VITÓRIA DA CONQUISTA, BA
PERSONAGENS E FOTOS ANTIGAS
CASEMIRO NETO
Em
meio a mata Atlântica, território dos índios Imborés e Mongóios, o
bandeirante João da Silva Guimarães, o mestre de Campo João Gonçalves da
Costa e mais 120 homens, enfrentaram a forte resistência dos legítimos
donos da terra. No embate com os índios, conta a história que até às 6
horas da manhã os bandeirantes ainda não haviam vencido a batalha. A
solução foi trágica, mas eficaz: "Os bandeirantes armaram um banquete na
atual praça Tancredo Neves, envenenaram a comida e a cachaça,
ofereceram aos índios e depois os mataram", afirma Melquisedeque. Contra
arcos e flechas, permaneceu o poder das armas de fogo. Várias tribos
foram dizimadas.
Os grandes cabarets de Conquista
Na cidade de Conquista a primeira “casa de tolerância” surgiu em 1914, segundo o cronista Severo Sales (pseudônimo de Ivo Moreira de Araújo). Tinha o nome de Cabaré do Capitão (Capitão Clemente José da Silva, oficial da Guarda Nacional, com patente, farda e espada, conselheiro municipal, fazendeiro e conceituado comerciante). Funcionava na antiga “Rua da Boiada”, "onde existia, na época, apenas algumas casinhas de mulheres livres", no dizer do cronista. Logo a novidade se espalhou pela cidade e o "Cabaré do Capitão" tornou-se bastante conhecido e frequentado. A idéia tinha sido do comerciante João Pereira da Silva, que tinha uma loja vizinha à do Capitão Clemente na "Rua Grande" (onde hoje é o Bradesco Agência 0240, Maximiliano Fernandes). As senhoras respeitáveis (encabeçada por D. Janoca, esposa do intendente Coronel Gugé), apoiadas pela Igreja Católica, manifestou-se em passeata, exigindo o fechamento do "abominável estabelecimento". O delegado João Galheiro, com a polícia embalada e de baioneta, pôs fim, assim, ao "Cabaré do Capitão".
No dia seguinte o Capitão, sentido-se desrespeitado no seu posto de "Capitão da Guarda Nacional" e na posição de Conselheiro Municipal, foi à casa do Cel. Gugé, seu compadre, amigo e chefe, renunciar a cadeira que ocupava no Conselho e entregar-lhe a farda, a espada e a patente que lhe fora dada pelo coronel, alegando o prejuízo sofrido que a polícia lhe causou, quebrando móveis, garrafas e até furando a sua harmônica de 8 baixos, companheira de 20 anos que lhe ajudou a ganhar a vida tocando nas festas de casamentos em Bom Jesus dos Meiras (atual Brumado), de onde era filho.
Após ouvir as queixas de seu correligionário, amigo e compadre, o Cel. Gugé sorriu e disse-lhe: "Ora, compadre Clemente, você faz as suas festas, não me convida e nem aos seus companheiros do Conselho Municipal. Não aceito a sua renúncia. Quanto aos prejuízos que sofreu lhe serão pagos e o cabaret você abra outro na sua fazenda do Periperi, que é perto daqui. Não adiantam brigas com os padres e muito menos com mulheres..." O Capitão aceitou o conselho do coronel, não renunciou de suas altas funções e nem devolveu a patente, a farda e a espada. E o cabaret continuou...
Algum tempo depois, surgiu na “Rua dos Cachorros", atual “Rua do Triunfo", uma casa de diversão, fundada por “Manoel Bembem”, "dotada de modernas instalações e sensacionais dançarinas", como noticiou um jornal local no dia da inauguração. Os bailes eram animados por um sanfoneiro. O Cabaré de Bembem progrediu com a cidade. Mas, pressionado em nome da sociedade que "zelava pelos bons costumes", foi fechado pela polícia.
RELÍQUIAS DE VITÓRIA DA CONQUISTA

Magazine Aracy foi inaugurado em 1941
A História do Magazine Aracy começa com a chegada de Eurípedes Cairo
dos Santos em Conquista no dia 3 de agosto de 1938. Ele foi o primeiro
Cairo a chegar nesta cidade de uma série de irmãos (a maioria
comerciante). Nasceu no dia 8 de maio de 1922 na “Fazenda Patagônia”,
município de Ituberá (BA). Em 1936 trabalhou na firma de Epifânio José
Filgueiras em Taperoá (BA). Dois anos depois esta firma transferiu-se
para Conquista e instalou-se na Rua da Moranga (hoje Siqueira Campos)
com a denominação de “Casa Nova”. Oito meses depois mudou-se para o
antigo “Beco da Tesoura” (hoje Travessa Lima Guerra), para o prédio
onde funcionou a oficina gráfica do “O Jornal de Conquista”, de Aníbal
Lopes Viana (hoje “Casa do Livro”). Em 1º de junho de 1941 tornou-se
sócio do próprio Filgueiras, com a abertura de uma filial com o nome
de “Casa Aracy”, na antiga “Travessa do Comércio” (hoje Alameda Ramiro
Santos). Um ano depois comprou a parte do sócio e tornou-se sócio de
seu irmão Lourival Cairo de 1941 a 1947. Em 1942 vieram os irmãos
Argemiro e João Cairo e em 1944 Gildásio e Osmário. Aí compraram o
“Salão Azul” de Agenor Freitas na “Praça da Piedade” (hoje 9 de
Novembro). No decorrer dos anos a antiga “Casa Aracy” foi mudando de
nome, passando a “Magazine Aracy” (de 1944 a 1966) e “Magazine e
Armarinhos Aracy Ltda.” a partir de 1966 até ser vendido para o
pessoal do “Spaço Xis”. Em 1955 tornou-se sócio de Eurípedes o seu
concunhado Altamirando Aurino Novais Silva.

Loja de Epiphanio José Filgueiras (hoje “Casa do Livro”):
"Jóia do Sertão Baiano"
Cristo Crucificado da Serra do Periperi, de Mário Cravo.A cidade oferece como atrações turísticas o Cristo Crucificado da Serra do Periperi, de Mário Cravo, executada entre os anos de 1980 e 1983, com as feições do homem sertanejo, sofrido e esfomeado, medindo 15 metros de altura por 12 de largura, a Reserva Florestal do Poço Escuro e o Parque da Serra do Periperi, além de enventos como a Micareta, conhecida como Miconquista, e o Festival de Inverno da Bahia, evento de inverno oficial da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo de Televisão na Bahia.
O Museu da História Política, Casa de Régis Pacheco, contém um acervo de quadros com todos os políticos que governaram a cidade desde a sua emancipação, além de mostrar a arquitetura preservada da metade do século 20.
A cidade possui vários monumentos, dentre os quais, destacam-se: o Monumento ao Índio, o Monumento da Bíblia Sagrada, o Monumento às Águas, o Monumento aos Mortos e Desaparecidos Políticos da Bahia no período do regime militar instalado em 1964, localizado no Jardim das Borboletas (Praça Tancredo Neves) e o Monumento a Jacy Flores.
Este último monumento, além da vida da homenageada, a primeira mulher comerciante legalmente estabelecida em Vitória da Conquista, descendente do casal fundador do Arraial da Conquista, Josefa e João Gonçalves da Costa, relata também a ligação histórica entre Vitória da Conquista, na Bahia e Chaves em Trás os Montes, com trabalhos em faiança portuguesa, representando o brasão de cada uma destas duas cidades. Fazem parte ainda deste conjunto mais de vinte árvores de Pau Brasil, plantadas em 10 de fevereiro de 2004, data da inauguração, representando os índios (moradores primitivos), os colonos e os os atuais moradores.
Entre os atrativos turísticos da cidade, encontra-se o "Poço Escuro", uma reserva florestal sob administração do poder público, com diversas trilhas e flora e fauna preservadas. Na Serra do Periperi nasce o Rio Periperi, também conhecido como "Verruga", em torno do qual João Gonçalves da Costa fundou a Arraial da Conquista, em 1783.
O futebol é o principal esporte praticado em Vitória da Conquista, sendo que os jogos profissionais são disputados no Estádio Lomanto Jr. As corridas de kart, o ciclismo e o caratê são modalidades de esportes muito praticadas na cidade.
A cidade tem demonstrado uma grande vocação para o turismo de negócios, devido ao contínuo crescimento econômico que tem experimentado.[carece de fontes?] Possui estação rodoviária, com linhas diárias para todas as cidades da região e principais cidades do país, além de um aeroporto para aeronaves de médio porte com vôos freqüentes da empresa Passaredo e TRIP para diversas cidades brasileiras.
Casarões Antigos
Prefeitura Municipal
Foi construído em 1921. Inicialmente, funcionou como Quartel da Polícia Militar da cidade. Só passou a ser sede da Prefeitura em 1962, durante o mandato do Prefeito Gerson Sales.
Casa de Dona Zaza/Coronel Gugé
Construído em 1889. Uma parte dela funcionava como casa comercial e o restante era residência. Permanece com essa característica até os dias de hoje. A construção é do início do século XX.
Antiga Biblioteca José de Sá Nunes
Foi construída em 1924 e funcionou como residência. Depois de comprada pela Prefeitura Municipal, abrigou a Biblioteca Municipal José de Sá Nunes e mais tarde transformou-se na Casa das Artes. Atualmente, está fechada.
Câmara de Vereadores
O prédio, construído em 1910, já foi residência, hotel, Fórum e Justiça do Trabalho. Hoje, abriga a Câmara de Vereadores.
Solar dos Fonsecas
Considerado um dos casarões antigos mais bonitos da cidade, a construção começou no início do século XX e terminou em 1918. Seu dono era Paulino Fonseca. Foi adquirido e restaurado pela Prefeitura em, 1985. Atualmente, é a sede da Casa da Cultura.
Casa de Dona Henriqueta Prates
O prédio data de 1883 e funcionava como residência. Em 1992, foi alugado pela Universidade do Sudoeste e passou a abrigar o Museu Regional de Vitória da Conquista.
Casa Régis Pacheco
Foi residência do ex-prefeito e ex-governador Régis Pacheco. Também foi sede do Conservatório Municipal de Música.Um projeto da Prefeitura Municipal e do Ministério da Cultura pretende restaurá-la e transformá-la em Memorial.
TRANSCRITO DE http://www.achetudoeregiao.com.br/ba/vitoria_da_conquista/historia.htm
*Por Luís Fernandes
Nesses 80 anos de inauguração da primeira agência bancária de Vitória
da Conquista (agência do Econômico) quero registrar neste espaço as
imagens das agências bancárias que funcionaram na maior Praça Financeira
da Região Sudoeste, seus gerentes mais conhecidos e populares e
relembrar um pouco de quando elas aqui se instalaram e ficaram ou
fecharam suas portas.





CONHEÇA VITÓRIA DA CONQUISTA, BA
Vitória
da Conquista é um município brasileiro do estado da Bahia. Sua
população, conforme o IBGE, em 1 de abril de 2007, era de 308.204
habitantes, o que a torna a 3ª maior cidade do estado e também do
interior do Nordeste (excetuando-se as regiões metropolitanas) [2].
Possui um dos PIBs que mais crescem no interior desta região. Capital
regional de uma área que abrange aproximadamente 70 municipios na Bahia,
além de 16 cidades do norte de Minas Gerais. Tem a altitude, nas
escadarias da Igreja Matriz, de 923 metros podendo atingir mais de 1.000
metros nos bairros mais altos. Possui uma área de 3.743
História
O Arraial da Conquista foi fundado em 1783 pelo sertanista português João Gonçalves da Costa, nascido em Chaves em 1720, no Alto Tâmega, na região de Trás-os-Montes que com dezasseis anos de idade, foi para o Brasil ao serviço de D. José I, Rei de Portugal, com a missão de conquistar as terra ao oeste da costa da Bahia.
Anteriomente já havia lutado ao lado do Mestre-de-Campo João da Silva Guimarães, líder da Bandeira responsável pela ocupação territorial do Sertão, iniciada em 1752. A origem do núcleo populacional está relacionada à busca de ouro, à introdução da atividade pecuária e ao próprio interesse da metrópole portuguesa em criar um aglomerado urbano entre a região litorânea e o interior do Sertão. Portanto, integra-se à expansão do ciclo de colonização dos fins do século XVIII.
Através da Lei Provincial N.º 124, de 19 de maio de 1840, o Arraial
da Conquista foi elevado à Vila e Freguesia, pasando a se denominar
Imperial Vila da Vitória, com território desmembrado do município de
Caetité, verificando-se sua instalação em 9 de Novembro do mesmo ano. Em
ato de 1º de Julho de 1891, a Imperial Vila da Vitória, passou à
categoria de cidade, recebendo, simplesmente, o nome de Conquista.
Finalmente, em dezembro de 1943, através da Lei Estadual N.º 141, o nome
do Município é modificando para Vitória da Conquista.
Juridicamente, o Município de Vitória da Conquista esteve ligado a Minas do Rio Pardo, depois, em 1842, ficou sob a jurisdição da Comarca de Nazaré. Por Decreto N.º 1,392, de 26 de Abril de 1854, passou a termo anexo à Comarca de Maracás e, posteriormente, à Comarca de Santo Antônio da Barra (atual Condeúba), até 1882, quando se transformou em Comarca.
Até a década de 1940, a base econômica do município se fundava na pecuária extensiva. A partir dai, a estrutura econômica e social entraria em um novo estágio, com o comércio ocupando um lugar de grande destaque na economia local. Em função de sua privilegiada localização geográfica, com a abertura da estrada Rio-Bahia (atual BR-116) e da estrada Ilhéus-Lapa, o município pode integrar-se às outras regiões do estado e ao restante do país; e logo passou a polarizar quase uma centena de municípios do sudoeste da Bahia e norte de Minas.
O território onde hoje está localizado o Município de Vitória da Conquista foi habitado pelos povos indígenas Mongoiós, subgrupo Camacãs, Ymborés (ou Aimorés) e em menor escala os Pataxós. Os aldeamentos se espalhavam por uma extensa faixa, conhecida como Sertão da Ressaca, que vai das margens do alto Rio Pardo até o médio Rio das Contas.
Os índios mongoiós (ou Kamakan), aimorés e pataxós pertenciam ao mesmo tronco: Macro-Jê. Cada um deles tinha sua língua e seus ritos religiosos. Os mongoiós costumavam fixar-se numa determinada área, enquanto os outros dois povos circulavam mais ao longo do ano.
Os aimorés, também conhecidos como Botocudos, tinham pele morena e o hábito de usarem um botoque de madeira nas orelhas e lábios – daí o nome Botocudo. Gostavam de pintar o corpo com extratos de urucum e jenipapo. Eram guerreiros temidos, viviam da caça e da pesca e dividiam o trabalho de acordo com o gênero, cabendo às mulheres o cuidado com os alimentos. Os homens ficavam responsáveis pela caça, pesca e a fabricação dos utensílios a serem utilizados nas guerras.
Já os pataxós não apresentavam grande porte físico. Fala-se de suas caras largas e feições grosseiras. Não pintavam os corpos. A caça era uma de suas principais atividades. Também praticavam a agricultura. Há pouca informação a respeito dos Pataxós.
Os relatos afirmam que os Mongoiós ou Kamakan era donos de uma beleza física e uma elegância nos gestos que os distinguiam dos demais. Tinham o hábito de depilar o corpo e de usar ornamentos feitos de penas, como os cocares. Praticavam o artesanato, a caça e a agricultura. O trabalho também era divido de acordo com os gêneros. As mulheres mongoiós eram tecelãs. A arte, com caráter utilitário, tinha importância para esse povo. Eles faziam cerâmicas, bolsas e sacos de fibras de palmeira que se destacavam pela qualidade. Os mongoiós eram festivos, tinham grande respeito pelos mais velhos e pelos mortos.
Aimorés, Pataxós e Mongoiós travaram várias lutas entre si pela ocupação do território. O sentido dessas lutas, porém, não estava ligado à questão da propriedade da terra, mas à sobrevivência, já que a área dominada era garantia de alimento para a comunidade.
Os índios e os colonizadores
A ocupação do Sertão da Ressaca foi realizada com a conquista dos povos indígenas. Primeiro, João Gonçalves da Costa enfrentou o povo Ymboré. Valentes, resistiram à ocupação do território. Por causa da fama de selvagens, foram escravizados pelos colonizadores. Os Mongoyó, tinham primitivamente naqueles índios os seus principais inimigos por serem êles ferozes e crueis e que impediam a circulação na região quando saiam em busca de caças por isto se aliaram aos portugueses para derrotá-los.
Depois dos Ymboré, foi a vez dos Pataxó. Eles também resistiram à ocupação estrangeira, mas acabaram se refugiando para o sul da Bahia, onde, em número reduzido, permanecem até hoje, lutando para preservar sua identidade e seus costumes, com o apoio da FUNAI.
Os Kamakan-Mongoyó conseguiram estabelecer relações mais estreitas com os colonizadores a fim de garantir sua manutenção como povo. Ajudaram os portugueses na luta contra os Ymboré.
Em 1782, ocorreu a batalha que entrou para a história de Vitória da Conquista como uma das mais importantes. Sabe-se que naquele ano, aconteceu uma fatídica luta entre os soldados de João Gonçalves da Costa e os índios. Os soldados, já fatigados, buscavam forças para continuar o confronto. Na madrugada posterior a uma dia intenso de luta, diante da fraqueza de seus homens, João Gonçalves da Costa teria prometido à Nossa Senhora das Vitórias construir uma igreja naquele local, caso saíssem dali vencedores.
Essa promessa foi um estimulante aos soldados que, revigorados, conseguiram cercar e aniquilar o grupo indígena que caiu, no alto da colina, onde foi erguida a antiga igreja, demolida em 1932. Não se sabe ao certo se essa promessa foi realmente feita, mas essa história tem passado de geração em geração.
A História nos relata que no período de 1803 e 1806, os colonizadores e os indios nativos viviam momentos de paz e animosidade.
Os Mongoyó, sempre valentes guerreiros, continuavam a sofrer e não esqueciam as derrotas passadas perante os colonizadores e preparavam vinganças, mesmo depois de firmar acordo de paz. Passaram então a usar de um atifício para emboscar e matar os colonizadores estabelecidos no povoado. A estratégia consistia em convidar os colonizadores a conhecerem pássaros e animais selvagens nas matas próximas à atual Igreja Matriz provavelmente as matas do Poço Escuro, atualmente uma reserva florestal. Ao embrenhar na mata o índio então com ajuda de outros, já dentro da mata emboscava e matava o homen branco, desaparecendo com o corpo. Isto de modo sucessivo, até que um colono, após luta corporal, conseguiu fugir e avisar às autoridades estabelecidas e demais colonos qual foi o destino de tantos homens desaparecidos. Do mesmo modo se estabeleceu uma vingança por parte dos colonos contra tamanha ousadia. Foram então os índios chamados a participar de uma festa e quando se entregavam à alegria foram cercados de todos os lados e quase todos mortos. Depois disto os indios embrenharam-se nas matas e o arraial conseguiu repouso e segurança. Êste episódio passou a se chamar de o “banquete da morte”.
Os relatos mais precisos sôbre os índios, os colonizadores, a botânica e os animais que aqui viviam no período da colonização, foi feito pelo Princípe Maximiliano de Wied Neuwied ou Prinz Maximilian Alexander Philipp von Wied-Neuwied, (ver também Maximilian zu Wied-Neuwied), naturalista e botânico alemão, no livro “Viagem ao Brasil”, no trecho “Viagem das Fronteiras de Minas Gerais ao Arraial de Conquista”, quando aqui passou em março de 1817.
Estudos da UESB, afirmam que os índios de Vitória da Conquista, se estabeleceram em comunidades próximas à atual cidade, como a do Boqueirão, próxima ao distrito de José Gonçalves e Ribeirão do Paneleiro, perto do bairro Bruno Bacelar. A forma de construir as casas destas comunidades, a plantação de milho e mandioca, a produção de artesanato nos dias atuais são indícios dessa ancestralidade indígena. Identificadas hoje como comunidades negras, na realidade tem origem na miscegenação de índios e negros.
Desenvolvimento
A região de Vitória da Conquista, compreendendo os municípios de Barra do Choça, Planalto e Poções, devido à localização em uma altitude próxima de 1.000m acima do nível do mar e por não ter geadas, sempre foi um produtor de café.
Entretanto a partir do ano de 1975 esta cultura agrícola foi incrementada com financiamentos subsidiados pelos bancos oficiais, passando a região a ser a maior produtora do norte e nordeste do Brasil.
A partir do final dos anos 1980, o município realça sua característica de pólo de serviços. A educação, a rede de saúde e o comércio se expandem, tornando a cidade a terceira economia do interior baiano. Esse pólo variado de serviços atrai a população dos municípios vizinhos.
Paralelamente à expansão da lavoura cafeeira, um pólo industrial passou a se formar em Vitória da Conquista, com a criação do Centro Industrial dos Ymborés. Nos anos 90, os setores de cerâmica, mármore, óleo vegetal, produtos de limpeza, calçados e estofados entram em plena expansão.
O ano de 2007 foi considerado o marco inícial de um novo cíclo na agricultura regional, ciclo este fundamentado no plantio de cana-de-açucar, para produção sobretudo de etanol e no plantio de eucalipto destinado a produção de carvão para a indústria siderúrgica do norte de Minas Gerais, essências e madeira serrada que substituira a madeira de lei nativa cada vez mais escassa. Já estão plantados neste ano, mais de vinte milhões de pés de eucalípto.
As micro-indústrias, instaladas por todo o Município, geram trabalho e renda. Estas indústrias produzem de alimentos a cofres de segurança, passando por velas, embalagens e movelaria, além de um pequeno setor de confecções.
A educação é um dos principais eixos de desenvolvimento deste setor. A abertura do Ginásio do Padre Palmeira formou os professores que consolidaram a Escola Normal, o Centro Integrado Navarro de Brito, além das primeiras escolas privadas criadas no Município.
A abertura da Faculdade de Formação de Professores, em 1969, respondeu à demanda regional por profissionais melhor formados para o exercício do magistério. A partir da década de 90, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia multiplicou o número de cursos oferecidos. Também nessa década, surgiram três instituições privadas de ensino superior.
O setor de saúde ganhou novas dimensões. Antigos hospitais foram aperfeiçoados, clínicas especializadas foram abertas e a Rede Municipal de Saúde se tornou, a partir de 1997, referência para todo o País. Esse fato criou condições para que toda a região pudesse se servir de atendimento médico-hospitalar compatível com o oferecido em grandes cidades.
Hoteleiros, empresários, comerciantes atacadistas e profissionais liberais formam os segmentos que, junto com a Educação e a Saúde, fizeram a infra-estrutura da cidade abarcar, além de migrantes, a população flutuante que circula na cidade diariamente.
O desenvolvimento da cidade também é atestado pelos índices econômicos e sociais. O Índice de Desenvolvimento Econômico subiu do 11º lugar no ranking baiano, em 1996, para 9º, em 2000. O Índice de Desenvolvimento Social deu um salto: subiu do 24º para o 6º lugar. O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano também saltou do 30º lugar em 1991 para 18º em 2000. Dos 20 melhores IDHs baianos, Vitória da Conquista foi o que mais melhorou.
Infra-estrutura
Vitória da Conquista possui uma estrutura compatível com sua população, a terceira maior da Bahia. Um comércio forte e muito dinâmico contando com grande número de empresas além de um shopping center, o Conquista Sul e vários conjuntos comerciais, com lojas e salas, onde se destacam o Itatiaia e o Conquista Center. Esse pujante comércio abrange toda a regiao sudoeste do estado além do norte de Minas Gerais, influenciando uma população estimada em 2 milhões de pessoas, o que coloca a cidade entre os cem maiores centros comerciais do país.
A cidade também conta com um setor de saúde público e privado muito bem estruturado, que renderam a ela, prêmios a nível nacional e internacional, freqüentemente seu modelo de saúde pública tem servido de exemplo até mesmo para outros países.
Conquista também se destaca por possuir um setor educacional privilegiado, formado por excelentes escolas conveniadas com as melhores redes de ensino do país, além de contar com várias faculdades, tais como: FAINOR, FTC, JTS (particulares), UFBA, CEFET, UESB (públicas),o que a consagra como um importante pólo de educação superior com cerca de 12 mil universitários, não só para o estado da Bahia, como para todo o Brasil.
Destacam-se setores da economia como o moveleiro considerado o maior pólo desta natureza no estado; a cidade é grande produtora e exportadora de café e, atualmente, a construção civil tem sido o grande destaque na economia da cidade, na indústria destacam-se o Grupo Marinho de Andrade (Teiú e Revani), Coca-Cola, Dilly Calçados, Umbro, Kappa, BahiaFarma, Café Maratá, dentre outras.
Turismo
A cidade oferece como atrações turísticas o Cristo Crucificado da Serra do Periperi, de Mário Cravo, executada entre os anos de 1980 e 1983, com as feições do homem sertanejo, sofrido e esfomeado, medindo 15 metros de altura por 12 de largura, a Reserva Florestal do Poço Escuro e o Parque da Serra do Periperi, além de enventos como a Micareta, conhecida como Miconquista, e o Festival de Inverno da Bahia, evento de inverno oficial da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo de Televisão na Bahia.
O Museu da História Política, Casa de Régis Pacheco, contém um acervo de quadros com todos os políticos que governaram a cidade desde a sua emancipação, além de mostrar a arquitetura preservada da metade do século XX.
A cidade possui vários monumentos, dentre os quais, destacam-se: o Monumento ao Índio, o Monumento da Bíblia Sagrada, o Monumento às Águas, o Monumento aos Mortos e Desaparecidos Políticos da Bahia no período do regime militar instalado em 1964, localizado no Jardim das Borboletas (Praça Tancredo Neves) e o Monumento a Jacy Flores.
Este último monumento, além da vida da homenageada, a primeira mulher comerciante legalmente estabelecida em Vitória da Conquista, descendente do casal fundador do Arraial da Conquista, Josefa e João Gonçalves da Costa, relata também a ligação histórica entre Vitória da Conquista, na Bahia e Chaves em Trás os Montes, com trabalhos em faiança portuguesa, representando o brasão de cada uma destas duas cidades. Fazem parte ainda deste conjunto mais de vinte árvores de Pau Brasil, plantadas em 10 de fevereiro de 2004, data da inauguração, representando os índios (moradores primitivos), os colonos e os os atuais moradores.[4]
Entre os atrativos turísticos da cidade, encontra-se o “Poço Escuro”, uma reserva florestal sob administração do poder público, com diversas trilhas e flora e fauna preservadas. Na Serra do Periperi nasce o Rio Periperi, também conhecido como “Verruga”, em torno do qual João Gonçalves da Costa fundou a Arraial da Conquista, em 1783.
O futebol é o principal esporte praticado em Vitória da Conquista, sendo que os jogos profissionais são disputados no Estádio Lomanto Junior. As corridas de kart, o ciclismo e o caratê são modalidades de esportes muito praticadas na cidade.
A cidade tem demonstrado uma grande vocação para o turismo de negócios, devido ao contínuo crescimento econômico que tem experimentado.[carece de fontes?] Possui estação rodoviária, com linhas diárias para todas as cidades da região e principais cidades do país, além de um aeroporto para aeronaves de médio porte com vôos freqüentes da empresa Passaredo e TRIP para diversas cidades brasileiras.
Geografia
Clima
Vitória da Conquista tem um clima tropical, amenizado pela relativa altitude do lugar, e é uma das cidades que registram as temperaturas mais amenas no estado da Bahia, chegando a registrar 7,2°C em 2006 mas já foram registradas temperaturas inferiores a 6°C em diversos anos anteriores. Perde em temperatura média apenas para as cidades mais altas da Chapada Diamantina, como Piatã). “As chuvas de neblina”, como são chamadas, se concentram no período de Abril a Agosto, já “as chuvas das águas” (mais intensas e fortes) ficam concentradas de Outubro a Março.
Vegetação
O engenheiro agrônomo Ângelo Paes de Camargo distribui a vegetação da região de Vitória da Conquista, seguindo-se do interior para o litoral, em faixas:
Faixa A – Caatinga ou cobertura acatingada – Vegetação típica de áreas com deficiências hídricas acentuadas, incompatíveis com a cafeicultura. Seus solos são em geral rasos, pedregosos e acidentados.
Faixa B – Carrasco, também conhecido como “campos gerais”ou cerrado – É uma vegetação baixa, mais aberta, típica de terra muito pobre e seca. Encontra-se geralmente no espigão divisor das vertentes marítimas continentais a altitudes da ordem de 1.000m ou mais, em solos arenosos. Essa faixa é considerada inapta à cafeicultura. Ela pode ser encontrada também a sudeste da estrada Rio-Bahia.
Faixa C – Mata de Cipó. Esta cobertura parece ser a predominante no platô. Vem em geral logo abaixo do carrasco. É uma vegetação alta, fechada com muitas lianas, ou cipós, epífitas (orquídeas) e musgos (barba de mono). Encontram-se muitas madeiras de lei, como pau-de-leite, jacarandá, angico, etc. Também farinha-seca, ipê (pau-d’arco) são frequentes. Como vegetação secundária é abundante: corona, cipó-de-anta, pitiá, caiçara, avelone, bem como capim corrente ou barra-do-choça, além dos amargoso e tricoline.
Faixa D – Mata-de-Larga. É a vegetação que predomina logo abaixo da Mata-de-Cipó. Muitas vezes aparece em transição com essa. A Mata-de-Larga é mais baixa e mais aberta que a de Cipó. Apresenta muita samambaia, sapé, capim Andrequicé e muitas leguminosas. São também encontradas muitas palmeiras, planta que falta na Mata-de-Cipó. As áreas de Mata-de-Larga são mais úmidas. A vegetação secundária e a relva resultante é mais verde na estação seca que na Mata-de-Cipó. A cafeicultura deve encontrar condições climáticas satisfatórias em terras de Mata-de-Larga. A maior disponibilidade hídrica deve reduzir os problemas com incidência de ferrugem. Praticamente esta vegetação encontra-se toda a sudeste da Rio-Bahia.
Faixas E e F – Mata Fria e Mata Fluvial Úmida – São as vegetações que aparecem nas bordas e nas escarpas sudeste do platô, logo depois da Mata-de-Larga. São áreas úmidas que estão sob influência das correntes aéreas frias e úmidas vindas do oceano. Os invernos são muito sujeitos a frequentes e prolongados nevoeiros. Em plena estação seca… a vegetação herbácea se mantém inteiramente verde. A mata não apresenta praticamente nenhuma madeira de lei. Predomina a madeira branca.”(MEDEIROS, Ruy H. A. – Notas Críticas ao livro “O Município da Vitória”de Tranquilino Torres, p.87)
Relevo
“Seu relevo é geralmente pouco acidentado na parte mais elevada, suavemente ondulado, com pequenas elevações de topos arredondados. Seus vales são largos, desproporcionais aos finos cursos d’água que aí correm, de fundo chato e com cabeceiras em forma de anfiteatro. Ocorrem no platô elevações geralmente de encontas suaves (embora existam aquelas com encostas íngremes), que podem atingir 1.000m ou mais. A Serra do Periperi, por exemplo, localizada a Norte/Noroeste do núcleo urbano de Vitória da Conquista, tem cota máxima de cerca de 1.109m e mínima de 1.000m, enquanto que seu entorno próximo apresenta altitudes que variam de 857 a 950 metros.
Outros exemplos de altitudes acima de 1.000 metros são verificáveis em “Duas Vendas” (Município de Planalto) adiante da “Fazenda Salitre”(em Poções), em terrenos íngremes, e a “Serra da Ouricana” (uma das serras localmente conhecida como “Serra Geral”), em Poções e Planalto. A medida que as altitudes caem e que se aproxima das encostas, o relevo torna-se fortemente ondulado.” (MEDEIROS, Ruy H. A. – Notas Críticas ao livro “O Município da Vitória”de Tranquilino Torres, p.67)
Principais bairros
Entre os vários bairros que compõem a cidade de Vitória da Conquista, destacam-se o Centro, Candeias, Recreio, Urbis de I a VI, Santa Cecília, Alto Maron, Brasil,Itamarati, Guarani, Sumaré, Patagônia, Kadija, Ibirapuera, Morada do Pássaros de I a III, Senhorinha Cairo, Miro Cairo, Heriqueta Prates, Bruno Bacelar, Inocoop I e II, Alegria, Morada Real, Alto da Colina, Remanso, Recanto das Águas, Conveima, Vila América, Ipanema, Santa Helena, Santa Cruz, Jurema, Bela Vista, Jardim Guanabara, Jardim Valéria, Cruzeiro, Panorama, Morada do Bem Querer, Vila Serrana de I a IV, São Vicente, Alvorada, N. Sra. Aparecida, Urbis I,II,III,IV,V e VI e vários outros.Ao todo são mais de 70 bairros além de inúmeros loteamentos residenciais
No
século XVII veio de Portugal para a Bahia, cidade de Salvador, José
Antônio Torres, o primeiro Torres baiano, que seguiu para a então aldeia
de Nazaré, distrito da Vila de Jaguaripe. Teve 12 filhos, entre os
quais José Antônio Torres (o 2º deste nome), nascido em 1796, em Nazaré.
Este seguiu para o sertão antes de 1857, para Santo Antônio da Barra,
hoje cidade de Condeúba, com seu irmão Antônio Francisco Torres. O já
capitão José Antônio Torres tornou-se um dos primeiros vereadores da
recém criada Vila de Santo Antônio da Barra, em 1861. Faleceu em
Condeúba no dia 14 de junho 1889. Seu irmão, Antônio Francisco Torres,
se casou em Condeúba e teve um filho: João Francisco Torres, nascido em
29 de setembro de 1828 e falecido em 28 de dezembro de 1899. Francisco
foi pai de 11 filhos, entre os quais Jesuína Berlinda Torres, nascida em
21 de janeiro de 1864. D. Jesuína casou-se em 11 de julho de 1884 com
Jacinto Alves da Costa. Era prima em 2º grau do historiador Tranquilino
Leogevildo Torres. O casal teve, em Condeúba, 12 filhos. Ela faleceu no
dia 15 de junho de 1921 e ele em 18 de dezembro de 1936.
PERSONAGENS E FOTOS ANTIGAS
CASEMIRO NETO

Casemiro
Gomes Cardoso Neto (Casemiro Neto) nasceu em Vitória da Conquista no dia 10 de
junho de 1959. É jornalista que atua na TV Aratu. Durante muito tempo foi um
dos principais jornalistas da TV Bahia de Salvador. Em 2008 foi contratado
pela TV Aratu, também de Salvador, para apresentar o programa "Que
Venha o Povo".
Ernesto Dantas
O primeiro jornalista de Conquista
Ernesto
Dantas Barbosa, considerado “o maior talento dentre os homens leigos do
sertão”, nasceu em Caetité (BA) entre 1855 e 1856. Filho do professor
Manoel Dantas Barbosa, destacou-se como colaborador de vários jornais,
como “A Conquista”, "O Conquistense", “A Palavra” e como redator-chefe
de “A Notícia”. Na fazenda “Jequitibá”, onde residiu, fundou uma escola e
uma filarmônica. Era muito culto, chegando a traduzir para o vernáculo
textos em francês, inglês, italiano, espanhol e latim. Deixou uma
produção poética enfeixada no livro “Traços Crassos” publicado em 1924
por seu filho Antônio Barbosa Dantas. Faleceu no dia 26 de maio de 1921,
na fazenda “Jequitibá”. Pode-se, pois, considerá-lo como o primeiro
jornalista de Vitória da Conquista porque, segundo a tradição, antes de
ser publicado o 1º jornal da cidade, “A Conquista”, em 14 de maio de
1911, Ernesto já fazia circular, entre seus alunos, um jornal manuscrito
na cidade, e ele próprio participou das primeiras edições do “A
Conquista”.
RENATO REBOUÇAS
INAUGURAÇÃO DA CEASA -- VIT. CONQ.
Ceasa foi inaugurada em 1986
A
Ceasa foi construída na gestão Pedral Sampaio/Hélio Ribeiro (1983/1989)
e inaugurada no grande comício de “Waldir Pires” para Governador do
Estado nas eleições de 1986, ou seja, em 9 de novembro (Dia da Cidade)
de 1986. Todos os cinco pavilhões ficaram lotados para ver a cúpula do
PMDB baiano, que acabou saindo vencedora naquele pleito. Foi asfaltada
toda a área que circunda a central.

Bob Fernandes

RENATO REBOUÇAS

Uma das maiores fortunas da história de Conquista
Renato
Vaz Rebouças nasceu em Santa Terezinha (BA) em 23 de agosto de 1921.
Veio residir em Conquista em 1949. Perguntado, numa entrevista que
concedeu ao jornal "O Sertanejo" (edição de 12 de novembro de 1966), por
que escolheu Vitória da Conquista, ele respondeu o seguinte:
"verifiquei que Vitória da Conquista, por sua situação geográfica,
seria, no traçado, o tronco do sistema rodoviário de ligação norte e sul
do país" (disse isso, olhando no mapa, quando a Rio-Bahia ainda era
somente um projeto).
Aqui
fundou a "Transmine - Transporte de Minérios", que chegou a ser
responsável por 80% de todo o minério extraído em solo baiano. O centro
do sistema de transporte era Vitória da Conquista. Seus caminhões saíam
de Boquira (BA), onde era extraído o chumbo (ele era assessor da
diretoria e acionista da "Mineração Boquira"), e iam para Apiaí (SP),
onde estava a única metalúrgica até então existente no Brasil. Como
Renato tinha uma visão de empreendedor, percebeu que podia beneficiar
o minério aqui mesmo na Bahia, e instalou uma metalúrgica para
beneficiamento do chumbo em Santo Amaro da Purificação (BA). Foi assim
que construiu uma das maiores riquezas da história de Conquista.
Foi
ainda dono da Suisa (Abatedouro de Suínos S.A), Discar (Distribuidora
de Carros S.A), concessionária da Ford, Tratornorte (Tratores e
Implementos S.A), Aspas (Assessoria, Planejamento, Administração e
Serviços Ltda.) e da Rádio e TV Bandeirantes de Salvador e da Rádio
Bandeirantes de Vitória da Conquista, além de fazendas de café na região
de Barra do Choça. Inclusive, uma delas, a "Fazenda Saco Grande",
situada entre Barra do Choça e Parafuso, era mecanizada
(atividade típica ainda da agricultura norte-americana!).
Só
não teve sucesso na política. Candidatou-se a prefeito nas eleições de
15 de novembro de 1966 pela legenda da Arena (Aliança Renovadora
Nacional), não se elegendo. Foi presidente depois do PDS (Partido Social
Democrático) de Vitória da Conquista, mas não mais se candidatou a
cargo algum. Renato Rebouças foi ainda provedor da Santa Casa de
Misericórdia na 36ª mesa administrativa de 1966 a 1970 e presidente da
Associação Comercial e Industrial de Vitória da Conquista (ACIVIC) entre
1964 e 1966.
INAUGURAÇÃO DA CEASA -- VIT. CONQ.
Início da construção da Ceasa na área da antiga Mamoneiras
Ceasa foi inaugurada em 1986
A
Ceasa (Central de Abastecimento de Alimentos) de Vitória da Conquista
foi construída numa área antes denominada “Mamoneiras” (próximo à “Baixa
da Égua” - uma ladeira que dava acesso à Praça Hercílio Lima, bairro
São Vicente). São 12 mil metros de área construída, composta por cinco
galpões para comercialização de produtos básicos, um edifício de
administração e ainda um "deck" para apresentações artísticas.
Ceasa em construção, com os pavilhões já cobertos

Bob Fernandes

Roberto
Fernandes de Souza (o famoso jornalista Bob Fernandes) é o autor de
mais de 150 artigos de capa em revistas tais como CartaCapital, ISTOÉ e
Veja, além de ter sido repórter dos jornais "Folha de São Paulo" e
"Jornal do Brasil". Apesar de ter nascido em Barretos (SP), em 1953,
considera-se um "baiano naturalizado".
HISTÓRIAS DE VITÓRIA DA CONQUISTA
A guerra pelo poder
Por
volta de 1912, o Coronel Gugé, era o Intendente da cidade de Conquista.
Liderando a oposição, estava o coronel Maneca Moreira, sobrinho da
esposa do Coronel Gugé.
Filiados
ao Partido Democrático da Bahia, as brigas entre eles se acirraram,
após a divisão do partido em Conquista. O grupo do Coronel Maneca
Moreira, que tinha aderido a J.J. Seabra (então governador da Bahia),
passou a criticar os desmandos administrativos da situação. Enquanto
isso o grupo liderado pelo Coronel Gugé que tinha se ligado ao chefe de
polícia da capital, se defendia das acusações.
No
auge da disputa, os dois grupos passaram a ser conhecidos como Meletes
(a oposição, liderada pelo Coronel Maneca Moreira) e Peduros (a
situação, liderada pelo Coronel Gugé). Entre os anos de 1916 e 1919, os
desentendimentos se acentuam com a participação na briga dos jornais "A
Palavra", apoiando os Peduros e "A Conquista", ligada aos Meletes.
O
conflito piora em Agosto de 1918, com a morte do Coronel Gugé. Até
então, os grupos tinham evitado o confronto direto, respeitando a
relação de parentesco entre os líderes. A passividade da Justiça,
representada pelo Juiz de Direito da Comarca, Antônio José de Araújo,
favorecia os Meletes.
Ainda
em 1918, o coronel Maneca Moreira, pede aos Meletes para que eles não
paguem os impostos devidos ao município. Grande parte da população
obedeceu. Os Peduros respondem com um artigo, no jornal "A Palavra",
feito por Manoel Fernandes de Oliveira (o Maneca Grosso), repudiando o
tal pedido. Em retaliação, no dia 5 de Janeiro de 1919, Maneca Grosso
sofre, com o seu compadre Cirilo, um atentado; morrendo logo em seguida,
por não resistir aos ferimentos.
A
emboscada acelerou o conflito. Prevendo o combate, a ajuda da polícia
foi solicitada pelo Intendente Leôncio Sátiro. Mas a situação não foi
resolvida. Os soldados passaram a promover arruaças,e outros voltaram a
Salvador com medo dos Meletes. O Intendente Leôncio renuncia ao cargo.
Assumindo o coronel Ascendino dos Santos Mel, que era ligado aos
peduros.
Os
dois grupos tiveram um embate. Os Peduros exigiram que o juiz "saísse
de Conquista montado num boi". O tiroteio começou na manhã do dia 19 de
Janeiro de 1919, na Rua Grande, só tendo fim com a chegada de um grupo
de senhoras: Laudicéia Gusmão, Henriqueta Prates e Fulô Rocha. Várias
pessoas morreram.
Sob
a liderança do Coronel Ascendino Melo têm início às negociações. No dia
21 de Janeiro de 1919, é assinado um acordo de paz entre os grupos. O
Coronel Maneca Moreira entrega as armas e se muda com a família para
Poções (onde será prefeito duas vezes).Dino Correia assume de uma vez a
Intendência de Conquista. E o juiz, Dr. Antônio José de Araújo vai para
Salvador.
Histórias
como essas e tantas outras desconhecidas, contribuíram para a formação
da atual Vitória da Conquista. Mas, como ressalva Humberto Flores, não
são apenas 164 anos de Conquista, pois antes da emancipação ela já
existia. Conquista nasceu em 1783 e não em 1840, portanto são 221 anos
de histórias, 221 anos de lutas, 221 anos de vidas.
História local de Vitória da Conquista
Histórias e Vidas
Ele
ainda se recorda quando o lado Oeste de Conquista era formado somente
por mato e ainda era possível caçar passarinhos, se lembra da feira com
suas barracas de pau cobertas por panos amarelados, dos pinheiros que
preenchiam a antiga Rua da Várzea, dos pés de jenipapos e cajá da atual
Praça Vitor Brito e dos bons tempos vividos no bar Gato Preto.
Otaviano dos Santos, marceneiro de 86 anos, não conseguiu esquecer a
velha Conquista. "Aqui construí minha família. Cheguei pra ficar 60
dias e já estou há 68 anos", conclui.
São
pessoas como seu Otaviano dos Santos e tantas outras desconhecidas que
construíram a história de Vitória da Conquista. História que nem
sempre foi romântica e idealizada como conta a marcha heróica dos
bravos bandeirantes.
Segunda
maior cidade do Interior da Bahia, Vitória da Conquista surge da
necessidade de Portugal em criar um povoado entre a região Litorânea e o
interior do sertão e, principalmente, pela ânsia do ouro. "Na verdade
os bandeirantes vieram pra Conquista porque já sabiam da existência de
um ouro na passagem entre Poções e Boa Nova. Quem trouxe esse ouro foi o
doutor André da Rocha Pinto, de Caitité", afirma o historiador
Melquisedeque do Nascimento. "Dr. André da Rocha Pinto encontrou o tal
ouro nas minas de prata de Robério Dias: a mina de Boquira. Ele renegava
o quinto do ouro, que cabia ao império. Para esconder isso, Dr. André
mandou incendiar o cartório de Caetité no ano de 1850. Mesmo assim o
imperador ficou sabendo dessas falcatruas e mandou buscar a cabeça dele a
qualquer preço. Então, ele foge de Caetité pra Conquista, e por aqui
deixa o ouro".

Após
a batalha dos bandeirantes e índios, em 1752, foi fundado o Arraial da
Conquista. 28 anos depois, o Arraial tinha uma população de pouco mais
de 60 pessoas. Em 1816 erguiam-se 40 casas e uma igreja em construção:
a Igreja matriz de Nossa Senhora das Vitórias, que faz parte da
memória e vida de Conquista. "Todo domingo de manhã, das 9 às 10 horas,
eu e minha mãe íamos pra missa, pra comunhão. Eu me lembro do corinho
que dizia assim: Ave Maria, vestida de branco ela apareceu, trazendo no cinto as cores do céu. Ave ave ave Maria", diz
Dinalva Miranda, 62 anos. "Sinto saudade mesmo é da quermesse. Dona
Ianê e Albertina organizavam uma festa muito bonita. Os doces eram bem
chiques, feito pelas mulheres ricas da época.
As
meninas se arrumavam todas. Os rostos eram maquiados com pó de arroz e
rouge. Depois, passavam o perfume Itamaraty, Revedô ou Tabu. O vestido
era geralmente de lonita, bem rodado e acinturado, na altura da
canela, enfeitado com bicos e arremate com florzinhas de organdi. Os
cabelos, penteados com a brilhantinaGlostora ou Suspiro de Granada, ora
eram presos com fita, ora com uma passadeira. Os sapatinhos eram
pretos envernizados. Ah... a quermesse era uma festa só. E os programas
de calouros... Eu era uma das calouras (risos...). Cantei muito as
músicas Orgulho, de Ângela Maria, e Índia, de Cascatinha e Inhana",
conclui Dinalva.
Memória Histórica do Tropeirismo em Vitória da Conquista
por Mellina Montanha
No
próximo dia 25 de abril terá inicio no Museu Regional (MRVC) o projeto
“Memória Histórica do Tropeirismo em Vitória da Conquista”. O projeto
pretende divulgar a cultura do tropeirismo, contemplando alunos do
Ensino Fundamental ao Ensino Médio de escolas públicas da cidade.
Entre
os objetivos do evento estão a promoção do conhecimento da cultura
local a partir da reflexão da figura do tropeiro e a ampliação do olhar
crítico sobre a pluralidade cultural do sudoeste, conferindo maior
visibilidade aos museus enquanto espaço cultural, de aprendizado e
valorização da história regional. O evento será realizado sempre
segunda, quarta e sexta-feira, das 15 às 17 horas.
O
projeto conta com o apoio institucional da Uesb, por meio da
Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Proex), do MRVC e da
Organização Não-Governamental (Ong) Carreiro de Tropa (Catrop), com
apoio financeiro da Diretoria de Museus do Estado da Bahia, Instituto de
Patrimônio Artístico e Cultural, Secretaria da Fazenda e Secretaria de
Cultura do Estado da Bahia.
Mais detalhes podem ser obtidos pelo telefone (77) 3422-2559, no folder 
Em primeiro plano a região das "Mamoneiras" e, ao fundo, a "Baixa da Égua"( HOJE CEASA)
Os grandes cabarets de Conquista
Na cidade de Conquista a primeira “casa de tolerância” surgiu em 1914, segundo o cronista Severo Sales (pseudônimo de Ivo Moreira de Araújo). Tinha o nome de Cabaré do Capitão (Capitão Clemente José da Silva, oficial da Guarda Nacional, com patente, farda e espada, conselheiro municipal, fazendeiro e conceituado comerciante). Funcionava na antiga “Rua da Boiada”, "onde existia, na época, apenas algumas casinhas de mulheres livres", no dizer do cronista. Logo a novidade se espalhou pela cidade e o "Cabaré do Capitão" tornou-se bastante conhecido e frequentado. A idéia tinha sido do comerciante João Pereira da Silva, que tinha uma loja vizinha à do Capitão Clemente na "Rua Grande" (onde hoje é o Bradesco Agência 0240, Maximiliano Fernandes). As senhoras respeitáveis (encabeçada por D. Janoca, esposa do intendente Coronel Gugé), apoiadas pela Igreja Católica, manifestou-se em passeata, exigindo o fechamento do "abominável estabelecimento". O delegado João Galheiro, com a polícia embalada e de baioneta, pôs fim, assim, ao "Cabaré do Capitão".
No dia seguinte o Capitão, sentido-se desrespeitado no seu posto de "Capitão da Guarda Nacional" e na posição de Conselheiro Municipal, foi à casa do Cel. Gugé, seu compadre, amigo e chefe, renunciar a cadeira que ocupava no Conselho e entregar-lhe a farda, a espada e a patente que lhe fora dada pelo coronel, alegando o prejuízo sofrido que a polícia lhe causou, quebrando móveis, garrafas e até furando a sua harmônica de 8 baixos, companheira de 20 anos que lhe ajudou a ganhar a vida tocando nas festas de casamentos em Bom Jesus dos Meiras (atual Brumado), de onde era filho.
Após ouvir as queixas de seu correligionário, amigo e compadre, o Cel. Gugé sorriu e disse-lhe: "Ora, compadre Clemente, você faz as suas festas, não me convida e nem aos seus companheiros do Conselho Municipal. Não aceito a sua renúncia. Quanto aos prejuízos que sofreu lhe serão pagos e o cabaret você abra outro na sua fazenda do Periperi, que é perto daqui. Não adiantam brigas com os padres e muito menos com mulheres..." O Capitão aceitou o conselho do coronel, não renunciou de suas altas funções e nem devolveu a patente, a farda e a espada. E o cabaret continuou...
Algum tempo depois, surgiu na “Rua dos Cachorros", atual “Rua do Triunfo", uma casa de diversão, fundada por “Manoel Bembem”, "dotada de modernas instalações e sensacionais dançarinas", como noticiou um jornal local no dia da inauguração. Os bailes eram animados por um sanfoneiro. O Cabaré de Bembem progrediu com a cidade. Mas, pressionado em nome da sociedade que "zelava pelos bons costumes", foi fechado pela polícia.
Surgiu, então, nos anos 30, a mais famosa Casa de Prostituição de Conquista: o Cabaret do Javanês,
na famosa “Rua da Moranga”, hoje “Rua Siqueira Campos”, nas imediações
da atual OI (antiga Telebahia), pertencente a "Manoel Floriano dos
Santos" (“Manoel Javanês”), descrito pelo romancista Adson da Silva
Costa no livro "Tereza" da seguinte forma: “Era um cabaré semelhante ao Bataclan
de Itabuna. Tinha uma atmosfera mais limpa e mais aprazível do que seus
antecessores. Funcionava na base do ingresso pré-pago, impedindo a
presença da escória da população. Javanês mantinha a ordem.
Frequentava-o um público de melhor qualidade, composto de rapazes filhos
de fazendeiros, estudantes, funcionários públicos e prostitutas
selecionadas”.
Na “Rua da Moranga”, além do Cabaré do Javanês, marcou época nos meios boêmios da cidade o Cabaré do italiano Binelli.
Era, também, bem organizado, com salão de dança e uma pequena
orquestra, na qual chorava toda a noite o sanfoneiro “Dozinho”,
interpretando tangos argentinos, sambas delirantes ou boleros clássicos.
As estrelas da noite, Amorzinho, Maria Tapuia, Alice, Marli, Rosa
e outras famosas entre as "Vênus Conquistenses", com seus trajes
decotados e mínimos, eram disputadas pelos frequentadores, até altas
horas da noite, quando se ouvia, ainda, a voz sentimental de “Candeão”,
chorando uma canção melosa. A casa noturna de Binelli, um dos pontos de
maior atração da cidade, ficou muito conhecida na região até dos
garimpos de Teófilo Otoni, como também vinha gente dos cacauais de
Itabuna e de Ilhéus, atraídos pela propaganda do famoso cabaret conquistense.
Com
a abertura da Rio-Bahia, nos anos 40, surgiram, às margens dessa
rodovia, várias casas noturnas, que serviu de inspiração ao poeta Carlos
Jeovah para escrever a peça de teatro "Os Sacanas".
Nas
décadas de 30, 40, 50 e 60, o ponto chique dos boêmios e prostitutas,
como definiu o escritor Camilo de Jesus Lima em uma de suas crônicas,
era o "Maga-Sapo", antigo nome da “Rua D. Pedro II”. A crônica de Camilo
era: "Adeus meu velho Maga-Sapo". Ali havia várias casas de “mulheres
livres”, tendo como atração principal a boate Riso da Noite, onde imperavam os sorrisos fáceis e os seios aconchegantes de Marli,
Alice, Maria Peito de Aço, Rosa Bigode, Idalina, Neza, Calú, Didi,
Samir, Rozinha, Ivone, Idália, Leontina, Carmem, Zenilda, Marieta, Ju,
Marília, Violão Baiano e Maria Veneno (irmã de Bandola), rameiras
que, como disse um cronista mundano, "participaram do progresso da
cidade, além de serem antídotos para as angústias dos velhos e prazeres
temerosos dos adolescentes". No mesmo Maga-Sapo existiu, em 1937, a casa
de prostituição Ao Mundo de Vênus, que funcionou até 1973,
quando o prefeito Nilton Gonçalves retirou várias boates daquela rua e
transferiu-as para os bairros Jurema e Departamento.
Foram pontos de prostituição também a “Rua do Juazeiro”, hoje “Travessa Treze de Maio” e a famosa “Mamoneiras” (hoje Ceasa), do Cabaré de Branca, onde os jovens iam “conhecer” Miralva, guiados pela propaganda dos mais velhos.
No Alto Maron, já nos anos 70, tinha a famosa casa da cafetina "Ameriquinha" e na "Rua da Corrente" o famoso Cabaré de Vani, além do Cabaré de Edgar Soldado (próximo à Rodoviária) e o do velho Zé de Bandola.
Mas, a mais luxuosa Casa de Dança da Zona Boêmia do passado foi a Casablanca,
na “Rua do Triunfo”, de “Galdino Rebouças” e “Manoel Meira Campos”,
inaugurada no dia 5 de janeiro de 1957, com a presença do prefeito
Edvaldo Flores.
http://tabernadahistoriavc.blogspot.com/2010/09/cabares-antigos-de-conquista.html
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RELÍQUIAS DE VITÓRIA DA CONQUISTA

Magazine Aracy foi inaugurado em 1941
Magazine Aracy (hoje Spaço Xis) vendia,
entre outras coisas, bicicletas Monark
e Caloi, geladeiras Cônsul e Prosdócimo
e televisores Colorado e Telefunken.
Loja de Epiphanio José Filgueiras (hoje “Casa do Livro”):
daqui saiu o “Magazine Aracy”
SAIBA MAIS SOBRE VITÓRIA DA CONQUISTA, BA
SAIBA MAIS SOBRE VITÓRIA DA CONQUISTA, BA
"Jóia do Sertão Baiano"
O arraial da Conquista foi fundado pelo sertanista João Gonçalves da
Costa, e o Mestre de Campo João da Silva Guimarães, líder da Bandeira
responsável pela ocupação territorial do sertão, iniciada em 1752. A
origem do núcleo populacional está relacionada à busca de ouro, à
introdução da atividade pecuária e ao próprio interesse da metrópole
portuguesa em criar um aglomerado urbano entre a região litorânea e o
interior do sertão. Portanto, integra-se à expansão do ciclo de
colonização dos fins do século 18.
Através da Lei Provincial N.º 124, de 19 de maio de 1840, o arraial da Conquista foi elevada à Vila e Freguesia, com território desmembrado do município de Caetité, verificando-se sua instalação em 9 de Novembro do mesmo ano. Em ato de 1º de Julho de 1891, a imperial Vila da Vitória, como ficou designada a categoria de cidade, recebendo, simplesmente, o nome de Conquista. Finalmente, em Dezembro de 1943, através da Lei Estadual N.º 141, o nome do Município é modificado para Vitória da Conquista.
Juridicamente, o Município de Vitória da Conquista esteve ligado a Minas do Rio de Contas, depois, em 1842, ficou sob a jurisdição da Comarca de Nazaré. Por Decreto N.º 1.392, de 26 de Abril de 1854, passou a termo anexo à Comarca de Maracás e, posteriormente, à Comarca de Santo Antônio da Barra (atual Condeúba), até 1882, quando se transformou em comarca.
Até a década de 1940, a base econômica do município se fundava na pecuária extensiva. A partir dai, a estrutura econômica e social entraria em um novo estágio, com o comércio ocupando um lugar de grande destaque na economia local. Em função de sua privilegiada localização geográfica, com a abertura da estrada Rio-Bahia (atual BR-116) e da estrada Ilhéus-Lapa, o município pode integrar-se às outras regiões do estado e ao restante do país; e logo passou a polarizar quase uma centena de municípios do sudoeste da Bahia e norte de Minas.
O território onde hoje está localizado o Município de Vitória da Conquista foi habitado pelos povos indígenas Mongoiós, subgrupo Camacãs, Ymborés (ou Aimorés) e em menor escala os Pataxós. Os aldeamentos se espalhavam por uma extensa faixa, conhecida como Sertão da Ressaca, que vai das margens do alto Rio Pardo até o médio Rio das Contas.
Os índios mongoiós (ou Kamakan), aimorés e pataxós pertenciam ao mesmo tronco: Macro-Jê. Cada um deles tinha sua língua e seus ritos religiosos. Os mongoiós costumavam fixar-se numa determinada área, enquanto os outros dois povos circulavam mais ao longo do ano.
Os aimorés, também conhecidos como Botocudos, tinham pele morena e o hábito de usarem um botoque de madeira nas orelhas e lábios - daí o nome Botocudo. Gostavam de pintar o corpo com extratos de urucum e jenipapo. Eram guerreiros temidos, viviam da caça e da pesca e dividiam o trabalho de acordo com o gênero, cabendo às mulheres o cuidado com os alimentos. Os homens ficavam responsáveis pela caça, pesca e a fabricação dos utensílios a serem utilizados nas guerras.
Já os pataxós não apresentavam grande porte físico. Fala-se de suas caras largas e feições grosseiras. Não pintavam os corpos. A caça era uma de suas principais atividades. Também praticavam a agricultura. Há pouca informação a respeito dos Pataxós.
Os relatos afirmam que os Mongoiós ou Kamakan era donos de uma beleza física e uma elegância nos gestos que os distinguiam dos demais. Tinham o hábito de depilar o corpo e de usar ornamentos feitos de penas, como os cocares. Praticavam o artesanato, a caça e a agricultura. O trabalho também era divido de acordo com os gêneros. As mulheres mongoiós eram tecelãs. A arte, com caráter utilitário, tinha importância para esse povo. Eles faziam cerâmicas, bolsas e sacos de fibras de palmeira que se destacavam pela qualidade. Os mongoiós eram festivos, tinham grande respeito pelos mais velhos e pelos mortos.
Aimorés, Pataxós e Mongoiós travaram várias lutas entre si pela ocupação do território. O sentido dessas lutas, porém, não estava ligado à questão da propriedade da terra, mas à sobrevivência, já que a área dominada era garantia de alimento para a comunidade.
Os índios e os colonizadores
A ocupação do Sertão da Ressaca foi realizada com a conquista dos povos indígenas.
Índios PataxóPrimeiro, João Gonçalves da Costa enfrentou o povo Ymboré. Valentes, resistiram à ocupação do território. Por causa da fama de selvagens, foram escravizados pelos colonizadores. Os Mongoyó, tinham primitivamente naqueles índios os seus principais inimigos por serem êles ferozes e crueis e que impediam a circulação na região quando saiam em busca de caças por isto se aliaram aos portugueses para derrotá-los.
Depois dos Ymboré, foi a vez dos Pataxó. Eles também resistiram à ocupação estrangeira, mas acabaram se refugiando para o sul da Bahia, onde, em número reduzido, permanecem até hoje, lutando para preservar sua identidade e seus costumes, com o apoio da FUNAI.
Os Kamakan-Mongoyó conseguiram estabelecer relações mais estreitas com os colonizadores a fim de garantir sua manutenção como povo. Ajudaram os portugueses na luta contra os Ymboré.
Em 1782, ocorreu a batalha que entrou para a história de Vitória da Conquista como uma das mais importantes. Sabe-se que naquele ano, aconteceu uma fatídica luta entre os soldados de João Gonçalves da Costa e os índios. Os soldados, já fatigados, buscavam forças para continuar o confronto. Na madrugada posterior a uma dia intenso de luta, diante da fraqueza de seus homens, João Gonçalves da Costa teria prometido à Nossa Senhora das Vitórias construir uma igreja naquele local, caso saíssem dali vencedores.
Essa promessa foi um estimulante aos soldados que, revigorados, conseguiram cercar e aniquilar o grupo indígena que caiu, no alto da colina, onde foi erguida a antiga igreja, demolida em 1932. Não se sabe ao certo se essa promessa foi realmente feita, mas essa história tem passado de geração em geração.
A História nos relata que no período de 1803 e 1806, os colonizadores e os indios nativos viviam momentos de paz e animosidade.
Os Mongoyó, sempre valentes guerreiros, continuavam a sofrer e não esqueciam as derrotas passadas perante os colonizadores e preparavam vinganças, mesmo depois de firmar acordo de paz. Passaram então a usar de um atifício para emboscar e matar os colonizadores estabelecidos no povoado. A estratégia consistia em convidar os colonizadores a conhecerem pássaros e animais selvagens nas matas próximas à atual Igreja Matriz provavelmente as matas do Poço Escuro, atualmente uma reserva florestal. Ao embrenhar na mata o índio então com ajuda de outros, já dentro da mata emboscava e matava o homen branco, desaparecendo com o corpo. Isto de modo sucessivo, até que um colono, após luta corporal, conseguiu fugir e avisar às autoridades estabelecidas e demais colonos qual foi o destino de tantos homens desaparecidos. Do mesmo modo se estabeleceu uma vingança por parte dos colonos contra tamanha ousadia. Foram então os índios chamados a participar de uma festa e quando se entregavam à alegria foram cercados de todos os lados e quase todos mortos. Depois disto os indios embrenharam-se nas matas e o arraial conseguiu repouso e segurança. Êste episódio passou a se chamar de o "banquete da morte".
Os relatos mais precisos sôbre os índios, os colonizadores, a botânica e os animais que aqui viviam no período da colonização, foi feito pelo Princípe Maximiliano de Wied Neuwied ou Prinz Maximilian Alexander Philipp von Wied-Neuwied, naturalista e botânico alemão, no livro "Viagem ao Brasil", no trecho "Viagem das Fronteiras de Minas Gerais ao Arraial de Conquista", quando aqui passou em março de 1817.
Estudos da UESB, afirmam que os índios de Vitória da Conquista, se estabeleceram em comunidades próximas à atual cidade, como a do Boqueirão, próxima ao distrito de José Gonçalves e Ribeirão do Paneleiro, perto do bairro Bruno Bacelar. A forma de construir as casas destas comunidades, a plantação de milho e mandioca, a produção de artesanato nos dias atuais são indícios dessa ancestralidade indígena. Identificadas hoje como comunidades negras, na realidade tem origem na miscegenação de índios e negros.
Através da Lei Provincial N.º 124, de 19 de maio de 1840, o arraial da Conquista foi elevada à Vila e Freguesia, com território desmembrado do município de Caetité, verificando-se sua instalação em 9 de Novembro do mesmo ano. Em ato de 1º de Julho de 1891, a imperial Vila da Vitória, como ficou designada a categoria de cidade, recebendo, simplesmente, o nome de Conquista. Finalmente, em Dezembro de 1943, através da Lei Estadual N.º 141, o nome do Município é modificado para Vitória da Conquista.
Juridicamente, o Município de Vitória da Conquista esteve ligado a Minas do Rio de Contas, depois, em 1842, ficou sob a jurisdição da Comarca de Nazaré. Por Decreto N.º 1.392, de 26 de Abril de 1854, passou a termo anexo à Comarca de Maracás e, posteriormente, à Comarca de Santo Antônio da Barra (atual Condeúba), até 1882, quando se transformou em comarca.
Até a década de 1940, a base econômica do município se fundava na pecuária extensiva. A partir dai, a estrutura econômica e social entraria em um novo estágio, com o comércio ocupando um lugar de grande destaque na economia local. Em função de sua privilegiada localização geográfica, com a abertura da estrada Rio-Bahia (atual BR-116) e da estrada Ilhéus-Lapa, o município pode integrar-se às outras regiões do estado e ao restante do país; e logo passou a polarizar quase uma centena de municípios do sudoeste da Bahia e norte de Minas.
O território onde hoje está localizado o Município de Vitória da Conquista foi habitado pelos povos indígenas Mongoiós, subgrupo Camacãs, Ymborés (ou Aimorés) e em menor escala os Pataxós. Os aldeamentos se espalhavam por uma extensa faixa, conhecida como Sertão da Ressaca, que vai das margens do alto Rio Pardo até o médio Rio das Contas.
Os índios mongoiós (ou Kamakan), aimorés e pataxós pertenciam ao mesmo tronco: Macro-Jê. Cada um deles tinha sua língua e seus ritos religiosos. Os mongoiós costumavam fixar-se numa determinada área, enquanto os outros dois povos circulavam mais ao longo do ano.
Os aimorés, também conhecidos como Botocudos, tinham pele morena e o hábito de usarem um botoque de madeira nas orelhas e lábios - daí o nome Botocudo. Gostavam de pintar o corpo com extratos de urucum e jenipapo. Eram guerreiros temidos, viviam da caça e da pesca e dividiam o trabalho de acordo com o gênero, cabendo às mulheres o cuidado com os alimentos. Os homens ficavam responsáveis pela caça, pesca e a fabricação dos utensílios a serem utilizados nas guerras.
Já os pataxós não apresentavam grande porte físico. Fala-se de suas caras largas e feições grosseiras. Não pintavam os corpos. A caça era uma de suas principais atividades. Também praticavam a agricultura. Há pouca informação a respeito dos Pataxós.
Os relatos afirmam que os Mongoiós ou Kamakan era donos de uma beleza física e uma elegância nos gestos que os distinguiam dos demais. Tinham o hábito de depilar o corpo e de usar ornamentos feitos de penas, como os cocares. Praticavam o artesanato, a caça e a agricultura. O trabalho também era divido de acordo com os gêneros. As mulheres mongoiós eram tecelãs. A arte, com caráter utilitário, tinha importância para esse povo. Eles faziam cerâmicas, bolsas e sacos de fibras de palmeira que se destacavam pela qualidade. Os mongoiós eram festivos, tinham grande respeito pelos mais velhos e pelos mortos.
Aimorés, Pataxós e Mongoiós travaram várias lutas entre si pela ocupação do território. O sentido dessas lutas, porém, não estava ligado à questão da propriedade da terra, mas à sobrevivência, já que a área dominada era garantia de alimento para a comunidade.
Os índios e os colonizadores
A ocupação do Sertão da Ressaca foi realizada com a conquista dos povos indígenas.
Índios PataxóPrimeiro, João Gonçalves da Costa enfrentou o povo Ymboré. Valentes, resistiram à ocupação do território. Por causa da fama de selvagens, foram escravizados pelos colonizadores. Os Mongoyó, tinham primitivamente naqueles índios os seus principais inimigos por serem êles ferozes e crueis e que impediam a circulação na região quando saiam em busca de caças por isto se aliaram aos portugueses para derrotá-los.
Depois dos Ymboré, foi a vez dos Pataxó. Eles também resistiram à ocupação estrangeira, mas acabaram se refugiando para o sul da Bahia, onde, em número reduzido, permanecem até hoje, lutando para preservar sua identidade e seus costumes, com o apoio da FUNAI.
Os Kamakan-Mongoyó conseguiram estabelecer relações mais estreitas com os colonizadores a fim de garantir sua manutenção como povo. Ajudaram os portugueses na luta contra os Ymboré.
Em 1782, ocorreu a batalha que entrou para a história de Vitória da Conquista como uma das mais importantes. Sabe-se que naquele ano, aconteceu uma fatídica luta entre os soldados de João Gonçalves da Costa e os índios. Os soldados, já fatigados, buscavam forças para continuar o confronto. Na madrugada posterior a uma dia intenso de luta, diante da fraqueza de seus homens, João Gonçalves da Costa teria prometido à Nossa Senhora das Vitórias construir uma igreja naquele local, caso saíssem dali vencedores.
Essa promessa foi um estimulante aos soldados que, revigorados, conseguiram cercar e aniquilar o grupo indígena que caiu, no alto da colina, onde foi erguida a antiga igreja, demolida em 1932. Não se sabe ao certo se essa promessa foi realmente feita, mas essa história tem passado de geração em geração.
A História nos relata que no período de 1803 e 1806, os colonizadores e os indios nativos viviam momentos de paz e animosidade.
Os Mongoyó, sempre valentes guerreiros, continuavam a sofrer e não esqueciam as derrotas passadas perante os colonizadores e preparavam vinganças, mesmo depois de firmar acordo de paz. Passaram então a usar de um atifício para emboscar e matar os colonizadores estabelecidos no povoado. A estratégia consistia em convidar os colonizadores a conhecerem pássaros e animais selvagens nas matas próximas à atual Igreja Matriz provavelmente as matas do Poço Escuro, atualmente uma reserva florestal. Ao embrenhar na mata o índio então com ajuda de outros, já dentro da mata emboscava e matava o homen branco, desaparecendo com o corpo. Isto de modo sucessivo, até que um colono, após luta corporal, conseguiu fugir e avisar às autoridades estabelecidas e demais colonos qual foi o destino de tantos homens desaparecidos. Do mesmo modo se estabeleceu uma vingança por parte dos colonos contra tamanha ousadia. Foram então os índios chamados a participar de uma festa e quando se entregavam à alegria foram cercados de todos os lados e quase todos mortos. Depois disto os indios embrenharam-se nas matas e o arraial conseguiu repouso e segurança. Êste episódio passou a se chamar de o "banquete da morte".
Os relatos mais precisos sôbre os índios, os colonizadores, a botânica e os animais que aqui viviam no período da colonização, foi feito pelo Princípe Maximiliano de Wied Neuwied ou Prinz Maximilian Alexander Philipp von Wied-Neuwied, naturalista e botânico alemão, no livro "Viagem ao Brasil", no trecho "Viagem das Fronteiras de Minas Gerais ao Arraial de Conquista", quando aqui passou em março de 1817.
Estudos da UESB, afirmam que os índios de Vitória da Conquista, se estabeleceram em comunidades próximas à atual cidade, como a do Boqueirão, próxima ao distrito de José Gonçalves e Ribeirão do Paneleiro, perto do bairro Bruno Bacelar. A forma de construir as casas destas comunidades, a plantação de milho e mandioca, a produção de artesanato nos dias atuais são indícios dessa ancestralidade indígena. Identificadas hoje como comunidades negras, na realidade tem origem na miscegenação de índios e negros.
Turismo Vitória da Conquista BA
Cristo Crucificado da Serra do Periperi, de Mário Cravo.A cidade oferece como atrações turísticas o Cristo Crucificado da Serra do Periperi, de Mário Cravo, executada entre os anos de 1980 e 1983, com as feições do homem sertanejo, sofrido e esfomeado, medindo 15 metros de altura por 12 de largura, a Reserva Florestal do Poço Escuro e o Parque da Serra do Periperi, além de enventos como a Micareta, conhecida como Miconquista, e o Festival de Inverno da Bahia, evento de inverno oficial da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo de Televisão na Bahia.
O Museu da História Política, Casa de Régis Pacheco, contém um acervo de quadros com todos os políticos que governaram a cidade desde a sua emancipação, além de mostrar a arquitetura preservada da metade do século 20.
A cidade possui vários monumentos, dentre os quais, destacam-se: o Monumento ao Índio, o Monumento da Bíblia Sagrada, o Monumento às Águas, o Monumento aos Mortos e Desaparecidos Políticos da Bahia no período do regime militar instalado em 1964, localizado no Jardim das Borboletas (Praça Tancredo Neves) e o Monumento a Jacy Flores.
Este último monumento, além da vida da homenageada, a primeira mulher comerciante legalmente estabelecida em Vitória da Conquista, descendente do casal fundador do Arraial da Conquista, Josefa e João Gonçalves da Costa, relata também a ligação histórica entre Vitória da Conquista, na Bahia e Chaves em Trás os Montes, com trabalhos em faiança portuguesa, representando o brasão de cada uma destas duas cidades. Fazem parte ainda deste conjunto mais de vinte árvores de Pau Brasil, plantadas em 10 de fevereiro de 2004, data da inauguração, representando os índios (moradores primitivos), os colonos e os os atuais moradores.
Entre os atrativos turísticos da cidade, encontra-se o "Poço Escuro", uma reserva florestal sob administração do poder público, com diversas trilhas e flora e fauna preservadas. Na Serra do Periperi nasce o Rio Periperi, também conhecido como "Verruga", em torno do qual João Gonçalves da Costa fundou a Arraial da Conquista, em 1783.
O futebol é o principal esporte praticado em Vitória da Conquista, sendo que os jogos profissionais são disputados no Estádio Lomanto Jr. As corridas de kart, o ciclismo e o caratê são modalidades de esportes muito praticadas na cidade.
A cidade tem demonstrado uma grande vocação para o turismo de negócios, devido ao contínuo crescimento econômico que tem experimentado.[carece de fontes?] Possui estação rodoviária, com linhas diárias para todas as cidades da região e principais cidades do país, além de um aeroporto para aeronaves de médio porte com vôos freqüentes da empresa Passaredo e TRIP para diversas cidades brasileiras.
Casarões Antigos
Prefeitura Municipal
Foi construído em 1921. Inicialmente, funcionou como Quartel da Polícia Militar da cidade. Só passou a ser sede da Prefeitura em 1962, durante o mandato do Prefeito Gerson Sales.
Casa de Dona Zaza/Coronel Gugé
Construído em 1889. Uma parte dela funcionava como casa comercial e o restante era residência. Permanece com essa característica até os dias de hoje. A construção é do início do século XX.
Antiga Biblioteca José de Sá Nunes
Foi construída em 1924 e funcionou como residência. Depois de comprada pela Prefeitura Municipal, abrigou a Biblioteca Municipal José de Sá Nunes e mais tarde transformou-se na Casa das Artes. Atualmente, está fechada.
Câmara de Vereadores
O prédio, construído em 1910, já foi residência, hotel, Fórum e Justiça do Trabalho. Hoje, abriga a Câmara de Vereadores.
Solar dos Fonsecas
Considerado um dos casarões antigos mais bonitos da cidade, a construção começou no início do século XX e terminou em 1918. Seu dono era Paulino Fonseca. Foi adquirido e restaurado pela Prefeitura em, 1985. Atualmente, é a sede da Casa da Cultura.
Casa de Dona Henriqueta Prates
O prédio data de 1883 e funcionava como residência. Em 1992, foi alugado pela Universidade do Sudoeste e passou a abrigar o Museu Regional de Vitória da Conquista.
Casa Régis Pacheco
Foi residência do ex-prefeito e ex-governador Régis Pacheco. Também foi sede do Conservatório Municipal de Música.Um projeto da Prefeitura Municipal e do Ministério da Cultura pretende restaurá-la e transformá-la em Memorial.
TRANSCRITO DE http://www.achetudoeregiao.com.br/ba/vitoria_da_conquista/historia.htm
80 anos da primeira agência bancária em Vitória da Conquista:(10/03/1930 – 10/03/2010)
O maior centro financeiro da região
sudoeste, a Praça Barão do Rio Branco (e Rua Maximiliano Fernandes) é
uma das maiores praças financeiras da Bahia. Entre modernos edifícios e
antigas construções, estão instaladas neste espaço oito das onze
agências bancárias do centro de Conquista, inclusive as maiores da
cidade (Banco do Brasil, Caixa Econômica e Banco do Nordeste).
Foi a partir daí que a área se estruturou como a zona financeira de Conquista, onde os bancos passaram a ocupar os seus espaços. Atualmente existem em Conquista quatro agências do Banco do Brasil, duas da Caixa Econômica Federal, uma do BNB, quatro do Bradesco, uma do Itaú, uma do Mercantil do Brasil e uma do HSBC, além de diversas cooperativas de crédito (CREDICON, UNICRED, CREDCOOP, CREDIUESB, COOPESE) e o “Banco do Povo”, que é uma cooperativa do município. Os bancos estão nesta área estrategicamente situados (por isso nunca houve, até hoje, nenhum assalto a qualquer de suas agências, pois as áreas de escape são de difíceis acessos).
Antes da década de 30 Vitória da Conquista não tinha agência bancária. Havia somente um correspondente do Banco do Brasil, que era o Coronel Paulino Fonseca. Quando havia necessidade de empréstimos avultados recorria-se aos grandes capitalistas locais, como o Coronel Zeferino Correia de Melo, que agiotava a juros de 2% ao mês.
Foi a partir daí que a área se estruturou como a zona financeira de Conquista, onde os bancos passaram a ocupar os seus espaços. Atualmente existem em Conquista quatro agências do Banco do Brasil, duas da Caixa Econômica Federal, uma do BNB, quatro do Bradesco, uma do Itaú, uma do Mercantil do Brasil e uma do HSBC, além de diversas cooperativas de crédito (CREDICON, UNICRED, CREDCOOP, CREDIUESB, COOPESE) e o “Banco do Povo”, que é uma cooperativa do município. Os bancos estão nesta área estrategicamente situados (por isso nunca houve, até hoje, nenhum assalto a qualquer de suas agências, pois as áreas de escape são de difíceis acessos).
Antes da década de 30 Vitória da Conquista não tinha agência bancária. Havia somente um correspondente do Banco do Brasil, que era o Coronel Paulino Fonseca. Quando havia necessidade de empréstimos avultados recorria-se aos grandes capitalistas locais, como o Coronel Zeferino Correia de Melo, que agiotava a juros de 2% ao mês.
Foi justamente o Coronel Zeferino
Correia, latifundiário, líder político influente e presidente do
diretório local do Partido Republicano, correligionário do ex-governador
Góes Calmon, então presidente do Banco Econômico, que solicitou deste a
implantação de uma filial nesta cidade, onde não existia agência
bancária.
Atendida a solicitação, o Coronel ficou encarregado de contratar um gerente para o banco. Apresentou, então, seu genro, Joaquim Hortélio da Silva Filho, para ocupar o cargo no dia 10 de março de 1930, em sede provisória, situada ao lado da casa de sua residência, na antiga Praça 15 de Novembro (atual Praça Tancredo Neves), a segunda agência do Econômico na Bahia. O primeiro depósito foi feito por Zeferino Correia, na quantia de 300 mil réis. Depois, o banco foi transferido para a Alameda Lima Guerra, de onde saiu para a Praça Barão do Rio Branco, até ser vendido para o Excel, e este para o BBV (Banco Bilbao Viscaia) e, por fim, para o Bradesco.
Eleito deputado estadual em 1954, Joaquim Hortélio indicou como substituto seu irmão Jonas Hortélio, que construiu a sede do banco em Conquista.
Depois de adquirida a sede do antigo Cinema Riviera, o Banco Econômico iniciava as obras para sua moderna instalação, que seria inaugurada em 10 de julho de 1984, comemorando o sesquicentenário de fundação do Grupo Econômico S/A. Era gerente geral na época Edgar Moreira, mas talvez o mais conhecido gerente desta instituição em Conquista tenha sido Enésio Freitas Gonçalves. Um dos grandes clientes desta instituição em Conquista foi, certamente, Geremias Gusmão Cunha. Um episódio marcante registrado naquela agência foi um assassinato ocorrido nas escadarias da entrada do banco envolvendo um membro da família Lopes desta cidade.
O Bradesco, quando adquiriu o BBV, fechou a agência e vendeu o prédio para as Lojas Insinuante.
Atendida a solicitação, o Coronel ficou encarregado de contratar um gerente para o banco. Apresentou, então, seu genro, Joaquim Hortélio da Silva Filho, para ocupar o cargo no dia 10 de março de 1930, em sede provisória, situada ao lado da casa de sua residência, na antiga Praça 15 de Novembro (atual Praça Tancredo Neves), a segunda agência do Econômico na Bahia. O primeiro depósito foi feito por Zeferino Correia, na quantia de 300 mil réis. Depois, o banco foi transferido para a Alameda Lima Guerra, de onde saiu para a Praça Barão do Rio Branco, até ser vendido para o Excel, e este para o BBV (Banco Bilbao Viscaia) e, por fim, para o Bradesco.
Eleito deputado estadual em 1954, Joaquim Hortélio indicou como substituto seu irmão Jonas Hortélio, que construiu a sede do banco em Conquista.
Depois de adquirida a sede do antigo Cinema Riviera, o Banco Econômico iniciava as obras para sua moderna instalação, que seria inaugurada em 10 de julho de 1984, comemorando o sesquicentenário de fundação do Grupo Econômico S/A. Era gerente geral na época Edgar Moreira, mas talvez o mais conhecido gerente desta instituição em Conquista tenha sido Enésio Freitas Gonçalves. Um dos grandes clientes desta instituição em Conquista foi, certamente, Geremias Gusmão Cunha. Um episódio marcante registrado naquela agência foi um assassinato ocorrido nas escadarias da entrada do banco envolvendo um membro da família Lopes desta cidade.
O Bradesco, quando adquiriu o BBV, fechou a agência e vendeu o prédio para as Lojas Insinuante.
- Ao lado da “Padaria Bahiana” (canto direito da foto) está a segunda sede da Caixa Econômica Federal (“Filial de Conquista”, como está no letreiro acima da quinta porta da direita para a esquerda), situada na antiga Praça da Piedade (hoje Calçadão da 9 de Novembro). Este é o lado da calçada onde está atualmente a LA na extrema esquerda.
A segunda casa bancária desta cidade
foi a Caixa Econômica Federal, implantada por Juracy Magalhães, na
época Governador da Bahia. O ato inaugural ocorreu no dia 02 de setembro
de 1936.
Na agência foi empossado Júlio Guimarães Lacerda. A agência ficava localizada na Praça 24 de Outubro (atual Caixeiros Viajantes), depois foi transferida para a Praça 9 de Novembro e daí para o térreo e mezzanino do edifício do “Aliança Palace Hotel”.
Atualmente a agência centro está localizada na Praça Barão do Rio Branco, em frente ao Banco do Brasil.
Hoje (julho de 2010) a Caixa possui duas agências na cidade, uma no centro e outra na Avenida Crescêncio Silveira (agência Mongoiós), e há perspectiva de inauguração de uma terceira no bairro Brasil. Talvez os gerentes mais conhecidos da Caixa em Conquista tenham sido Miguel Miguez, Euvaldo Gobira e Manuel Teixeira.
Na agência foi empossado Júlio Guimarães Lacerda. A agência ficava localizada na Praça 24 de Outubro (atual Caixeiros Viajantes), depois foi transferida para a Praça 9 de Novembro e daí para o térreo e mezzanino do edifício do “Aliança Palace Hotel”.
Atualmente a agência centro está localizada na Praça Barão do Rio Branco, em frente ao Banco do Brasil.
Hoje (julho de 2010) a Caixa possui duas agências na cidade, uma no centro e outra na Avenida Crescêncio Silveira (agência Mongoiós), e há perspectiva de inauguração de uma terceira no bairro Brasil. Talvez os gerentes mais conhecidos da Caixa em Conquista tenham sido Miguel Miguez, Euvaldo Gobira e Manuel Teixeira.
- Primeira sede do Banco do Brasil (foto da década de 60) situada na Praça 15 de Novembro (antigo “Jardim das Borboletas” e atual Praça Tancredo Neves), de onde saiu, em 1978, para o atual edifício situado na Praça Barão do Rio Branco, esquina com a Silva Jardim. Neste prédio funcionou ainda o Cesec do Banco do Brasil, depois a Credic (Cooperativa de Crédito de Conquista; já reformado) e hoje a loja “Limão Doce”.

•
Rua Maximiliano Fernandes. Do lado esquerdo está o prédio onde
funcionou a primeira agência do Banco do Brasil e hoje é a loja “Limão
Doce”. Do lado direito está o prédio da agência do Bradesco (antigo
Baneb).
A terceira agência bancária de Conquista
foi a do Banco do Brasil. Foi instalada no dia 3 de julho de 1942, mas
como subagência subordinada à agência de Jequié. Funcionava num prédio
da Praça 15 de Novembro, na antiga firma João de Oliveira Lopes, depois o
“Shalako”. O primeiro gerente foi Antônio Conceição Foepell.
Mais tarde essa subagência se extinguiu para dar lugar a uma nova agência, com sede própria, construída na Praça 15 de Novembro numa área adquirida do “Clube Social Conquista” (depois o prédio foi vendido para a Credic e hoje é a loja “Limão Doce”), até que, em 1978, foi transferido para seu atual prédio situado na esquina das Praças Barão do Rio Branco com a Silva Jardim, no lugar do antigo “Hotel Conquista” (sobrado do Coronel Paulino Santos).
Mais tarde essa subagência se extinguiu para dar lugar a uma nova agência, com sede própria, construída na Praça 15 de Novembro numa área adquirida do “Clube Social Conquista” (depois o prédio foi vendido para a Credic e hoje é a loja “Limão Doce”), até que, em 1978, foi transferido para seu atual prédio situado na esquina das Praças Barão do Rio Branco com a Silva Jardim, no lugar do antigo “Hotel Conquista” (sobrado do Coronel Paulino Santos).

Banco
do Brasil da Praça Barão do Rio Branco esquina com a Silva Jardim (onde
funcionam duas agências), vendo ao fundo a agência centro da Caixa
Econômica Federal.
Hoje o Banco o Brasil conta com
quatro agências na cidade: duas no centro (uma no 1º e 2º pisos do
referido edifício e outra no 5º piso); uma na Régis Pacheco (cujo
gerente mais conhecido foi certamente o Sr. Francisco Alves, o primeiro
daquela agência) e uma recém-construída na Avenida Olívia Flores. Os
gerentes mais conhecidos foram Edivaldo Carvalho, Lourival Gomes dos
Santos e, talvez, o mais carismático deles, José Oliveira Lima
(carinhosamente tratado por “Seu Lima”), quem alavancou a cafeicultura
de Vitória da Conquista nos anos 70 e contribuiu para a criação da
antiga Lavisa S.A.
O quarto banco de Vitória da Conquista
foi o Baneb (Banco do Estado da Bahia). Instalado nesta cidade em 1952
pelo então Governador Régis Pacheco, era o antigo Instituto de Fomento
Econômico do Estado da Bahia, depois Banco de Fomento e, no Governo de
Lomanto Júnior, Baneb. Funcionava na Rua Maximiliano Fernandes no prédio
que posteriormente foi a Delegacia de Polícia Civil e hoje é a sede da
Central de Monitoramento da Polícia Militar, ao lado do antigo Baneb e
atual Bradesco. Depois o banco adquiriu as casas vizinhas pertencentes a
Humberto Carvalho (dono da antiga “A Cinderela”) e a sogra do Sr.
Aureliano (então gerente do banco), onde construiu o imponente edifício
inaugurado em 1979 pelo então Governador Roberto Santos. O Baneb chegou a
funcionar provisoriamente no 1º andar do Hotel Albatroz. Seu primeiro
gerente foi Carlos Leal de Carvalho e os mais conhecidos talvez tenham
sido Aureliano Augusto da Silva, Orlando Maia e Carlos Araújo. E dentre
seus maiores clientes certamente está o pecuarista Virgílio Mendes
Ferraz, irmão do ex-prefeito Deraldo Mendes Ferraz. Em julho de 1999 o
Baneb passou para o controle do Bradesco. Antes de ser sede do Instituto
Fomento, funcionou naquele local o Banco de Administração, de curta
duração em Vitória da Conquista. Também teve pouca duração o Banco
Mineiro da Produção, que funcionou no 1º andar do edifício do Hotel
Albatroz, na Maximiliano Fernandes. Seu gerente mais conhecido foi Paulo
Márcio Cardoso.
O quinto estabelecimento bancário de crédito foi o Banco da Bahia. Inaugurado no dia 28 de outubro de 1960, o banco teve em seu agente, Asdrúbal Pedreira Brandão, o início de sua exploração na região. A agência ficava localizada na Travessa Lima Guerra (hoje é a Livraria “Criativa”), depois foi para sua própria sede na Maximiliano Fernandes, até ser adquirido pelo Bradesco. O segundo gerente foi o irmão do primeiro, Raimundo Brandão (talvez o bancário mais antigo de Conquista ainda vivo, com mais de 90 anos de idade).
A sexta agência bancária de Vitória da Conquista foi a do Bamerindus, situada na Rua Monsenhor Olímpio. Foi instalada no dia 30 de janeiro de 1962. O Bamerindus foi adquirido pelo HSBC, que inaugurou uma nova agência na Praça Barão do Rio Branco, no edifício “Hormindo Barros”, aliás, este foi seu maior cliente. Entre seus gerentes podemos destacar Alfredo Luz, Kleber Gusmão e Enoque Evangelista (gerente de 1985 a 1993). Antes do Bamerindus era o Banco Comercial da Bahia (na época de “Nena” dos Oliveira Neto).
O quinto estabelecimento bancário de crédito foi o Banco da Bahia. Inaugurado no dia 28 de outubro de 1960, o banco teve em seu agente, Asdrúbal Pedreira Brandão, o início de sua exploração na região. A agência ficava localizada na Travessa Lima Guerra (hoje é a Livraria “Criativa”), depois foi para sua própria sede na Maximiliano Fernandes, até ser adquirido pelo Bradesco. O segundo gerente foi o irmão do primeiro, Raimundo Brandão (talvez o bancário mais antigo de Conquista ainda vivo, com mais de 90 anos de idade).
A sexta agência bancária de Vitória da Conquista foi a do Bamerindus, situada na Rua Monsenhor Olímpio. Foi instalada no dia 30 de janeiro de 1962. O Bamerindus foi adquirido pelo HSBC, que inaugurou uma nova agência na Praça Barão do Rio Branco, no edifício “Hormindo Barros”, aliás, este foi seu maior cliente. Entre seus gerentes podemos destacar Alfredo Luz, Kleber Gusmão e Enoque Evangelista (gerente de 1985 a 1993). Antes do Bamerindus era o Banco Comercial da Bahia (na época de “Nena” dos Oliveira Neto).

A
agência do Itaú em Conquista foi instalada numa casa pertencente ao Sr.
Ananias Pinheiro (dono da antiga “Padaria Bahiana”) na Rua Francisco
Santos, e ampliada com a aquisição da antiga sede da Rádio Regional,
vizinha ao banco.

A
primeira agência do Bradesco em Conquista foi instalada numa casa
pertencente ao pastor Waldomiro, do lado direito desta rua: atual
Francisco Santos (onde hoje é a CREDICON).
A sétima agência foi a do Itaú,
instalada no dia 12 de outubro de 1962, como agência do Banco Auxiliar
Português do Brasil. Com este nome seu primeiro gerente foi Carlos
Fernando Sá Nascimento. Em 26 de julho de 1973 passou a ser Banco Itaú
S/A. Está, hoje, instalado em sua própria sede na Rua Francisco Santos.
Foi adquirida de Ananias Pinheiro, dono da antiga “Padaria Bahiana” (que
aparece na foto da Caixa) juntamente com a sede da “Rádio Regional”.
João Raimundo Alves, Edson e Washington Correia de Melo estão, quem
sabe, entre os gerentes mais conhecidos do Itaú, que está estudando a
viabilidade de abertura de sua segunda agência em Conquista, no bairro
Brasil.
A oitava agência instalada nesta cidade
foi a do Bradesco, no dia 13 de novembro de 1965, numa residência que
pertencia ao pastor Waldomiro, situada na Rua Francisco Santos (na época
do gerente Paulo Celso); hoje é o edifício da Credicon. Depois o banco
transferiu-se para o atual prédio do Banco Mercantil (na época pertencia
a Adelmar Galvão, que o alugou para o Bradesco); em seguida, foi para a
Praça da Bandeira (onde hoje é o Teatro Carlos Jeovah) até construir
sua sede na Rua Maximiliano Fernandes, após adquirir o hotel de Walter
Gonçalves e sua agência “ETMISA” (que vendia passagens de ônibus de
Conquista para Jequié), ao lado do prédio que pertenceu ao Banco da
Bahia, bem como a casa de dona Judite Jabu, e lá se instalar
definitivamente, adquirindo, inclusive, o próprio Banco da Bahia. Entre
seus maiores clientes destaque para Benito Caetano (pai de Dema), dono
da Farmácia Lia. Naquela época o Bradesco chegou a ter duas agências em
Vitória da Conquista (a outra ficava na Avenida Régis Pacheco, num
prédio que pertenceu ao Dr. Fernando Spínola, próximo ao semáforo, cujo
cofre se encontra lá até hoje e que pertencia ao Banco Freire Silveira,
de Sergipe, adquirido pelo Banco da Bahia e, posteriormente, pelo
Bradesco; seu gerente mais conhecido foi, certamente, Aloísio Souza ou
Aloísio “Bolinha”, gerente de 1967 a 1978). Depois que o Bradesco
inaugurou a nova sede da Maximiliano Fernandes, fechou a agência da
Régis Pacheco e a transferiu para Camaçari. Em seu lugar foi aberta a
“Casa das Tintas”, de Gilberto Amaral. Hoje o Bradesco possui quatro
agências bancárias (duas na Maximiliano Fernandes, uma no bairro Brasil e
outra no Shopping Conquista Sul).
O Banco do Nordeste foi o nono banco de
Conquista, instalado no dia 15 de agosto de 1971 na administração do
prefeito Nilton Gonçalves. A sede da agência ficava na Praça Barão do
Rio Branco e foi adquirida do Sr. Hilário, que possuía no local uma
padaria, a “Padaria Vitória”; foi construído no mesmo local um novo
prédio. Seus gerentes mais conhecidos são José Carlos Silveira, Luiz da
Rocha Bezerra e Jonas Souza Sala (quem conseguiu trazer para Conquista o
Centro Cultural do Banco do Nordeste que será brevemente construído na
Praça Sá Barreto, disputadíssimo por várias cidades e capitais do
Nordeste). O BNB foi quem financiou a expansão do supermercado
“Superlar”, do empresário Pedro Moraes.
A décima agência de Conquista foi a do
Banco Mercantil do Brasil. A sua inauguração foi no dia 15 de setembro
de 1975, na administração do prefeito Jadiel Vieira Matos. Seu primeiro
gerente foi Hercílio Trajano Filho. Seu gerente mais conhecido talvez
tenha sido o Sr. Raimundo Portela. Está instalada no térreo e 1º andar
do Edifício “Ouro Branco” (construído por Ademar Galvão e adquirido por
Pedro Cangussu), na Praça Barão do Rio Branco. Entre seus grandes e
históricos clientes destaque para o pecuarista Jovelino Machado.
O antepenúltimo banco instalado em
Conquista foi o Nacional, que incorporou o Banco do Comércio e Indústria
de Minas Gerais, no ano de 1976. Sua agência ficava na Praça Nove de
Novembro (onde hoje é a loja LA). Ainda com a antiga denominação foi
gerente conhecido e popular o Sr. Rubens Silveira Lima, e um dos mais
conhecidos de sua carteira de clientes foi o Sr. Pedro Cangussu, cujo
episódio do “peru mais caro do mundo” ficou registrado nos anais do
folclore popular de Conquista (dizem que ele preencheu um cheque para
comprar um peru, e como havia mudança de zeros na moeda, acabou pagando
R$ 15.000,00 por um peru de R$ 15,00, a exemplo de hoje). O Nacional
fechou suas portas em Conquista na década de 90. O banco quebrou em
1995. Seus ativos foram transferidos para o Unibanco e seus passivos
ficaram com o Banco Central.
A penúltima agência de Conquista foi a
do Banco Real, instalada nesta cidade no dia 12 de dezembro de 1979, na
administração do prefeito Raul Ferraz. Seu primeiro gerente foi Raimundo
Antunes de Oliveira. Ficava na Praça Barão do Rio Branco, onde hoje é o
restaurante “Culinária e Magia” e uma farmácia de manipulação. Esta
agência fechou antes mesmo que o Real fosse adquirido pelo ABM – AMRO
Bank em 1998, e este pelo Grupo Santander em 2008.
A última agência instalada em Conquista
foi a do Banorte, no dia 30 de janeiro de 1982; situava-se na Rua Sete
de Setembro (onde funcionou o centro de distribuição dos Correios até
bem pouco tempo), ficando lá até ser fechada em 1997. Foi o Banorte quem
financiou o conjunto habitacional BNH de Vitória da Conquista. Seu
único gerente foi Carlos Henrique Pinheiro. Em 1996, a instituição foi
adquirida pelo Banco Bandeirantes (também extinto) e a marca Banorte foi
mantida no mercado até meados de 2000. Hoje o Banco Gerador comprou o
direito de utilizar esta marca.

Rua
Maximiliano Fernandes, a antiga “rua dos bancos” de Conquista: do lado
esquerdo tinha o Bradesco e o Baneb; do lado direito, o Banco Mineiro de
Produção no Hotel Albatroz (prédio com sacadas) e acima o Banco do
Brasil (depois o Cesec).
Fontes:
Aloísio Souza (Aloísio “Bolinha”), ex-gerente do Bradesco;
José Elpídio Nova: aposentado pelo Banco do Brasil;
Júlio Ribeiro da Silva: aposentado pelo Baneb;
Uilson S. Souto: aposentado pelo Banco do Nordeste.
(verdadeiros arquivos vivos da história bancária de Conquista)
Aloísio Souza (Aloísio “Bolinha”), ex-gerente do Bradesco;
José Elpídio Nova: aposentado pelo Banco do Brasil;
Júlio Ribeiro da Silva: aposentado pelo Baneb;
Uilson S. Souto: aposentado pelo Banco do Nordeste.
(verdadeiros arquivos vivos da história bancária de Conquista)
*funcionário do Bradesco (Ag.
0270) de 1992 a 1997; funcionário do Banco do Brasil (Ag. 0188) de 2000 a
2003 e funcionário da Caixa Econômica Federal (Ag. 0071 – Jequié) de
2004 a 2005, de onde saiu para a Justiça do Trabalho.
CONHEÇA VITÓRIA DA CONQUISTA, BA
Vitória da Conquista

História
O Arraial da Conquista foi fundado em 1783 pelo sertanista português João Gonçalves da Costa, nascido em Chaves em 1720, no Alto Tâmega, na região de Trás-os-Montes que com dezasseis anos de idade, foi para o Brasil ao serviço de D. José I, Rei de Portugal, com a missão de conquistar as terra ao oeste da costa da Bahia.
Anteriomente já havia lutado ao lado do Mestre-de-Campo João da Silva Guimarães, líder da Bandeira responsável pela ocupação territorial do Sertão, iniciada em 1752. A origem do núcleo populacional está relacionada à busca de ouro, à introdução da atividade pecuária e ao próprio interesse da metrópole portuguesa em criar um aglomerado urbano entre a região litorânea e o interior do Sertão. Portanto, integra-se à expansão do ciclo de colonização dos fins do século XVIII.

Índios pataxós
Juridicamente, o Município de Vitória da Conquista esteve ligado a Minas do Rio Pardo, depois, em 1842, ficou sob a jurisdição da Comarca de Nazaré. Por Decreto N.º 1,392, de 26 de Abril de 1854, passou a termo anexo à Comarca de Maracás e, posteriormente, à Comarca de Santo Antônio da Barra (atual Condeúba), até 1882, quando se transformou em Comarca.
Até a década de 1940, a base econômica do município se fundava na pecuária extensiva. A partir dai, a estrutura econômica e social entraria em um novo estágio, com o comércio ocupando um lugar de grande destaque na economia local. Em função de sua privilegiada localização geográfica, com a abertura da estrada Rio-Bahia (atual BR-116) e da estrada Ilhéus-Lapa, o município pode integrar-se às outras regiões do estado e ao restante do país; e logo passou a polarizar quase uma centena de municípios do sudoeste da Bahia e norte de Minas.
O território onde hoje está localizado o Município de Vitória da Conquista foi habitado pelos povos indígenas Mongoiós, subgrupo Camacãs, Ymborés (ou Aimorés) e em menor escala os Pataxós. Os aldeamentos se espalhavam por uma extensa faixa, conhecida como Sertão da Ressaca, que vai das margens do alto Rio Pardo até o médio Rio das Contas.
Os índios mongoiós (ou Kamakan), aimorés e pataxós pertenciam ao mesmo tronco: Macro-Jê. Cada um deles tinha sua língua e seus ritos religiosos. Os mongoiós costumavam fixar-se numa determinada área, enquanto os outros dois povos circulavam mais ao longo do ano.
Os aimorés, também conhecidos como Botocudos, tinham pele morena e o hábito de usarem um botoque de madeira nas orelhas e lábios – daí o nome Botocudo. Gostavam de pintar o corpo com extratos de urucum e jenipapo. Eram guerreiros temidos, viviam da caça e da pesca e dividiam o trabalho de acordo com o gênero, cabendo às mulheres o cuidado com os alimentos. Os homens ficavam responsáveis pela caça, pesca e a fabricação dos utensílios a serem utilizados nas guerras.
Já os pataxós não apresentavam grande porte físico. Fala-se de suas caras largas e feições grosseiras. Não pintavam os corpos. A caça era uma de suas principais atividades. Também praticavam a agricultura. Há pouca informação a respeito dos Pataxós.
Os relatos afirmam que os Mongoiós ou Kamakan era donos de uma beleza física e uma elegância nos gestos que os distinguiam dos demais. Tinham o hábito de depilar o corpo e de usar ornamentos feitos de penas, como os cocares. Praticavam o artesanato, a caça e a agricultura. O trabalho também era divido de acordo com os gêneros. As mulheres mongoiós eram tecelãs. A arte, com caráter utilitário, tinha importância para esse povo. Eles faziam cerâmicas, bolsas e sacos de fibras de palmeira que se destacavam pela qualidade. Os mongoiós eram festivos, tinham grande respeito pelos mais velhos e pelos mortos.
Aimorés, Pataxós e Mongoiós travaram várias lutas entre si pela ocupação do território. O sentido dessas lutas, porém, não estava ligado à questão da propriedade da terra, mas à sobrevivência, já que a área dominada era garantia de alimento para a comunidade.
Os índios e os colonizadores
A ocupação do Sertão da Ressaca foi realizada com a conquista dos povos indígenas. Primeiro, João Gonçalves da Costa enfrentou o povo Ymboré. Valentes, resistiram à ocupação do território. Por causa da fama de selvagens, foram escravizados pelos colonizadores. Os Mongoyó, tinham primitivamente naqueles índios os seus principais inimigos por serem êles ferozes e crueis e que impediam a circulação na região quando saiam em busca de caças por isto se aliaram aos portugueses para derrotá-los.
Depois dos Ymboré, foi a vez dos Pataxó. Eles também resistiram à ocupação estrangeira, mas acabaram se refugiando para o sul da Bahia, onde, em número reduzido, permanecem até hoje, lutando para preservar sua identidade e seus costumes, com o apoio da FUNAI.
Os Kamakan-Mongoyó conseguiram estabelecer relações mais estreitas com os colonizadores a fim de garantir sua manutenção como povo. Ajudaram os portugueses na luta contra os Ymboré.
Em 1782, ocorreu a batalha que entrou para a história de Vitória da Conquista como uma das mais importantes. Sabe-se que naquele ano, aconteceu uma fatídica luta entre os soldados de João Gonçalves da Costa e os índios. Os soldados, já fatigados, buscavam forças para continuar o confronto. Na madrugada posterior a uma dia intenso de luta, diante da fraqueza de seus homens, João Gonçalves da Costa teria prometido à Nossa Senhora das Vitórias construir uma igreja naquele local, caso saíssem dali vencedores.
Essa promessa foi um estimulante aos soldados que, revigorados, conseguiram cercar e aniquilar o grupo indígena que caiu, no alto da colina, onde foi erguida a antiga igreja, demolida em 1932. Não se sabe ao certo se essa promessa foi realmente feita, mas essa história tem passado de geração em geração.
A História nos relata que no período de 1803 e 1806, os colonizadores e os indios nativos viviam momentos de paz e animosidade.
Os Mongoyó, sempre valentes guerreiros, continuavam a sofrer e não esqueciam as derrotas passadas perante os colonizadores e preparavam vinganças, mesmo depois de firmar acordo de paz. Passaram então a usar de um atifício para emboscar e matar os colonizadores estabelecidos no povoado. A estratégia consistia em convidar os colonizadores a conhecerem pássaros e animais selvagens nas matas próximas à atual Igreja Matriz provavelmente as matas do Poço Escuro, atualmente uma reserva florestal. Ao embrenhar na mata o índio então com ajuda de outros, já dentro da mata emboscava e matava o homen branco, desaparecendo com o corpo. Isto de modo sucessivo, até que um colono, após luta corporal, conseguiu fugir e avisar às autoridades estabelecidas e demais colonos qual foi o destino de tantos homens desaparecidos. Do mesmo modo se estabeleceu uma vingança por parte dos colonos contra tamanha ousadia. Foram então os índios chamados a participar de uma festa e quando se entregavam à alegria foram cercados de todos os lados e quase todos mortos. Depois disto os indios embrenharam-se nas matas e o arraial conseguiu repouso e segurança. Êste episódio passou a se chamar de o “banquete da morte”.
Os relatos mais precisos sôbre os índios, os colonizadores, a botânica e os animais que aqui viviam no período da colonização, foi feito pelo Princípe Maximiliano de Wied Neuwied ou Prinz Maximilian Alexander Philipp von Wied-Neuwied, (ver também Maximilian zu Wied-Neuwied), naturalista e botânico alemão, no livro “Viagem ao Brasil”, no trecho “Viagem das Fronteiras de Minas Gerais ao Arraial de Conquista”, quando aqui passou em março de 1817.
Estudos da UESB, afirmam que os índios de Vitória da Conquista, se estabeleceram em comunidades próximas à atual cidade, como a do Boqueirão, próxima ao distrito de José Gonçalves e Ribeirão do Paneleiro, perto do bairro Bruno Bacelar. A forma de construir as casas destas comunidades, a plantação de milho e mandioca, a produção de artesanato nos dias atuais são indícios dessa ancestralidade indígena. Identificadas hoje como comunidades negras, na realidade tem origem na miscegenação de índios e negros.
Desenvolvimento
A região de Vitória da Conquista, compreendendo os municípios de Barra do Choça, Planalto e Poções, devido à localização em uma altitude próxima de 1.000m acima do nível do mar e por não ter geadas, sempre foi um produtor de café.
Entretanto a partir do ano de 1975 esta cultura agrícola foi incrementada com financiamentos subsidiados pelos bancos oficiais, passando a região a ser a maior produtora do norte e nordeste do Brasil.
A partir do final dos anos 1980, o município realça sua característica de pólo de serviços. A educação, a rede de saúde e o comércio se expandem, tornando a cidade a terceira economia do interior baiano. Esse pólo variado de serviços atrai a população dos municípios vizinhos.
Paralelamente à expansão da lavoura cafeeira, um pólo industrial passou a se formar em Vitória da Conquista, com a criação do Centro Industrial dos Ymborés. Nos anos 90, os setores de cerâmica, mármore, óleo vegetal, produtos de limpeza, calçados e estofados entram em plena expansão.
O ano de 2007 foi considerado o marco inícial de um novo cíclo na agricultura regional, ciclo este fundamentado no plantio de cana-de-açucar, para produção sobretudo de etanol e no plantio de eucalipto destinado a produção de carvão para a indústria siderúrgica do norte de Minas Gerais, essências e madeira serrada que substituira a madeira de lei nativa cada vez mais escassa. Já estão plantados neste ano, mais de vinte milhões de pés de eucalípto.
As micro-indústrias, instaladas por todo o Município, geram trabalho e renda. Estas indústrias produzem de alimentos a cofres de segurança, passando por velas, embalagens e movelaria, além de um pequeno setor de confecções.
A educação é um dos principais eixos de desenvolvimento deste setor. A abertura do Ginásio do Padre Palmeira formou os professores que consolidaram a Escola Normal, o Centro Integrado Navarro de Brito, além das primeiras escolas privadas criadas no Município.
A abertura da Faculdade de Formação de Professores, em 1969, respondeu à demanda regional por profissionais melhor formados para o exercício do magistério. A partir da década de 90, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia multiplicou o número de cursos oferecidos. Também nessa década, surgiram três instituições privadas de ensino superior.
O setor de saúde ganhou novas dimensões. Antigos hospitais foram aperfeiçoados, clínicas especializadas foram abertas e a Rede Municipal de Saúde se tornou, a partir de 1997, referência para todo o País. Esse fato criou condições para que toda a região pudesse se servir de atendimento médico-hospitalar compatível com o oferecido em grandes cidades.
Hoteleiros, empresários, comerciantes atacadistas e profissionais liberais formam os segmentos que, junto com a Educação e a Saúde, fizeram a infra-estrutura da cidade abarcar, além de migrantes, a população flutuante que circula na cidade diariamente.
O desenvolvimento da cidade também é atestado pelos índices econômicos e sociais. O Índice de Desenvolvimento Econômico subiu do 11º lugar no ranking baiano, em 1996, para 9º, em 2000. O Índice de Desenvolvimento Social deu um salto: subiu do 24º para o 6º lugar. O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano também saltou do 30º lugar em 1991 para 18º em 2000. Dos 20 melhores IDHs baianos, Vitória da Conquista foi o que mais melhorou.
Infra-estrutura
Vitória da Conquista possui uma estrutura compatível com sua população, a terceira maior da Bahia. Um comércio forte e muito dinâmico contando com grande número de empresas além de um shopping center, o Conquista Sul e vários conjuntos comerciais, com lojas e salas, onde se destacam o Itatiaia e o Conquista Center. Esse pujante comércio abrange toda a regiao sudoeste do estado além do norte de Minas Gerais, influenciando uma população estimada em 2 milhões de pessoas, o que coloca a cidade entre os cem maiores centros comerciais do país.
A cidade também conta com um setor de saúde público e privado muito bem estruturado, que renderam a ela, prêmios a nível nacional e internacional, freqüentemente seu modelo de saúde pública tem servido de exemplo até mesmo para outros países.
Conquista também se destaca por possuir um setor educacional privilegiado, formado por excelentes escolas conveniadas com as melhores redes de ensino do país, além de contar com várias faculdades, tais como: FAINOR, FTC, JTS (particulares), UFBA, CEFET, UESB (públicas),o que a consagra como um importante pólo de educação superior com cerca de 12 mil universitários, não só para o estado da Bahia, como para todo o Brasil.
Destacam-se setores da economia como o moveleiro considerado o maior pólo desta natureza no estado; a cidade é grande produtora e exportadora de café e, atualmente, a construção civil tem sido o grande destaque na economia da cidade, na indústria destacam-se o Grupo Marinho de Andrade (Teiú e Revani), Coca-Cola, Dilly Calçados, Umbro, Kappa, BahiaFarma, Café Maratá, dentre outras.
Turismo
A cidade oferece como atrações turísticas o Cristo Crucificado da Serra do Periperi, de Mário Cravo, executada entre os anos de 1980 e 1983, com as feições do homem sertanejo, sofrido e esfomeado, medindo 15 metros de altura por 12 de largura, a Reserva Florestal do Poço Escuro e o Parque da Serra do Periperi, além de enventos como a Micareta, conhecida como Miconquista, e o Festival de Inverno da Bahia, evento de inverno oficial da Rede Bahia, afiliada da Rede Globo de Televisão na Bahia.
O Museu da História Política, Casa de Régis Pacheco, contém um acervo de quadros com todos os políticos que governaram a cidade desde a sua emancipação, além de mostrar a arquitetura preservada da metade do século XX.
A cidade possui vários monumentos, dentre os quais, destacam-se: o Monumento ao Índio, o Monumento da Bíblia Sagrada, o Monumento às Águas, o Monumento aos Mortos e Desaparecidos Políticos da Bahia no período do regime militar instalado em 1964, localizado no Jardim das Borboletas (Praça Tancredo Neves) e o Monumento a Jacy Flores.
Este último monumento, além da vida da homenageada, a primeira mulher comerciante legalmente estabelecida em Vitória da Conquista, descendente do casal fundador do Arraial da Conquista, Josefa e João Gonçalves da Costa, relata também a ligação histórica entre Vitória da Conquista, na Bahia e Chaves em Trás os Montes, com trabalhos em faiança portuguesa, representando o brasão de cada uma destas duas cidades. Fazem parte ainda deste conjunto mais de vinte árvores de Pau Brasil, plantadas em 10 de fevereiro de 2004, data da inauguração, representando os índios (moradores primitivos), os colonos e os os atuais moradores.[4]
Entre os atrativos turísticos da cidade, encontra-se o “Poço Escuro”, uma reserva florestal sob administração do poder público, com diversas trilhas e flora e fauna preservadas. Na Serra do Periperi nasce o Rio Periperi, também conhecido como “Verruga”, em torno do qual João Gonçalves da Costa fundou a Arraial da Conquista, em 1783.
O futebol é o principal esporte praticado em Vitória da Conquista, sendo que os jogos profissionais são disputados no Estádio Lomanto Junior. As corridas de kart, o ciclismo e o caratê são modalidades de esportes muito praticadas na cidade.
A cidade tem demonstrado uma grande vocação para o turismo de negócios, devido ao contínuo crescimento econômico que tem experimentado.[carece de fontes?] Possui estação rodoviária, com linhas diárias para todas as cidades da região e principais cidades do país, além de um aeroporto para aeronaves de médio porte com vôos freqüentes da empresa Passaredo e TRIP para diversas cidades brasileiras.
Geografia
Clima
Vitória da Conquista tem um clima tropical, amenizado pela relativa altitude do lugar, e é uma das cidades que registram as temperaturas mais amenas no estado da Bahia, chegando a registrar 7,2°C em 2006 mas já foram registradas temperaturas inferiores a 6°C em diversos anos anteriores. Perde em temperatura média apenas para as cidades mais altas da Chapada Diamantina, como Piatã). “As chuvas de neblina”, como são chamadas, se concentram no período de Abril a Agosto, já “as chuvas das águas” (mais intensas e fortes) ficam concentradas de Outubro a Março.
Vegetação
O engenheiro agrônomo Ângelo Paes de Camargo distribui a vegetação da região de Vitória da Conquista, seguindo-se do interior para o litoral, em faixas:
Faixa A – Caatinga ou cobertura acatingada – Vegetação típica de áreas com deficiências hídricas acentuadas, incompatíveis com a cafeicultura. Seus solos são em geral rasos, pedregosos e acidentados.
Faixa B – Carrasco, também conhecido como “campos gerais”ou cerrado – É uma vegetação baixa, mais aberta, típica de terra muito pobre e seca. Encontra-se geralmente no espigão divisor das vertentes marítimas continentais a altitudes da ordem de 1.000m ou mais, em solos arenosos. Essa faixa é considerada inapta à cafeicultura. Ela pode ser encontrada também a sudeste da estrada Rio-Bahia.
Faixa C – Mata de Cipó. Esta cobertura parece ser a predominante no platô. Vem em geral logo abaixo do carrasco. É uma vegetação alta, fechada com muitas lianas, ou cipós, epífitas (orquídeas) e musgos (barba de mono). Encontram-se muitas madeiras de lei, como pau-de-leite, jacarandá, angico, etc. Também farinha-seca, ipê (pau-d’arco) são frequentes. Como vegetação secundária é abundante: corona, cipó-de-anta, pitiá, caiçara, avelone, bem como capim corrente ou barra-do-choça, além dos amargoso e tricoline.
Faixa D – Mata-de-Larga. É a vegetação que predomina logo abaixo da Mata-de-Cipó. Muitas vezes aparece em transição com essa. A Mata-de-Larga é mais baixa e mais aberta que a de Cipó. Apresenta muita samambaia, sapé, capim Andrequicé e muitas leguminosas. São também encontradas muitas palmeiras, planta que falta na Mata-de-Cipó. As áreas de Mata-de-Larga são mais úmidas. A vegetação secundária e a relva resultante é mais verde na estação seca que na Mata-de-Cipó. A cafeicultura deve encontrar condições climáticas satisfatórias em terras de Mata-de-Larga. A maior disponibilidade hídrica deve reduzir os problemas com incidência de ferrugem. Praticamente esta vegetação encontra-se toda a sudeste da Rio-Bahia.
Faixas E e F – Mata Fria e Mata Fluvial Úmida – São as vegetações que aparecem nas bordas e nas escarpas sudeste do platô, logo depois da Mata-de-Larga. São áreas úmidas que estão sob influência das correntes aéreas frias e úmidas vindas do oceano. Os invernos são muito sujeitos a frequentes e prolongados nevoeiros. Em plena estação seca… a vegetação herbácea se mantém inteiramente verde. A mata não apresenta praticamente nenhuma madeira de lei. Predomina a madeira branca.”(MEDEIROS, Ruy H. A. – Notas Críticas ao livro “O Município da Vitória”de Tranquilino Torres, p.87)
Relevo
“Seu relevo é geralmente pouco acidentado na parte mais elevada, suavemente ondulado, com pequenas elevações de topos arredondados. Seus vales são largos, desproporcionais aos finos cursos d’água que aí correm, de fundo chato e com cabeceiras em forma de anfiteatro. Ocorrem no platô elevações geralmente de encontas suaves (embora existam aquelas com encostas íngremes), que podem atingir 1.000m ou mais. A Serra do Periperi, por exemplo, localizada a Norte/Noroeste do núcleo urbano de Vitória da Conquista, tem cota máxima de cerca de 1.109m e mínima de 1.000m, enquanto que seu entorno próximo apresenta altitudes que variam de 857 a 950 metros.
Outros exemplos de altitudes acima de 1.000 metros são verificáveis em “Duas Vendas” (Município de Planalto) adiante da “Fazenda Salitre”(em Poções), em terrenos íngremes, e a “Serra da Ouricana” (uma das serras localmente conhecida como “Serra Geral”), em Poções e Planalto. A medida que as altitudes caem e que se aproxima das encostas, o relevo torna-se fortemente ondulado.” (MEDEIROS, Ruy H. A. – Notas Críticas ao livro “O Município da Vitória”de Tranquilino Torres, p.67)
Principais bairros
Entre os vários bairros que compõem a cidade de Vitória da Conquista, destacam-se o Centro, Candeias, Recreio, Urbis de I a VI, Santa Cecília, Alto Maron, Brasil,Itamarati, Guarani, Sumaré, Patagônia, Kadija, Ibirapuera, Morada do Pássaros de I a III, Senhorinha Cairo, Miro Cairo, Heriqueta Prates, Bruno Bacelar, Inocoop I e II, Alegria, Morada Real, Alto da Colina, Remanso, Recanto das Águas, Conveima, Vila América, Ipanema, Santa Helena, Santa Cruz, Jurema, Bela Vista, Jardim Guanabara, Jardim Valéria, Cruzeiro, Panorama, Morada do Bem Querer, Vila Serrana de I a IV, São Vicente, Alvorada, N. Sra. Aparecida, Urbis I,II,III,IV,V e VI e vários outros.Ao todo são mais de 70 bairros além de inúmeros loteamentos residenciais
Mulheres que fizeram história em Conquista
segunda-feira, 30 de maio de 2011
João Torres da Costa
João Torres e família em foto tirada na "Fazenda São Paulo",
em Caatiba, em 10 de novembro de 1944
Um dos maiores fazendeiros de Caatiba nos anos 40
O
casal João Torres da Costa (nascido em 23 de junho de 1885), sentado, e
Leonina Torres da Costa (sentada) teve os seguintes filhos: Niná
Torres da Costa Brito (não aparece na foto), Adroaldo Torres da Costa
(o de farda), Nice Torres da Costa (em pé no centro) e Marisburgo Torres
da Costa (de terno branco).
Os Torres
Família Torres, com destaque para Jacinto Torres (sentado na extrema
direita) e D. Jesuína (sentada no centro). Em pé destaque
para Odilon (o 2º da direita para a esquerda), João (o 2º da esquerda
para a direita) e D. Arlinda (entre seu pai e sua mãe)
Família tradicional de Conquista e Condeúba
João Francisco Torres
Odilon Torres e sua esposa, Adélia Alves dos Santos,
avós maternos de "Mundinho" da Cambuí Veículos
Entre
os filhos de Jacinto e Jesuína, destaque para João Torres Costa
(nascido em 23 de junho de 1885), Odilon Torres Costa (nascido em 5 de
agosto de 1889), Gustavo Torres Costa (nascido em 23 de novembro de
1901) e Arlinda Torres Costa (nascida em 17 de março de 1908). Odilon
casou-se com Adélia Alves dos Santos e tiveram cinco filhos (Jesuína
Santos Costa, Edgard Santos Costa, Maria de Lourdes Santos Costa, Noemy
Santos Costa e Yolanda Santos Costa). Arlinda casou-se com Guilhermino
Mattos e tiveram quatro filhos (Jacintho, Luiz, João e Terezinha). João
Torres Matos é o “João Usura” da papelaria Joãopel.
Odilon Torres Costa foi pai dos seguintes filhos:
Jesuína Santos Costa, Edgard Santos Costa,
Maria de Lourdes Santos Costa, Noemy
Santos Costa e Yolanda Santos Costa
sábado, 28 de maio de 2011
Simone do Salão Bahia
Simone em seus áureos tempos
Manicure há mais de 30 anos
Lana
Simone Santos da Silva, nascida no dia 8 de abril de 1957, é uma das
mais antigas manicures de Vitória da Conquista. Ela trabalha no "Salão
Bahia", de propriedade de seu pai "Sinhozinho", desde 1979, quando ainda
era na Rua Zeferino Correia. Sentada num pequeno banco, passa horas
por dia cuidando das unhas de anônimos e conhecidos. Com seu pincel e
sua mão firme, ela cuida de um dos principais cartões de visita de gente
vaidosa: as mãos.
Simone quando ainda era bebê
"A
profissão é uma boa alternativa profissional e pode garantir bons
ganhos", acredita Simone. Ela, por exemplo, construiu sua casa com
manicure. Viúva desde os 19 anos de idade, sempre lutou sozinha para
criar seus quatro filhos. Casou-se em 31 de dezembro de 1974 com Carlos
José Melo da Silva, que faleceu pouco tempo depois, no dia 1º de
fevereiro de 1977, tendo o casal dois filhos (Lana Carla e Lúcio
Carlos). Ela ainda é mãe de Lanilla e Matheus.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Ademar Gomes dos Santos
"Dema" da Farmácia Lia foi playboy nos anos 50
"O Coronel"
Ademar
Gomes dos Santos, conhecido como “Dema” da Farmácia Lia, chamado pelos
amigos de “O Coronel”, nasceu em 1934. Filho do fazendeiro e capitalista
Benigno Alves dos Santos Sobrinho, colou grau de farmacêutico pela
Escola de Farmácia da Universidade Federal da Bahia no dia 13 de
dezembro de 1956, tendo logo em seguida assumido a direção da “Drogaria e
Farmácia Lia”, de propriedade de seu pai (e que depois passou a ser de
sua propriedade), na época a maior do ramo em todo o Sudoeste da Bahia.
Casou-se com a professora Lenira Maria Rebouças, filha do Comendador
Renato Vaz Rebouças, então um dos maiores empresários do interior
baiano. Hoje “Dema” é cafeicultor e em sua fazenda existe escola, posto
médico-odontológico, campo de futebol e salão de danças para os
trabalhadores.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Vivaldo Mendes
Vivaldo Mendes Ferraz
Um dos grandes vereadores do passado
Vivaldo
Mendes Ferraz nasceu no ano de 1907, filho de Plácido Mendes Gusmão.
Foi um dos fundadores do Diretório Municipal da extinta União
Democrática Nacional (UDN), sob cuja legenda se elegeu vereador por duas
legislaturas. Foi presidente da Câmara Municipal, militando nas hostes
juracisistas. Protestante, faleceu no dia 2 de outubro de 1973, sendo
enterrado na fazenda “Quatis”, de propriedade da família. Era pai de
Vivi Mendes.
Rua Maximiliano Fernandes
A Maximiliano nos anos 40, vendo-se à direita o prédio do Banco Econômico
Uma das mais antigas de Conquista
A
Rua Maximiliano Fernandes surgiu em meados da década de 40, quando a
“Rua Grande” foi dividida em duas praças: a da República (atual Tancredo
Neves) e da Barão do Rio Branco. Recebeu este nome em homenagem ao Cel.
José Maximiliano Fernandes de Oliveira, que possuía residência naquele
quadrante da Praça.
Maximiliano nos anos 60
Foi
na Rua Maximiliano Fernandes que, por vários anos, sediaram as
primeiras escolas de Conquista. Antigamente ocorriam nesta rua os
desfiles de Sete de Setembro.
A "Maximiliano Fernandes" pelas lentes do fotógrafo
José Viana Oliveira (Foto Oliveira)
Algumas
casas da Rua Maximiliano Fernandes (da direita para a esquerda) de
acordo com a foto de Zé Oliveira e identificadas por Ronaldo Pinto
(clique na foto para ampliar):
1ª) escola São José (de D. Helena) - extrema direita;
2ª) casa de Antonino Pedreira (ex-prefeito de Conquista): hoje casa de Jeremias Gusmão (entre o Bradesco e o Conquista Center);
3ª) casa de D. Santa (mãe de Lívio Santos);
4ª) casa de Humberto Carvalho...