sábado, 28 de março de 2015

Limpeza Pública de Conquista em 1938

Vitória da Conquista
Limpeza Pública de Conquista em 1938, com os “modernos meios de coleta de lixo urbano”, ou seja, as carroças que faziam o serviço de asseio público da cidade
Limpeza Pública de Conquista em 1938, com os “modernos meios de coleta de lixo urbano”, ou seja, as carroças que faziam o serviço de asseio público da cidade. Detalhe: LPC escrito na carroça significa ¨Limpeza Pública de Conquista¨
A Limpeza Pública de Conquista em 1938, durante a administração municipal do prefeito Régis Pacheco, adquiriu novos equipamentos para o que, na época, se chamava “Asseio e Higiene Públicos”. O município adquiriu duas nova carroças para o transporte do lixo ao custo de 2:456$000 (dois contos e quatrocentos e cinquenta e seis mil réis), tendo a Prefeitura gasto ainda com os reparos nas existentes a quantia de 1:175$000 (um conto e cento e setenta e cinco mil réis). Quanto ao asseio, nos exercícios de 1938 (de junho a dezembro) e 1939 foi feita a despesa de 10:553$000 (dez contos e quinhentos e cinquenta e três mil réis).
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A Força do Pedralismo nas eleições municipais de 1988

Vitória da Conquista


O então Deputado Federal Ulysses Guimarães, em 1988, que fora presidente da Câmara dos Deputados (1956-1957, 1985-1986 e 1987-1988) e presidente da Assembleia Nacional Constituinte 1987-1988, discursa em comício da campanha para prefeito de Murilo Mármore, em 1988, ano da promulgação da atual Constituição, na Praça Barão do Rio Branco
O então Deputado Federal Ulysses Guimarães, em 1988, que fora presidente da Câmara dos Deputados (1956-1957, 1985-1986 e 1987-1988) e presidente da Assembleia Nacional Constituinte 1987-1988, discursa em comício da campanha para prefeito de Murilo Mármore, em 1988, ano da promulgação da atual Constituição, na Praça Barão do Rio Branco
Colocada em segundo plano no ano eleitoral de 1986, no ano seguinte, as movimentações, articulações e composições, na perspectiva da sucessão do Prefeito Hélio Ribeiro, foram retomadas. No dia 30 de maio de 1987, ocorreu uma reunião do PMDB para analisar as candidaturas, emergiram naquele momento três postulantes: Carlos Murilo Mármore, presidente da EMURC (Empresa Municipal de Urbanização de Vitória da Conquista); Antônio Dantas e o ex-prefeito Gildásio Cairo. O Secretário de Transportes do Estado, José Pedral, esteve presente, conforme o jornal “Tribuna do Café” em sua edição de29 de maio de 1987.
Considerado o mais provável candidato à sucessão de Hélio Ribeiro pelo PMDB, com o apoio declarado da cúpula do Diretório, do Secretário de Transportes, José Pedral Sampaio, do Prefeito, do deputado Coriolano Sales e do presidente da legenda, José Willian Nunes, Murilo aguardou o apoio de outros membros, como do ex-prefeito Gildásio Cairo, para declarar-se candidato, tudo de acordo com o jornal “Tribuna do Café”, edição de 10 de julho de 1987.
Emergiram vários candidatos e aprofundaram-se as disputas nos bastidores. O deputado federal Coriolano Sales vinha sendo reconhecido como nome de consenso, mas outros surgiram: o deputado estadual Sebastião Castro, o ex-deputado federal Elquisson Soares, Clovis Assis – que afirmou só abrir mão de sua candidatura em favor de Raul Ferraz, caso contrário, continuaria na luta para fazer vinte mil filiações e tomar o Diretório – Aliomar Coelho e Clovis Flores, que também se destacaram e contariam com o apoio de Sebastião Castro e Elquisson Soares que não apoiaram o presidente da EMURC (jornal “Tribuna do Café”, edição de 3 de setembro de 1987). Mármore, no entanto, foi o candidato oficial do Pedralismo. Para Clovis Assis, Sebastião Castro se fortalecia enquanto estava junto com ele no PMDB, mas Sebastião não admitia chefe, não deixando explícito, estava se referindo a Pedral ou a Clovis Assis. Elquisson afirmou que, no dia 20 de dezembro de 1987, Sebastião entraria no PDT e seria o candidato do partido à Prefeitura e, se vitorioso, lutaria contra a candidatura de José Pedral ao governo do Estado. O vereador Everardo Públio de Castro garantiu que se afastaria de Sebastião, caso ele ficasse à sombra do ex-deputado Elquisson. Osvaldo Pedro declarou-se descontente com o PMDB e Clovis Assis garantiu que, caso não vencesse a convenção do PMDB, sairia do partido (jornal “Tribuna do Café”, edição de 9 de dezembro de 1987).
Clovis Assis se afirmava como possível candidato. Na convenção do PMDB marcada para o dia 31 de janeiro de 1988, o ex-secretário de saúde do governo Raul Ferraz era proprietário da Clínica de Urgência Pediátrica (CUPE). Sebastião Castro, de fato, foi para o PDT, cuja candidatura a Prefeito foi lançada em convenção do seu partido em dezembro de 1987.
Líderes de associações de moradores, maçonaria, sindicatos, clubes de serviços e funcionários públicos municipais apoiaram Murilo e Pedral. A participação das entidades foi uma demonstração do nível de aparelhamento e da capilaridade do Pedralismo na cidade (“Tribuna do Café”, edição de 26 de julho de 1988).
No dia 27 de março de 1988, aconteceu no Ginásio de Esportes a esperada e movimentada Convenção do PMDB, onde se escolheriam os novos membros do Diretório e, consequentemente, o grupo político que teria força para escolher o candidato a prefeito. O evento foi agitado com o circular de carros, ônibus e vans, e pela ação dos cabos eleitorais das chapas 01 e 02. Chapa 01 bancada pelo médico Clóvis Assis e a Chapa 02 da cúpula do partido com Pedral, Hélio, Raul, Coriolano, Gildásio e Murilo, articulação que obteve vitória com a margem favorável de 395 votos (“Tribuna de Conquista”, edição de 2 de abril de 1988).
No dia 22 de maio de 1988, no auditório da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, a cúpula do PMDB de Vitória da Conquista se reuniu para debater a sucessão municipal. A reunião foi motivada pelos comentários do deputado Raul Ferraz nas rádios, afirmando que o PMDB estava acéfalo. O evento foi uma demonstração da coesão do partido na campanha por Murilo Mármore e Clovis Flores (jornal “Tribuna de Conquista”, edição de 2 de junho de 1988), que teriam suas candidaturas homologadas formalmente no inicio de agosto em frente partidária formada pelos partidos PMDB, PSDB, PDC e PSB, em Convenção na Câmara de Vereadores, onde foi realizado um ato político com a presença de cerca de 10.000 pessoas e show com Luiz Gonzaga, Carlinhos Axé e Banda Rastafári (“Tribuna do Café”, edição de 11 de agosto de 1988).
Os antigos arenistas, após a vitória de Waldir e diante do predomínio pedralista em Conquista, tentavam se reerguer, mas conservando sua velha tradição, encontrava em sua divisão em diversas facções o principal limitador de sua reação. Liderados do deputado Leônidas Cardoso, magoados com o que consideravam traição dos antigos carlistas que apoiaram a campanha de Waldir, decidiram que iriam se separar de Margarida Oliveira. Na nova conjuntura pós-86, os “margaridistas” desejavam uma união com o PDT, do deputado Sebastião Castro, e os “cardosistas” buscaram se aproximar do PMDB pedralista (“Tribuna do Café”, 16 de dezembro de 1986).
A delegada do Ministério da Educação na Bahia e candidata à Prefeitura de Vitória da Conquista em 1982, Margarida Oliveira, era a presidente do PFL. Foi convidada por Antônio Carlos Magalhães para assumir a coordenação administrativa regional do partido. A perspectiva era fortalecer o PFL para as próximas eleições municipais. A dirigente partidária buscou, junto ao DENTEL (Departamento Nacional de Telecomunicações), a concessão de uma emissora de rádio para Vitória da Conquista. Com apoio do seu padrinho político e Ministro das Comunicações e apoio financeiro do deputado federal João Alves de Almeida, fundaria a emissora FM 100,1 (“Tribuna do Café”, edição de 28 de janeiro de 1988).
Outro bloco de antigos arenistas partiu para fundar o Partido Social Cristão, dirigido na cidade por Aloísio Pereira, Jesiel Norberto (ex-vereador pela Arena), Altamirando (Iran) Gusmão (outrora Arena, PDS e PP, deputado estadual pelo PMDB) e Manoel Augusto (candidato a prefeito pelo PDS em 1982), conforme o jornal “Tribuna de Conquista”, edição de 7 de junho de 1987. Outro bloco aderiria ao PTB, que realizou Convenção em 24 de abril de 1988 e elegeu diretório: Mássimo Ricardo Benedictis (presidente); José Augusto Alves Fagundes (vice-presidente); Anabel Andrade (secretária); Alberto Nápoli (tesoureiro) e Carlos Nápoli (delegado). Segundo Carlos Nápoli, o partido pretendia ter candidato próprio para a Prefeitura. O PDS, em processo de reestruturação, segundo o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Altamirando Novais, também pretendia ter candidato próprio (“O Jornal de Conquista”, edição de 13 de maio de 1988).
Raul Ferraz e Sebastião Castro se uniram para derrotar Pedral Sampaio e Murilo Mármore, nas eleições municiais de 1989
Raul Ferraz e Sebastião Castro se uniram para derrotar Pedral Sampaio e Murilo Mármore, nas eleições municipais de 1988. Na foto aparece ainda o jornalista Gildásio Fernandes (de camisa vermelha)
A trajetória do candidato Sebastião Castro, desde as eleições de 1976 e 1982, havia sido marcada por um discurso que o colocava como mais autêntico oposicionista que Pedral e seu grupo, a quem acusava de personalista e cacique político. Todavia, na campanha de 1988, formou a frente partidária “União da Conquista rumo à Prefeitura”, que colocou o PDT explicitamente aliado aos partidos das diferentes facções dos velhos arenistas e carlistas da cidade: PFL, PSC, PTB e PL (“Tribuna do Café”, edição de 6 de outubro de 1988), o que comprometia a imagem que se tentara construir até então. Uma das primeiras exigências dos novos aliados foi excluir o PC do B da campanha de Castro, condição prontamente aceita. Os comunistas foram apoiar a candidatura de Mármore. Sebastião já havia aceitado ser nomeado pelo Governador João Durval para Conselho da UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) como representante da comunidade, mas tal episódio era pouco conhecido e sequer lembrado, o aproximar-se explicitamente de um bloco dos partidos da direita, o transformava no candidato carlista em Conquista. No entanto, se esta marca ficou para Sebastião, não apenas ele se aproximou dos velhos arenistas. Se Tião com Eduardo Khoury foi buscar apoio de Edvaldo Flores, também o fez Murilo Mármore, acompanhado por José Pedral, buscar o apoio do ex-Governador, oferecendo uma secretaria à indicação do partido. Edvaldo Flores ponderou que, no caso de união PDS-PMDB, Antônio Carlos Magalhães (PFL) e autoridades do PDS não poderiam ser atacados nos palanques. Murilo e Pedral garantiram que a união era restrita às questões locais. Edvaldo marcou reunião com o vice do partido, Altamirando Novais, para decidirem entre Murilo e Tião (“Tribuna do Café”, 19 de outubro de 1988). O presidente do PDS acertou com Pedral, Murilo e Clovis Flores. Hélio Ribeiro partiu para convencer velhos pedessistas, como Nilton Gonçalves, Lurdes Novato e Terezinha Mascarenhas (professoras da rede estadual), Ademário Santos e Antônio Nápoli, conseguindo o apoio a Murilo. Sem candidatos próprios, os velhos arenistas se dividiram: PDS com Murilo e PFL com Sebastião (Tribuna do Café, 2 de novembro de 1988).
Desde a implantação do pluripartidarismo, no final de 1979, que o transitar de velhos emedebistas e velhos arenistas entre os campos, outrora opostos, havia se tornado comum, inicialmente de forma individual ou em pequenas facções. Quando da implantação da Nova República e da campanha de Waldir Pires ao governo do Estado, a movimentação tornou-se mais massiva e explicita. Até mesmo em Vitória da Conquista outrora propalada como “Esparta Baiana e baluarte da oposição”, o pragmatismo campearia e o misturar dos velhos naipes seria lugar comum nos novos jogos eleitorais.
A apenas uma semana do pleito, a crença numa vitória fácil de Sebastião, era grande entre os seus aliados. Said Sufi (PDT) proclama: Nossa vitória está consumada e a vantagem estará em torno de oito mil votos. Iran Gusmão seguia na mesma trilha (PSC): Tião vencerá com mais de sete mil votos(jornal “O Radar”, edição de 9 de novembro de 1988).  A disputa se acirrava com os grandes comícios – PMDB na Praça Barão do Rio Branco com Ulisses Guimarães e o PDT na Praça do Carvão (Bairro Brasil) com o Governador Waldir Pires (Tribuna do Café, 2 de novembro de 1988). Resultado: Negando todos os prognósticos realizados ao longo da campanha, Murilo Mármore foi eleito Prefeito de Vitória da Conquista, com 25.252 votos, Sebastião Castro conquistaria 20.315, Walter Pires – candidato do então minúsculo PT – 918 (Tribuna do Café, 18 de novembro de 1988). A liderança de José Pedral Sampaio chegava ao seu apogeu em Vitória da Conquista, mas os limites do governo Waldir e as contradições internas no município começavam a indicar as trilhas de futura decadência.

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Presidenciáveis estiveram em Conquista e Jequié em 1960

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Gerson Sales e simpatizantes aguardam Jânio Quadros com as vassouras na mão
O então prefeito Gerson Sales e simpatizantes aguardam, na Praça Barão do Rio Branco, a chegada do presidenciável Jânio Quadros, 1960
Na campanha presidencial de 1960 estiveram na região Centro-Sul da Bahia os candidatos a presidente Henrique Teixeira Lott (PSD) e Jânio da Silva Quadros (PTN), além do candidato a vice Fernando Ferrari (do Movimento Trabalhista Renovador – MTR). Jânio Quadros, quando esteve em Vitória da Conquista, batizou Gilberto Quadros Júnior, filho do então vereador Gilberto Quadros, sendo recepcionado pelo companheiro de partido o udenista Gérson Sales, com quem, junto a um grupo de simpatizantes, varreu a Praça Barão do Rio Branco. Isto porque a vassoura era o símbolo da campanha de Jânio, somada ao jingle Varre, varre, varre, varre, / Varre, varre vassourinha, / Varre, varre a bandalheira / Que o povo já está cansado / De sofrer dessa maneira / Jânio Quadros é esperança / Desse povo abandonado. Jânio e o Marechal da reserva Lott também realizaram comícios em Jequié.
Jânio Quadros batiza Gilberto Quadros Júnior- Catedral de Vitória da Conquista, 1960
Jânio Quadros batiza Gilberto Quadros Júnior na Catedral de Vitória da Conquista, 1960
A campanha de Teixeira Lott foi uma das primeiras a contar com um planejamento profissional, com técnicas de marketing político importadas dos Estados Unidos. O jingle utilizado em sua campanha é considerado um dos melhores já feitos em campanhas eleitorais no Brasil: De Leste a Oeste, / De Sul a Norte, / Na terra brasileira, / É uma bandeira / O marechal Teixeira Lott. Porém fora derrotado por Jânio Quadros. Outro candidato a presidente que fora derrotado foi o ex-Governador de São Paulo Adhemar de Barros (do Partido Social Progressista – PSP). A eleição de 1960 se caracterizou por grande participação, muitos comícios, e o uso dos símbolos como as vassouras (adeptos de Jânio, chamados de janistas), espadas (adeptos de Lott), o trevo (adeptos de Adhemar de Barros, chamados de ademaristas). Para vice foi eleito João Goulart (PTB), vencendo, além de Ferrari, Milton Campos (UDN), tendo sido formado o movimento “Jan-Jan” (Jânio e Jango). E talvez o seu jingle tenha sido o melhor de todos: Na hora de votar, / O meu Rio Grande vai jangar: / É Jango, é Jango, é o Jango Goulart. / Pra vice-presidente, / Nossa gente vai jangar / É Jango, Jango, é o João Goulart. O jingle de Jango variava de estado para estado, e na versão nacional, aparecia como “o brasileiro vai votar”.

Personalidades

Presidenciáveis estiveram no interior da Bahia em 1955

Foto de Juscelino dedicada a um jequieense: Elmo de Carvalho em 1962
Foto de Juscelino dedicada a um jequieense: Elmo de Carvalho em 1962
Na campanha para as eleições presidenciais de 1955 todos os candidatos aos cargos de Presidente da República e Vice (na época votava-se, separadamente, nos dois candidatos) estiveram em Vitória da Conquista. Foram estes os candidatos a Presidente: o General cearense Juarez Távora pela UDN (União Democrática Nacional); o paulista Adhemar de Barros pelo PSP (Partido Social Progressista); o integralista Plínio Salgado pelo PRP (Partido de Representação Popular) e o mineiro Juscelino Kubitschek pelo PSD (Partido Social democrático); para Vice: o ex-ministro do Trabalho, João Goulart (PTB); o ex-Governador de Minas Gerais, Milton Campos (UDN) e Danton Coelho (PSP).
O ex-presidente Juscelino em uma visita a Jequié na década de 50 foi recebido e saudado por Doryval Borges (irmão de Waldomiro Borges), que nas décadas de 40 e 50 foi um dos maiores lideres politico de Jequié
O ex-presidente Juscelino em visita a Jequié na década de 50 foi recebido e saudado por Doryval Borges (irmão de Waldomiro Borges), que nas décadas de 40 e 50 foi um dos maiores lideres politico de Jequié
Nestas eleições, que seriam deflagradas no dia 3 de outubro, o eleitor votou pela primeira vez com a cédula única instituída pelo Código Eleitoral, recebida na mesa eleitoral, acabando com o sistema de votação pelas “chapas”, que o eleitor levava no bolso, sendo muitos “escoltados” pelos cabos eleitorais.
Cédula Eleitoral de 1955
Cédula Eleitoral de 1955
Em Conquista JK foi apoiado pelo ex-Governador Régis Pacheco e em Jequié, onde Juscelino também fez comício, foi apoiado pela família Borges de Oliveira. Juarez Távora, Adhemar de Barros e Plínio Salgado também estiveram fazendo campanha em Jequié.
Visita do Presidente do Partido Integralista Plínio Salgado (o quarto da esquerda para direita) à Associação Comercial de Ilhéus em 1954. Na foto aparecem ainda um Coronel do Exercito (na extrema esquerda), seguido do Gerente do Banco de Fomento da Bahia (Agência de Ilhéus), o candidato a Prefeito Pedro Ribeiro (no centro) e Álvaro Melo Vieira (Presidente da Associação Comercial, na extrema direita)
Visita do Presidente do Partido Integralista Plínio Salgado (o quarto da esquerda para direita) à Associação Comercial de Ilhéus em 1954. Na foto aparecem ainda um Coronel do Exercito (na extrema esquerda), seguido do Gerente do Banco de Fomento da Bahia (Agência de Ilhéus), o candidato a Prefeito Pedro Ribeiro (no centro) e Álvaro Melo Vieira (Presidente da Associação Comercial, na extrema direita)
Antes disso, Café Filho, na qualidade de presidente da República já havia visitado Vitória da Conquista e Jequié. Por esta ocasião, vale ressaltar que Jequié recebeu pela primeira vez em sua história um Presidente da República no pleno exercício do cargo. O vice-presidente João Café Filho foi homenageado pela Câmara de Vereadores, recebendo o título de cidadão jequieense. Pouco tempo depois, com o suicídio de Getúlio Vargas no dia 24 de agosto de 1954, assumiu a suprema magistratura da nação. O potiguar Café Filho governou num período de agitação, manipulado pelos políticos da UDN. Em novembro de 1955, após a eleição ser realizada (vencida por JK com a reconciliação entre o voto rural do PSD e o voto urbano do PTB), é afastado do governo após um ataque cardíaco. Assume o Presidente da Câmara dos Deputados Carlos Luz, que é deposto dias depois, sendo acusado de pretender dar um Golpe de Estado e evitar a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek. O Congresso decidiu que o presidente do Senado Nereu Ramos terminaria os dois meses e meio de mandato, e passaria o governo para JK.

Brumado

Padre Zé Dias

Padre José Dias Ribeiro da Silva
Padre José Dias Ribeiro da Silva
O Padre José Dias Ribeiro da Silva, conhecido como Padre Zé Dias, nasceu em Freguesia de Longos, Concelho de Guimarães e Distrito de Braga (Portugal), no dia 20 de dezembro de 1880. Era filho de José Maria Ribeiro e Joana Rosa da Cunha, portugueses, ambos falecidos em Portugal.
No Consulado Português em Salvador constam os seguintes dados referentes ao Padre Zé Dias: “Inscrito sob o nº. 2931, em 23 de agosto de 1934. Natural de Portugal; estatura regular; cabelos brancos; rosto oval; cor natural; profissão sacerdote e a última residência em Portugal: Freguesia de Longos. Com residência no Brasil em Bom Jesus dos Meiras”.
Segundo os familiares, o padre Zé Dias veio para o Brasil motivado pela perseguição aos que pertenciam à Igreja, por se colocar a favor da monarquia. Passou pela Espanha e embarcou como cidadão comum com destino ao Rio de Janeiro, onde já se encontravam os irmãos Antônio e Luiz que trabalhavam em uma farmácia de nome Granada.
Em seguida, proveniente do Rio de Janeiro, chegou a Salvador em 27 de outubro de 1912, vindo de navio, transporte da época. Assumiu a Paróquia do Bom Jesus em dezembro de 1912. Luiz, seu irmão, era o sacristão e o sineiro da Igreja. Construiu sua casa ao lado da Igreja e plantou um coqueiro no ano de 1917 na lateral direita da Igreja, em frente à sua residência. Em 2012 o coqueiro desapareceu.
A casa do padre José Dias passou para Luiz Ribeiro Dias, por herança. Posteriormente, para Idalina Pereira da Costa, esposa deste, que a alugou para a Magnesita S.A. instalar ali o seu escritório. Depois o imóvel foi locado para Cantídio Trindade que o sublocou a Álvaro Aurélio Dantas e Gerolina Viana Dantas (Dona Sinhá), os quais se estabeleceram ali, com o Hotel Brasília, que funcionou por 13 anos, até 1973. O imóvel finalmente foi vendido por Idalina ao Banco do Brasil, onde hoje está instalada sua agência de Brumado.
O Padre construiu uma ponte de madeira com corrimão e pilares de sustentação de argamassa feita com cal e óleo de baleia. Essa ponte, conhecida como ponte do Padre Zé Dias, permitia acesso da cidade para o Bairro do São Felix. Mandou construir as torres da igreja e as cruzes de ferro, assim como os anjos, que se movem com a força do vento.
Comprou um Ford-29 e contratou como chofer Aristides Catarino (Tidinho) e posteriormente Laudelino que exercia os ofícios de chofer e mecânico. Possuía um relógio que marcava as distâncias, uma novidade para o povo da época. Possuía várias fazendas: Franga, Santa Luzia e Serra, todas com muita água, e a localidade chamada Pasto da Grama, além de casas e outros bens e fazia também plantações de café.
Foi designado intendente para o período de 1934-1938, porém veio a falecer antes de completar o mandato. Em sua gestão, instalou-se em Brumado uma usina de beneficiamento de algodão.
Faleceu no dia 13 de dezembro de 1937, com 57 anos, na vila de Brumado, antiga Bom Jesus dos Meiras, comarca de Ituassú (hoje com a grafia modificada para Ituaçu). José Costa Ribeiro, sobrinho e declarante, exibiu o atestado do Dr. Brand Lima que declarou que o padre falecera na Rua da Matriz, em casa de sua propriedade.
Com o falecimento do padre, as fazendas ficaram para os herdeiros moradores em Portugal, conforme o inventário, as quais, através do procurador Waldemar Torres, foram vendidas para a Magnesita S.A.
Ao padre Zé Dias antecedeu o vigário Jayme Oliva e sucederam-no Frei Pedro Thomaz Margalho da Ordem dos Carmelitas (espanhola) e posteriormente, em 1939, assume a paróquia o padre Antônio da Silveira Fagundes, que recebeu o título de Monsenhor e ficou até os dias do seu falecimento.

Izalto Ferraz de Araújo Vitória da Conquista


Izalto Ferraz de Araújo

Izalto Ferraz de Araújo
Izalto Ferraz de Araújo, descendente da tradicional família Ferraz de Tremedal, nasceu no citado município no dia 19 de novembro de 1888. Na sua terra natal foi fazendeiro e conceituado comerciante. Transferiu residência para Vitória da Conquista, tornando-se, de logo, fundador do Clube Social Conquista e sócio benemérito da Santa Casa de Misericórdia.
Politicamente, foi escolhido prefeito tampão por impedimento do titular em maio de 1946, exercendo o cargo até abril de 1947.
Aos 87 anos de idade, estando em sua residência no dia 12 de março de 1975, foi vítima de um assalto cometido por quatro bandidos armados, que invadiram sua casa e o espancaram, juntamente com sua esposa, Dona Tereza Ferraz de Araújo (na época, com 67 anos de idade), depois de amarrados, sendo forçados a entregar a chave do cofre, onde continha dinheiro, joias e ações, tendo o roubo atingido mais de Cr$ 2 milhões (dois milhões de cruzeiros).
Face aos graves ferimentos, foi conduzido ao Hospital São Vicente da Santa Casa de Misericórdia e no dia 15 de março veio a óbito.
Poções

Primeiros automóveis de Poções

Este automóvel pertencia ao coronel Manoel Emiliano Moreira de Andrade (Maneca Moreira). Esta fotografia é datada de meados dos anos 30, época em que o Prefeito Maneca Moreira inaugurou a estrada que ligava a sede do Município de Poções ao então povoado de Bom Jesus da Serra. Em cima do capô do carro está Pedro Dantas Moreira (filho de Maneca Moreira). O último, da esquerda para a direita, é o professor Marceliano Meira Mousinho (professor leigo de gerações destes dois municípios em fins do século XIX e princípio do século XX) e lideranças políticas de Bom Jesus e Poções (Acervo de Yuri Rocha Meira Magalhães)
Este automóvel pertencia ao coronel Manoel Emiliano Moreira de Andrade (Maneca Moreira). Esta fotografia é datada de meados dos anos 30, época em que o Prefeito Maneca Moreira inaugurou a estrada que ligava a sede do Município de Poções ao então povoado de Bom Jesus da Serra. Em cima do capô do carro está Pedro Dantas Moreira (filho de Maneca Moreira). O último, da esquerda para a direita, é o professor Marceliano Meira Mousinho (professor leigo de gerações destes dois municípios em fins do século XIX e princípio do século XX) e lideranças políticas de Bom Jesus e Poções (Acervo de Yuri Rocha Meira Magalhães)
Os primeiros automóveis que circularam na cidade de Poções datam da década de 20 do século passado: Trata-se dos carros pertencentes aos coronéis mais abastados da região, a exemplo do Coronel Manoel Emiliano Moreira de Andrade (Maneca Moreira), um dos homens mais ricos de Poções naquela época.
Este é um dos primeiros automóveis que circulou em Poções nas primeiras décadas do século XX. Pertencia a José Schettini. Trata-se de um Fiat modelo 509, de 1927. Ao volante José Schettini e o carona é Rafaelle Victorio Schettini. Ao fundo, à esquerda, Braz Labanca e Miguel Labanca. Detalhe: o volante do lado direito denuncia que o carro é inglês
Este é um dos primeiros automóveis que circulou em Poções nas primeiras décadas do século XX. Pertencia a José Schettini. Trata-se de um Fiat modelo 509, de 1927. Ao volante José Schettini e o carona é Rafaelle Victorio Schettini. Ao fundo, à esquerda, Braz Labanca e Miguel Labanca. Detalhe: o volante do lado direito denuncia que o carro é inglês
Também os italianos ricos que moravam em Poções naquela época importaram seus luxuosos automóveis, a exemplo do rico comerciante José Schettini, que trouxe de fora um carro inglês, pois tinha o volante do lado direito…
Primeiro Fiat da família Schettini em Poções, com Valentino Sarno (de bigode) no banco traseiro
Primeiro Fiat da família Schettini em Poções, com Valentino Sarno (de bigode) no banco traseiro  
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1º comício do MDB em Conquista foi no dia 10 de Outubro de 1966

Vitória da Conquista
Régis Pacheco foi o primeiro presidente do MDB de Conquista e foi um dos oradores do primeiro comício do partido nesta cidade
Régis Pacheco foi o primeiro presidente do MDB de Conquista e foi um dos oradores do primeiro comício do partido nesta cidade
Depois do Golpe Militar de 1º de Abril de 1964 só foi permitida a existência de dois partidos políticos: ARENA (Aliança Renovadora Nacional) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Neste bipartidarismo a ARENA era de situação e o MDB, oposição.
Em Vitória da Conquista, o MDB instalou seu diretório no dia 1º de maio de 1966 e elegeu o então deputado federal Régis Pacheco como Presidente da Executiva Municipal. A ARENA reestruturou seu diretório no dia 15 de outubro de 1968, quando, na ocasião, elegeu o empresário Renato Vaz Rebouças para Presidente Municipal do partido.
O primeiro comício do MDB foi realizado na noite de 10 de outubro de 1966 na Praça Barão do Rio Branco e do mesmo tomaram parte os deputados federais Régis Pacheco e Tarcilo Vieira de Melo, o senador Josafá Marinho, o economista Rômulo Almeida, Hermógenes Príncipe e Luiz Sampaio, saudados pelo candidato a vereador Antônio José Sá Nascimento. Os ilustres visitantes foram chamados pelo povo conquistense como “Caravaneiros da Democracia”. Ainda discursaram neste dia Gilberto Quadros e Fernando Dantas Alves.
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