Vitória da Conquista
http://tabernadahistoriavc.com.br/futebol-de-conquista-nos-anos-50-o-humaita-revela-grandes-talentos/
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No dia 12 de outubro de 1953 foi fundado
o Esporte Clube Humaitá, tendo como presidente de honra Íris Silveira,
filho do médico Crescêncio Silveira e um dos fundadores da Casa da
Cultura de Vitória da Conquista. Três anos depois, em 1956, surgiu a
Liga Conquistense de Desportos Terrestres – a LCDT, que passou a
promover o esporte amador de Conquista. No ano seguinte (1957) surgiu o
Comerciário Futebol Clube. Foi uma época em que surgiram diversas
equipes, como o União, o Santa Cruz, o Vasco, o Botafogo, o Olímpico,
entre outras. Todo ano era um time novo.
O futebol conquistense começava, nas
décadas de 50 e 60, a revelar seus grandes talentos. O Humaitá, por
exemplo, foi responsável pela revelação de jogadores como Edson Maciel,
Raudenis, Pelé, Mário Seixas, Nego da Barra, Batatinha, Everaldo, Nego,
Alexandre, Zoinho, Louro, Wender, Cide, com a diretoria formada por
Lourival Cairo, Osvaldo Fiscal, Cicinato, Isaac, Zelito, Vitor, João e
Ailton Vela Branca, que era goleiro do União e, mais tarde, se tornou
árbitro de futebol.
Este movimento incentivou o prefeito
Edvaldo Flores iniciar, em 1956, a construção do Estádio que leva seu
nome, situado no bairro Flamengo (fronteira com o Alto Maron e
Amendoeiras), com entrada para a Rua dos Expedicionários. O estádio foi
inaugurado ainda na gestão de Edvaldo Flores (1955-1958). Em 1959 o
Humaitá Futebol Clube já tinha o título de Campeão de Conquista. Em 1960
disputa a final com o União e vence por 2×0, recebendo o Título de Bi
Campeão, quando Piolho ainda era o mascote do União.
O Humaitá Futebol Clube, talvez o mais
tradicional dos clubes do Sudoeste do Estado, era tido como a força do
futebol conquistense, que arrastava multidões para assistir seus jogos
no Estádio Edvaldo Flores, enquanto João do “Rolete”, o João Aprijo,
vendia roletes de cana espetados em palitos de bambu nas arquibancadas
do Estádio, e na Rádio Clube de Conquista Hélio Gusmão narrava, com os
comentários de Gilson Moura, os destaques dos jogos.
O Humaitá era comandado pelo presidente
Lourival Cairo, maior incentivador de futebol na cidade. Ele, por muitas
vezes, viajava para Salvador com seu DKV, uma perua Vemaget, somente
para comprar uniformes para o Alviverde. Coisas de um apaixonado por
futebol. Há quem diga que o Estádio Lomanto Júnior se chamaria Estádio
Lourival Cairo, mas a política da cidade não permitiu. Leva o nome do
ex-governador de Jequié, quem construiu o estádio. Mas Lourival, gente
da terra, era um desportista exemplar. Tão exemplar que até os
adversários do Humaitá iam “comemorar” a derrota junto com a turma verde
e branca, na Confeitaria Araci, point da cidade na época. O
estabelecimento funcionava onde hoje é a loja “Skala”, ao lado da loja
de confecções “O Conquistão”, na Praça Nove de Novembro (hoje Calçadão).
Lembro do time do Humaitá, pois morava em frente ao portão de entrada do Estádio, todo domingo para mim era dia de festa, dia para assistir o futebol, dos jogadores citados, lembro bem do Edson,zoinho,batatinha e do vela, e como nao lembrar do João do rolete, impossível, sua barraca ficava ao lado esquerdo da entrada do campo, quantos roletes de cana foi consumido por mim aos domingos.
ResponderExcluirFez parte da minha infância, eu tinha apenas 8 anos, mas ficou guardado na memória até hoje, como doces momentos da vida!!!!
Parabéns pela reportagem, fiz uma viagem no tempo.