representação de alguma forma coincidia com as que eles faziam dos próprios imperadores bizantinos", diz Chevitarese.

Os renascentistas, depois, também fariam um Jesus à imagem e semelhança das pessoas que conheciam, e que achavam mais bonitas. Daí a pele clara, os cabelo dourado e os olhos azuis. Nas últimas décadas, porém, artistas (e cineastas) têm se esforçado para não representar Jesus como um nórdico. Em A Paixão de Cristo (2004), de Mel Gibson, o protagonista Jim Caviezel chegou a ter os seus olhos azuis transformados em castanhos. Mas ainda falta um filme realista para valer nesse quesito.

4. Jesus era só um entre vários profetas
Cristo viveu em um período favorável para o surgimento de profetas. Só no livro Guerra dos Judeus (do historiador Flávio Josefo, que viveu no século 1) dá para identificar pelo menos 15 figuras semelhantes a Jesus, que viveram mais ou menos na mesma época dele. A Bíblia cita outros quatro. Um é João Batista, que anunciava o fim do mundo aos seus seguidores, e de quem os cristãos herdaram o ritual do batismo. "Cerca de cem anos depois da morte de João Batista, seus discípulos ainda diziam que ele era maior que Jesus", diz Chevitarese. Para o historiador, João Batista era um concorrente de Cristo. Os dois eram profetas apocalípticos (já que pregavam o fim dos tempos) e viviam na mesma região. A diferença é que João chegou primeiro. "Ele não se ajoelharia na frente de Jesus e diria que não é digno de amarrar a sandália dele, como está nos evangelhos. Pelo contrário", diz. Segundo ele, foi a redação da Bíblia, evidentemente favorável a Jesus, que transformou Batista num coadjuvante: "Os textos pró-Jesus é que vão amarrar o Batista à tradição de Jesus. João Batista é um dos melhores exemplos que nós temos de um candidato messiânico marcadamente popular". O segundo desses profetas contemporâneos é Simão, o Feiticeiro. Conforme o livro Atos dos Apóstolos, do Novo Testamento, Simão é conhecido por "praticar mágica", e quando ouve os apóstolos falarem sobre Jesus, oferece dinheiro a eles para tentar comprar o dom de Deus (os apóstolos recusam a oferta, claro). O terceiro desses é Bar-Jesus, que os apóstolos encontram quando chegam à Grécia e a quem nomeiam como "falso profeta". E o último é o "egípcio", com quem Paulo é confundido no templo de Jerusalém. O egípcio era um candidato a Messias que viveu por volta do ano 40, e prometeu levar os seus seguidores para atravessar o leito do Jordão, que, ele dizia, se abriria quando eles passassem. Chevitarese conta que eles sequer tiveram tempo de chegar às margens do rio: "Os romanos, quando ficaram sabendo disso, mandaram a tropa aniquilar todo mundo. Vai que o rio abre mesmo?".

5. Mateus, Marcos, Lucas e João não são os autores dos evangelhos
Mateus e João eram apóstolos. Marcos, um discípulo de outro apóstolo (Pedro). E Lucas era médico de Paulo. Pela tradição cristã, eles são os autores dos quatro evangelhos do Novo Testamento. Mas isso também é um mito. Ninguém sabe quem escreveu os livros. A "autoria" de cada um foi atribuída aleatoriamente pela Igreja bem depois de os textos terem ido para o papiro. O evangelho de Mateus, por exemplo, foi atribuído a Mateus porque ele dá ênfase ao aspecto econômico - e Mateus era o apóstolo que tinha sido coletor de impostos. Já o texto creditado a João é o único dos evangelhos a relatar o episódio em que Jesus, pouco antes de morrer, pede ao apóstolo João que ele cuide de Maria. Aí os créditos ficaram com João.

O que se sabe mesmo sobre os autores é que não eram "autores" no sentido moderno da palavra. Hoje, qualquer um pode ser autor, porque todo mundo sabe ler e escrever. Há 2 mil anos, não. Saber escrever era o equivalente a hoje saber engenharia da computação. Do mesmo jeito que as empresas contratam engenheiros para cuidar de seus mainframes, os antigos contratavam escribas quando precisavam deixar algo por escrito. Com os evangelhos não foi diferente. O mais provável é que comunidades cristãs tenham encomendado esses trabalhos - e ditado aos escribas as histórias que conhecemos hoje. Ditado e entregado outros textos também, para que eles usassem como fonte.

Dos evangelhos, o primeiro a ser escrito foi aquele que hoje é atribuído a Marcos, quase 40 anos após a morte de Jesus. Marcos, enfim, saiu por volta do ano 70. Mateus e Lucas vieram um pouco depois, ente 75 e 80 - até por isso ambos trazem alguns trechos idênticos aos do manuscrito atribuído a Marcos.

Também há muita coisa igual em Mateus e em Lucas, e que não aparece em Marcos. Como? A tese é simples: os dois autores teriam usado uma fonte em comum, que acabou perdida. Os especialistas chamam essa fonte de "Q" ("Q" de quell, que é "fonte em alemão). Sempre que Mateus e Lucas concordam em alguma história que não está em Marcos, então, ela é creditada ao suposto livro "Q". Por causa desse entrelaçamento todo, costumam chamar esses três evangelhos de "sinópticos". Ou seja: os três têm a "mesma ótica". Contam basicamente a mesma história, cada um com algum adendo aqui e alguma omissão ali. Já João, o quarto evangelho, escrito por volta do ano 100, traz uma história diferente. Ali Jesus é mais do que o "filho de Deus": é o próprio Deus encarnado. E a narrativa também muda. Em João ele destrói as barracas dos cambistas e vendedores do Templo de Jerusalém logo no começo da saga, por exemplo. Nos outros, esse ato está bem no final.

Depois foram surgindo mais e mais "biografias" de Jesus. Para diminuir a bagunça, logo depois que o imperador Constantino legalizou o cristianismo, no século 4, a Igreja se organizou para definir quais seriam os livros que fariam parte da Bíblia Cristã. E bateu o martelo para a formação atual do Novo Testamento. O critério da Igreja foi usar os textos mais antigos - os mais confiáveis. Os quatro evangelhos, inclusive, faziam parte da primeira lista de livros sagrados do cristianismo de que se tem notícia, o Cânon de Muratori, compilado em 170 d.C. "A Igreja no século 4 apenas reconheceu o que já eram as suas escrituras por séculos", diz o teólogo Ben Witherington, da Universidade de St. Andrews, na Escócia.

Os textos sobre Jesus que não entraram para a Bíblia acabaram conhecidos como evangelhos "apócrifos" ("ocultos", em grego). Existem dezenas. Um deles, aliás, é aquele descoberto recentemente e que ficou famoso por dizer que Jesus era casado. Não é bem um "evangelho", mas um fragmento de papiro do tamanho de um cartão, em que aparece escrito em egípcio: "Jesus disse a eles: ´Minha esposa (...)`" - o resto está cortado. O manuscrito é dos anos 300 d.C. Bem mais recente que os evangelhos do Novo Testamento. O que ele significa? Que alguma comunidade cristã daquela época acreditava que Jesus era casado. Para a maior parte dos pesquisadores, isso não basta para mudar a "biografia oficial" de Cristo, como diz André Chevitarese: "João Batista era celibatário. Paulo era celibatário. Jesus é um desses casos".

6. Judas pode não ter sido um traidor
Judas, um dia, foi nome. Hoje, virou adjetivo, sinônimo de ausência de caráter. Mas Judas Iscariotes, que teria entregue Jesus aos romanos em troca de 30 moedas de prata, pode ser um injustiçado. Essa história aparece nos quatro evangelhos - com uma ou outra variação. Para alguns estudiosos, porém, ela é uma farsa. A maior evidência estaria nos textos de Paulo, os mais antigos entre os do Novo Testamento, escritos por volta do ano 50 d.C. Numa passagem na Primeira Epístola aos Coríntios Paulo diz que, depois de ressuscitar, Jesus apareceu para os 12 apóstolos, e não para 11: "Ele foi sepultado e, no terceiro dia, foi ressuscitado, como está escrito nas Escrituras; e apareceu a Pedro e depois aos 12 apóstolos" (Coríntios, 15:5). Ou seja, Judas estaria lá. Não teria se matado após a famosa traição, como dizem os evangelhos. Essa epístola foi escrita pelo menos dez anos antes de Marcos, o primeiro dos quatro.

Outro documento que defende o suposto traidor é o Evangelho apócrifo que ficou conhecido como "Evangelho de Judas". Uma cópia desse manuscrito foi revelada em 2006. Pesquisadores acreditam que o texto foi escrito originalmente por volta do século 2, já que ele foi mencionado em uma carta escrita pelo bispo Irineu de Lyon em 178 d.C. Segundo o texto, Judas teria apenas acatado um pedido de Jesus ao entregá-lo para as autoridades romanas. Nessa versão, Iscariotes era o apóstolo mais próximo do mestre - daí o pedido ter sido feito a ele.

Mesmo se levarmos em conta só os evangelhos canônicos, alguns pesquisadores acham pouco verossímeis as passagens que incriminam Judas. É o caso de John Dominic Crossan: "Para ser sincero, eu vou e volto com essa questão. Mesmo quando respondo afirmativamente [que Judas de fato traiu Jesus], penso nisso como remotamente possível", diz ele. Durante a sua última semana de vida, Jesus era protegido pela presença da multidão durante o dia ("Procuravam então prendê-lo, mas temeram a multidão", Marcos, 28:12), e se protegia ao sair de Jerusalém e ir para Betânia, onde estava hospedado, durante a noite. Na opinião de Crossan, as autoridades romanas não precisariam da ajuda de Judas para encontrar Jesus: "Certamente as autoridades teriam descoberto por si próprias o lugar exato para interceptar Jesus. Então, Judas era mesmo necessário? Essa é minha maior objeção com a figura histórica de Judas como traidor". Por esse ponto de vista, o episódio da traição de Judas teria sido criado para facilitar a conversão dos romanos ao cristianismo. Na época, parte da população do império já começava a se converter, e não ficaria bem se a maior parte da responsabilidade pela morte de Jesus recaísse justamente sobre um romano, Pôncio Pilatos. É o que Chevitarese defende: "Pessoas vindas do ambiente politeísta, principalmente das elites romanas, já estavam se convertendo ao cristianismo por volta de 70 d.C. Por isso, os evangelhos fazem Pilatos lavar as mãos".

7. O Reino dos Céus era na Terra
Todo ano, antes de avisar a Jesus Cristo que ele está aqui, Roberto Carlos olha para o céu e vê uma nuvem branca que vai passando. O céu virou sinônimo de paraíso, é de lá que Deus observa os nossos movimentos e é pra lá que vai quem já morreu. Mas o jovem Jesus, quando tentava convencer seus ouvintes a se comportarem de maneira justa, não dizia exatamente isso. O Reino de Deus (ou Reino dos Céus) que Jesus pregava iria acontecer aqui na Terra mesmo.

Os próprios evangelhos deixam isso claro. Em uma conversa com os discípulos pouco antes de morrer, Jesus diz que alguns deles estarão vivos para ver o reino de Deus chegar: "Dos que aqui estão, alguns há que de modo nenhum provarão a morte até que vejam o Reino de Deus já chegando com poder" (Marcos, 9:1). Em outro momento, Jesus chega a afirmar que o Reino de Deus já chegou: "Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galileia pregando o evangelho de Deus; e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho" (Marcos, 1:15).

Os discípulos, portanto, acreditavam que o Reino de Deus seria instaurado imediatamente. "No tempo de Jesus, era muito forte a esperança de que se fosse fazer um reino nos moldes do Rei Davi, do Rei Salomão. Quando Jesus falava em `reino¿, as pessoas achavam que só podia ser um reino desse tipo", diz Irineu Rabuske. Mas Jesus era um profeta apocalíptico, e o que ele defendia é que Deus faria uma intervenção em breve e daria início a um reino de paz e justiça.

É verdade que também existem na Bíblia diversas passagens em que Jesus fala sobre um pós-morte. Uma delas está em Lucas. É sobre um homem rico e um mendigo que costumava pedir-lhe esmolas. Depois de morrer, o rico vai para uma espécie de inferno, onde "atormenta na chama". E o mendigo é consolado por Abraão. Cristo é mais claro ainda no evangelho de João. Ele diz a Pilatos que "seu reino não é deste mundo".

Só que Lucas e João são textos mais recentes que Marcos. E para boa parte dos pesquisadores, é por isso mesmo que eles dão ênfase à ideia de um Reino do Céu no "céu".

"Essas referências foram sendo acrescentadas conforme o início do reino não ocorria", diz o arqueólogo e especialista em cristianismo Pedro Paulo Funari, da Unicamp. Ou seja: chegou um momento em que os cristãos tiveram que lidar com o fato de que o reino de Deus talvez não estivesse tão próximo assim. A partir daí, começou um processo de reinterpretação. A pregação de Jesus, de que os bons seriam recompensados e os maus punidos num julgamento que marcaria o fim de uma era no mundo, foi sendo alterada. E o julgamento passou a acontecer no final da vida de cada um. Faz todo o sentido: do ponto de vista argumentativo, é uma versão mais sofisticada. Só quem já morreu pode contestá-la.

PARA SABER MAIS
Jesus Histórico. Uma Brevíssima Introdução
André Chevitarese e Pedro Paulo Funari, Kline, 2012

Quem Jesus Foi? Quem Jesus não foi?
Bart Ehrman, Record, 2011