domingo, 18 de janeiro de 2015

Após 11 anos à espera da execução, Marco Archer é um homem envelhecido

Paula Ferreira - O Globo

RIO - Descrito pelos amigos como uma pessoa “alto astral”, talvez os companheiros de Marco Archer não o reconhecessem no personagem envelhecido e triste das fotos que substituiu ao outrora corado e animado instrutor de voo livre.
Antes de ser preso em 2003, Marco vivia viajando entre Bali, na Indonésia, e o Rio. Um amigo conta que “Curumim”, apelido de Marco, elegeu a Indonésia como destino porque era “boa, bonita e barata”. Acostumado a ser rodeado de amigos na praia do Arpoador, na Zona Sul carioca, nos últimos 11 anos Marco ficou sozinho em uma cela enquanto viu sua morte ser prorrogada durante anos, através de recursos judiciais, e também à espera de reposta do governo indonésio aos pedidos de clemência feitos pelo Brasil.
Em 2012, prestes a ser fuzilado, Marco chegou, inclusive, a fazer o último pedido: uma garrafa de uísque. Entretanto, mais uma vez, o cumprimento da sentença foi adiado. Agora, quando a execução parece de fato inadiável, “ele não consegue aceitar”, disse seu advogado na Indonésia, Utomo Karim.
Os amigos, que além da tia que foi ao encontro dele, são a “família” que restou ao brasileiro — cujos pais já morreram —, acompanham de longe o drama e parecem ter perdido as esperanças. Nelson Veiga, amigo desde a adolescência, afirma, emocionado:
— O clima é de injustiça, de impotência e estamos assistindo a uma barbárie. Gostaria de dizer a ele que iremos surfar as melhores ondas do mundo em breve. Juntos no céu.


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