terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Com sangue de Neymar e show de Messi, Barcelona vence batalha com o Atlético

Jogar seis vezes com o mesmo adversário e não vencer é fato raro para o Barcelona. Pois, na temporada passada, o Atlético de Madri foi este rival invencível, indestrutível, intransponível para o time catalão: cinco empates e uma derrota.


Neste domingo, no primeiro encontro entre as duas equipes na temporada 2014-15, a história, finalmente, foi outra. Depois de uma eliminação na Champions e um título da Liga perdido em seu estádio, o Barcelona aprendeu a ganhar o time de Diego Simeone: 3 a 1, com gol e sangue de Neymar, outro gol e muito suor de Suárez. E com Messi, que também marcou e ainda deu as duas assistências para os companheiros.
Mandzukic, de pênalti, descontou para os colchoneros em um jogo tenso, disputado, com cara de final.
Para vencer o Atlético, o Barcelona precisou ser mais do que vinha sendo. A crise do clube, que inclui desentendimentos entre Messi e o técnico Luis Enrique, ficou fora do campo; a suposta desmotivação do argentino, também; a bola parada do rival foi controlada; e a defesa colchonera, antes uma parede, sucumbiu ao supertrio de ataque.
GETTY
Jogadores de Barcelona e Atlético trocam empurrões
Jogadores de Barcelona e Atlético trocam empurrões
Em uma partida decisiva e no meio de uma crise no Barcelona, o técnico Luis Enrique deixou de lado as experimentações e levou a campo um time sem surpresas - ainda assim, era uma equipe que jamais havia jogado junta. O clube catalão chegou à incrível marca de 27 escalações em 27 jogos na temporada.
Pelo Atlético de Madri, Diego Simeone reforçou a defesa com Jesús Gamez na lateral-esquerda. No ataque, o argentino optou por Mandzukic na referência e Griezmann como segundo atacante; Fernando Torres ficou no banco de reservas.
O Barcelona começou a partida pressionando no campo de ataque e dominando a posse de bola. A primeira chance surgiu aos 8 minutos, quando Neymar fez boa jogada pelo meio e tocou para Messi na direita. O argentino chutou cruzado, para fora.
Aos 11, a parceria entre o argentino e o brasileiro voltaria a aparecer, desta vez terminando em gol. Messi cruzou na pequena área, Suárez não conseguiu concluir, mas Neymar estava atento para, caindo, abrir o placar no Camp Nou.
A alegria do atacante com seu 17o gol na temporada, no entanto, transformou-se em apreensão aos 16 minutos. Após uma dividida com Giménez, na entrada da área, o brasileiro levou a pior e ficou caído com o tornozelo direito sangrando. Ele chegou a pedir a substituição, mas retornou ao jogo, enquanto o Camp Nou gritava seu nome.
No lance seguinte ao seu retorno à partida, o camisa 11 teve a chance de marcar o segundo. Luis Suárez fez cruzamento perfeito pela direita, mas a conclusão, de cabeça, saiu por muito pouco. Aos 28 minutos, outra jogada de Neymar - de novo, ele encontrou Messi, que chutou cruzado para a defesa de Moyá.
O Barcelona mostrava momentos de inspiração, e a torcida no Camp Nou cantava como poucas vezes na temporada. O Atlético, sem conseguir jogar, tentava transformar o jogo em uma batalha de nervos. Aos 32 minutos, Mandzukic e Busquets se desentenderam após uma falta do croata; o atacante levou cartão amarelo.
A tática da equipe de Diego Simeone não deu certo. Dois minutos depois, Messi recebeu passe pela direita, dominou com o braço e avançou, sem que o árbitro parasse a jogada. O passe para Suárez foi preciso, e o uruguaio não perdeu a chance: 2 a 0.
O primeiro tempo terminou com a torcida no Camp Nou aplaudindo entusiasmada. Foram os melhores 45 minutos do Barcelona em toda a temporada.
O Atlético precisava reagir na segunda etapa, e a principal arma do time foi o caminho para a primeira boa chance. Em cobrança de escanteio, Godín cabeceou por sobre o gol defendido por Claudio Bravo.
Aos 10 minutos, Messi foi até a área de defesa para ajudar na marcação e tocou levemente Jesús Gamez dentro da área. O árbitro Alberto Undiano Malenco assinalou um pênalti polêmico - na cobrança, Mandzkuic diminuiu para o Atlético de Madri.
O jogo voltou a ficar tenso. As faltas duras passaram a ser constantes, e todas elas seguidas de reclamações contra o árbitro, de todas as partes. Em uma delas, Luis Suárez levou cartão ao gritar pela marcação de um pênalti não assinalado.
Com o Barcelona tenso e já sem conseguir manter o nível da primeira etapa, Diego Simeone tentou uma mudança para levar mais perigo à defesa adversária: Fernando Torres entrou no lugar de Gabi, e o Atlético passou a jogar mais ofensivamente.
A nova formação deixou o jogo aberto, com as duas equipes mais vulneráveis em suas defesas. O duelo ficou ainda mais rápido, com ataques de ambos os lados e chances tanto para o terceiro gol do Barcelona, quanto para o empate do Atlético.
As jogadas ríspidas e os momentos tensos também continuaram - Godín e Daniel Alves protagonizaram mais uma discussão, e o uruguaio levou cartão amarelo. Aos 40 minutos, Neymar deu uma série de dribles no meio-campo e sofreu falta; logo depois, mandou beijos como provocação para os adversários.
FONTE: http://espn.uol.com.br/

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Mas, em meio a uma tensão tão grande, havia tempo para futebol. Havia tempo para Lionel Messi coroar uma partida grandiosa com um gol. Aos 41 minutos, o argentino aproveitou uma bola rebatida após jogada de Suárez e Rakitic para fazer 3 a 1.
O Barcelona, finalmente, conseguia o que pareceu impossível durante toda a temporada passada. O Barcelona venceu o Atlético de Madri.
As duas equipes voltam a campo na quinta-feira, para confrontos bem diferentes pela Copa do Rei. O Barcelona visita o Elche, em Alicante, administrando uma vantagem de 5 a 0 no jogo de ida; já o Atlético faz o clássico madrileno com o Real e tem de segurar, no Santiago Bernabéu, o 2 a 0 da partida no Vicente Calderón.

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